Olá!
Como
já comentei por aqui, 2018 começou tão acelerado que dois meses já se passaram
e eu nem vi. Tudo que fiz nesse período foi trabalhar insanamente. Nos poucos
momentos em que eu estava (razoavelmente) acordada e descolada do computador,
consegui ver alguns filmes do Globo de Ouro e do Oscar e outros para os cursos
de cinema, que aliás foram incríveis (um sobre Cyberpunk e outro sobre Giallo
– um subgênero de suspense italiano). Então respirem fundo porque esta é a retrospectiva de janeiro e
fevereiro de 2018.
Livros
Em janeiro,
li 0 livros.
Em
fevereiro, li 2 livros (graças à semana de descanso que dei a mim
mesma).
- Pílulas
azuis (Frederik Peeters): HQ baseada na história do autor que fala sobre
HIV, preconceito e como ele aprendeu a lidar com essas coisas quando se apaixonou
por uma garota portadora do vírus. Apesar das informações referentes à doença
já estarem um tanto desatualizadas (a história se passa entre o fim dos anos 90
e início do 2000), vale pela abordagem humana e faz pensar em alguns tabus e
preconceitos que ainda persistem. [3,5/5]
- Kindred
– Laços de sangue (Octavia E. Butler): Ficção científica maravilhosa que
conta a história de uma moça negra que viaja constantemente no tempo quando é
“convocada” por um garoto branco que ela descobre ser seu parente - mas essa
ligação e as tais viagens são um perigo constante para ela. Demorei para
começar a ler este ano, mas, com certeza, comecei com o pé direito. [5/5]
>> Publicada a resenha de “Aqui estão os sonhadores” (Imbolo Mbue) [Camarões] [#VoltaAoMundo]
Filmes
Assisti
a 36 filmes nos dois primeiros meses
do ano. Obviamente, não lembro mais o que vi em janeiro e o que vi em
fevereiro, mas isso não importa. Uma listinha daqueles que mais mexeram comigo:
‘Mudbound’, ‘Visages, Villages’, ‘Com
amor, Van Gogh’, ‘Amer’ e ‘Suspiria’.
#vejamaismulheres
–
Filmes do Globo de Ouro e/ou Oscar em 2 posts
- Primeiro, mataram meu pai: A guerra civil no Camboja (com o dedinho dos
americanos, como sempre) pelos olhos de uma garota de 7 anos. Gostei muito.
- Lady Bird: A clássica história da adolescente que está saindo do Ensino Médio e
entrando na faculdade e todos os conflitos desse período de transição. Depois
de tantos elogios, eu esperava mais. Foi um tanto decepcionante, mas
provavelmente por causa das minhas expectativas elevadas.
- A guerra dos sexos: Esse já foi o contrário: achei que seria uma bomba e
resolvi assistir só porque é da dupla de diretores responsável por 'Pequena
Miss Sunshine' e 'Ruby Sparks' (dois filmes que adoro). Foi uma ótima descoberta
essa história tão bizarra que é até difícil de acreditar que aconteceu mesmo.
- Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi: Meu favorito do Oscar (embora não tenha sido indicado
na categoria principal) e, provavelmente, estará na minha lista de melhores do
ano. Sim, foi esse o tanto que gostei do filme.
- Corpo e Alma: Filme cheio de imagens impactantes (tanto belas quanto cruas) sobre duas
pessoas que se conhecem primeiro no mundo dos sonhos e depois passam a se
relacionar na vida real.
- Visages, Villages: Documentário maravilhoso
da Agnès Varda com o fotógrafo JR em que eles rodam o interior da França
registrando cidadezinhas desconhecidas e seus moradores.
Outros filmes do #vejamaismulheres que aparecerão em
algum post futuro:
- Com amor, Van Gogh: Vi para o Oscar, mas decidi falar da animação em um
post específico com outras produções do gênero comandadas por mulheres.
- $9,99: Mais
uma animação. Essa eu já tinha visto, mas revi para lembrar detalhes e fazer o
post temático.
- A era da solidão: Documentário da BBC. Tem no GNT Play (ou tinha, não sei mais).
- Below her mouth: O que ‘Azul é a cor mais quente’ poderia ter sido (se não tivesse sido
pensado para homem ver).
- Estranhos prazeres: Filme da Kathryn Bigelow meio obscuro que tem uma
ideia legal, umas cenas muito bacanas, mas que desanda lindamente no final. Vi
para o curso de Cyberpunk.
