Como
o próprio nome indica, Bad City não
é um bom lugar para se viver. Entre a pobreza que contrasta com uma das
atividades mais lucrativas do mundo, a exploração de petróleo, os habitantes se
arranjam como podem. E então, entre traficantes, prostitutas e miseráveis,
encontramos uma garota estranha que
vaga à noite, sozinha, pelas ruas da cidade iraniana. Ela não sai porque quer,
mas porque precisa do sangue de suas vítimas para se alimentar. No entanto, um
encontro inesperado com um rapaz desperta nela emoções novas e conflitantes.
Seria uma vampira capaz de amar?
Semana
passada, escrevi sobre “Os antiquários”, um livro de vampiros diferente, que tem como cenário a Buenos
Aires dos anos 50. Agora, chegou a vez de falar de mais uma história dessa
temática que consegue inovar na trama e/ou na caracterização de seus
personagens. “A Garota que Anda à Noite”
acertou em cheio por apresentar uma garota comum encarnando essa mitológica
criatura.
A
primeira coisa que chama a atenção é, obviamente, o visual. Sou apaixonada por imagens em preto e branco e acho que,
neste caso, o estilo contribuiu imensamente para manter o ar sombrio e
misterioso, ao mesmo tempo em que conferiu certo glamour à história. Outro
recurso que me agradou bastante foi a trilha sonora, que mistura canções pop/rock conhecidas com músicas orientais de
diversos estilos. E ainda tem um gato
gordo altamente esmagável e bonzinho!
A vampira mostra sua dubiedade durante
todo o filme, ora se aproveitando de sua aparência frágil e melancólica para
atrair suas presas, ora demonstrando mais consciência e compaixão do que os
próprios seres humanos. E, quando em um de seus passeios noturnos, ela dá de
cara com o mocinho, que voltava de
uma festa totalmente desorientado e, comicamente, vestido de Drácula, a vontade de ajudar e proteger
fala mais alto que o instinto de sobrevivência, e ela o leva para casa. É
visível a ligação que eles criam imediatamente, mas, como dá para imaginar, a
relação é impossível. Como lidar então com sentimentos tão ambíguos?
Apesar
de ultimamente ter me deparado mais com decepções do que com boas surpresas,
nunca me canso de procurar histórias interessantes com a temática vampiresca.
Felizmente, este filme foi um lance ao acaso que deu certo. Uma ótima opção
para quem não tem medo de arriscar e se dispõe a explorar as variantes do gênero.
Um dos que mais gostei recentemente.
Pelo
visual lindíssimo, pela trilha sonora inspirada e por oferecer um sopro de
inovação aos filmes de vampiro, recomendo muitíssimo.
Trailer legendado em inglês:
Eu estou com ele em casa, mas não tava muito animada...agora me convenceste! Tentar ver hoje ou no máximo nesse final de semana. Agora e Spring? Viste? Amei! É lindo! E tb aborda essa questão vampírica de uma forma inteligente.
ResponderExcluirBeijão, Mi