Olás!
O
post temático de hoje para o projeto #vejamaismulheres é, sem dúvida, um dos
mais complicados que já escrevi. Explico: não sou fã de comédias. Poucos filmes
desse gênero me fazem rir de verdade e sou dos extremos: ou dou risada de
pastelão (gente caindo, torta na cara e outras coisas ingênuas típicas do
cinema mudo), ou rio de coisas absurdamente toscas de filmes que não se
envergonham de assumir a tosquice (vocês já devem ter percebido minha
predileção por filmes trash de tubarões... rs). Enfim, respirei fundo e conferi 5
comédias dirigidas por mulheres com foco em um grupo de amigas. Vejam no que
deu!
A escolha perfeita 2 (Pitch perfect 2, 2015 – Elizabeth Banks) [Estados Unidos]
Garotas
que aparentemente não têm nada em comum participam de um grupo de canto a
capella na faculdade e, superando dificuldades físicas e diferenças e
vencendo preconceitos, deixam de ser apenas companheiras de grupo e se tornam
amigas. Bem, a história não é lá aqueeeeeela maravilha, mas gosto dessas
competições de canto e acho os mash-ups apresentados pelos grupos muito bons.
Vi porque viciei na série de filmes, porque tem a Anna Kendrick e a Rebel
Wilson e uma ponta da Elizabeth Banks (que também é a produtora e diretora do
filme). Além das músicas, gostei das conversas entre os apresentadores do
concurso (um deles é a própria Elizabenth Banks, que aguenta os comentários
machistas de seu companheiro de trabalho) e do fato de a Rebel Wilson ser a
primeira do grupo a engatar um namoro sério (meio difícil fugir das armadilhas românticas
nesse tipo de filme, mas pelo menos aqui a gordinha se deu bem). Diversão leve
para cantarolar junto.
Nota:
3/5
Elizabeth
Banks é uma atriz, produtora e diretora norte-americana com mais de 20
filmes no currículo como atriz, bem como participação em diversas séries de TV
(Modern Family, Curb your Enthusiasm e 30 Rock, entre elas). Como
cineasta, dirigiu um segmento no filme ‘Para maiores’ e depois assumiu a
direção neste ‘A escolha perfeita 2’, e seu nome aparece nos créditos de
diretora na refilmagem de ‘As panteras’ a ser lançado em 2019. Vamos
aguardar.
Quatro
amigas e um casamento (Bachelorette, 2012 – Leslye Headland) [EUA]
Este
filme é todo errado, a começar pelo título em português, já que a trama gira em
torno da moça gorda, que sempre foi zoada na escola por um trio de garotas, mas
que agora é a primeira do grupo a se casar, e acaba chamando as colegas de
classe para serem suas damas de honra – ou seja, as mulheres em questão não são
amigas e continuam fazendo o que sempre fizeram nos tempos de colégio:
diminuindo a gorda e sabotando seu casamento. Para mim, nada faz sentido aqui.
Por que a gorda chamou três figuras detestáveis para dividir com ela um momento
especial? Por que ridicularizar uma moça gorda é engraçado? Enfim... eu já
havia tentado assistir a esse filme uma vez e desistido depois de 10 minutos.
Dei uma segunda chance e consegui terminar com muito sofrimento. Tudo o que
digo é: passem longe.
Nota:
2/5
Leslye
Headland é uma roteirista, diretora e dramaturga norte-americana. Seu
filme mais conhecido é ‘Quatro amigas e um casamento’, adaptado de uma
de suas peças sobre os sete pecados capitais (no caso, gula), e outra peça sua,
‘Assistance’ (sobre inveja) foi vendida para a NBC e deve virar uma
série estrelada pela atriz Krysten Ritter.
Todas
contra John (John Tucker must die, 2006 – Betty Thomas) [Estados
Unidos]
Nesta
comédia de High School americana, o tal do Jonh é o galã da escola, capitão do
time de basquete, sai com várias garotas ao mesmo tempo e não assume o relacionamento
com nenhuma. Um dia, três de suas “namoradas” descobrem que estavam sendo
enroladas pelo cara e decidem se vingar dele de um jeito peculiar: fazendo com
que ele se apaixone de verdade por uma menina encarregada de seduzi-lo e partir
seu coração. Confesso que o John merece crédito pelo jogo de cintura que teve
para sair de algumas situações bem constrangedoras e que o plano das meninas,
embora mirabolante, foi realmente divertido. De bônus, foi legal ver as moças
descartadas se unindo para dar uma lição no projeto de Don Juan em vez de
ficarem se atacando (o que é bem comum em filmes que envolvem várias mulheres e
um mesmo interesse romântico). Além disso, e a trilha sonora é bem bacana.
Nota:
3/5
Betty
Thomas é uma atriz e diretora norte-americana, mas conhecida por ter
ganhado o Emmy por seu papel na série Hill Street Blues. Ela dirigiu
várias séries para TV, entre elas Dream On, da HBO, pela qual ganhou o
Emmy de diretora. Seu primeiro filme como cineasta é ‘O paraíso te espera’ (1992),
e o mais recente é ‘Alvin e os Esquilos 2’ (2009).
A
noite é delas (Rough night, 2017 – Lucia Aniello) [Estados Unidos]
Este
filme é tudo o que ‘Quatro amigas e um casamento’ deveria ter sido e não
foi: uma trama em que as amigas da noiva preparam uma despedida de solteira para
ela, mas acabam se metendo numa confusão enorme. Sim, pode comparar com ‘Se
beber não case’ – aqui também temos a amiga sem noção, a mais tímida e a
carente, bem como uma noite regada a muita bebida e drogas, um stripper que não
era bem o esperado, um casal de vizinhos caliente... enfim, todo o pacote
necessário para uma comédia escrachada que usa, sim, sexo e escatologia para
fazer rir, mas, eu, pelo menos, não achei as piadas ofensivas. E as atrizes que
interpretam as amigas parecem, de fato, amigas. De todas essas comédias de
casamento/madrinhas/amigas da noiva, esta é a única que realmente achei
engraçada. Se o seu negócio são filmes nessa linha de zoeira, vai fundo.
Nota:
3,5/5
Lucia
Aniello é uma produtora, roteirista e diretora americana, mais conhecida
por seu trabalho na série de TV ‘Broad City’ (nessas duas últimas
funções). ‘A noite é delas’ é seu primeiro filme.
Loucas
por amor, viciadas em dinheiro (Mad money, 2008 – Callie Khouri) [EUA]
Um clássico das reprises que decidi assistir de novo e incluir aqui na
lista porque sou fã de filmes de golpes, e este ainda conta com três atrizes
inspiradas vivendo as protagonistas: Diana Keaton, Queen Latifah e Katie
Holmes. A primeira vive a esposa branca de classe média-alta que encara um
trabalho de faxineira no banco central para pagar as contas que se acumulam
desde que o marido perdeu o emprego; Latifah é a mãe solteira que sonha em
poder mandar os filhos para boas escolas; Katie é a jovem com jeito de doidinha e avoada que, no fundo, é superinteligente. Mesmo que o filme use personagens
estereotipados, a química entre as atrizes funciona, e gosto como as
protagonistas deixam de ser apenas colegas de trabalho que se unem para roubar
o banco e cuidar de seus interesses pessoais e se tornam amigas de verdade,
deixando de lado diferenças de idade e de classe social. Pode ser meio ingênuo,
mas às vezes é bom ter um sopro de esperança na vida.
Nota:
3,5/5
Callie
Khouri é uma produtora, roteirista e diretora norte-americana que tem
no currículo a série de TV ‘Nashville’ (nas três funções), o roteiro e a
produção de ‘Thelma & Louise’ (um clássico de amizade entre
mulheres) e a direção de ‘Divinos Segredos’ (mais uma trama focada em um
grupo de mulheres), além do filme aqui resenhado.
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Obrigada pelo comentário!
Respondo todos por aqui mesmo, OK?
Pode demorar um pouquinho, mas não deixo de responder ;)