- Libertem Angela Davis: Ótimo documentário.
- Amer: Esse
vi para o curso de Giallo. 100% sensorial. Adorei.
Outros
do Globo de Ouro e Oscar:
-
O rei do show: Gosto de musicais e fui toda alegre ver esse (que usa 'La la
land' como chamariz). Só posso dizer que é propaganda enganosa. Fraco.
-
Eu, Tonya: Não conhecia a história da Tonya e vi pela Margot Robbie (que
arrasa). Foi uma ótima surpresa.
-
Me chame pelo seu nome: Mais um que fui ver cheia de expectativas.
Felizmente, esse é realmente bom.
-
Viva, a vida é uma festa: É uma gracinha, tem uma mensagem bonita, mas...
ninguém viu ‘Festa no céu’, não? A semelhança é absurda.
-
O touro Ferdinando: Adorei o resgate desse personagem das antigas. E chorei
de rir com a cabra.
-
A forma da água: O filme que eu estava mais ansiosa para ver. Achei muito
amorzinho.
-
O insulto: Até o momento, está empatado no meu coração com ‘Corpo e Alma’
na categoria de Melhor Filme Estrangeiro (a melhor categoria, diga-se de
passagem, junto com Animação).
-
Três anúncios para um crime: Começou bem, mas acabou virando um desfile de
personagens caricatos sem função real na história. Frances McDormand é quem faz
o filme valer a pena. E só.
-
The square – A arte da discórdia: Levanta questões interessantes, como ‘o
que é arte?’ e ‘existe limite para a arte?’ e discute a hipocrisia das pessoas.
Só peca pela duração excessiva e por uma ou outra cena desnecessária.
-
Sem amor: Casal se divorciando, filho indesejado, interesses pessoais e lá
se vai um desastre. Triste pra caramba.
-
The Post – A guerra secreta: Eu nem ia ver esse, mas me interessei depois que li uma matéria em que Meryl Streep
falava que aceitou participar do projeto quando ficou conhecendo a história da
Katharine Graham. E o filme vale por isso, por essa personagem incrível. De
resto, é bem quadradinho.
Giallo:
-
A garota que sabia demais: A homenagem a Hitchcock já é óbvia até no
título e a trama é bem no estilo do mestre do suspense.
-
Seis mulheres para o assassino: Um dos mais legais que vi para o curso. E
um dos mais bonitos visualmente também.
-
Prelúdio para matar: Esse é a cereja do bolo. E a dupla dinâmica que entra
num joguinho típico de comédias românticas funciona muito bem nesse suspense.
-
O pássaro das plumas de cristal: É o mais famoso da trilogia dos bichos
(junto com esses dois abaixo), mas acho rocambolesco demais.
-
Quatro moscas sobre veludo cinza: Tem seus momentos, mas é o mais fraco dos
três.
-
O gato de nove caudas: Acho que esse é o meu preferido. Talvez seja por
causa da música linda e da criança apelativa...rs.
Just
for fun (vulgo todo o resto...rs):
- A família: Uma família está no programa de proteção a testemunhas. Mas dizer 'tchau' para a máfia não é tarefa fácil.
- Procurando Dory: Divertidinho.
- Suspiria: Eu
estava no embalo dos filmes gialli e aproveitei para ver esse, que é terror, na
verdade. Virou um dos preferidos da vida.
- Corpo fechado: Eu não gostei desse filme quando o vi pela primeira vez. Agora revi para
conferir ‘Fragmentado’ na sequência e entendi melhor a proposta. Agora gostei.
- Fragmentado: Maravilhoso demais esse McAvoy!
- O paradoxo Cloverfield: Adoro os dois filmes anteriores, especialmente o
segundo, mas esse do paradoxo é bem ruinzinho.
Séries
Vi a
quarta temporada de ‘Black Mirror’ (e, mais uma vez, achei 3 episódios
excelentes e os outros 3 medianos apenas) e a quarta temporada de ‘Grace and
Frankie’ (que continua sendo uma das minhas séries atuais preferidas).
E foi
isso. Até que foi bastante considerando meu estado de zumbi naquele período...
hahaha. E vocês, o que fizeram de bom nesse começo de ano?
Beijo!
Nota máxima para a leitura de “Kindred – Laços de sangue”! Já quero ler! Curiosa pelas suas impressões de “Com Amor, Van Gogh”. Achei essa animação tão linda ♥. Agora “Lady Bird” é uma droga de filme. Oh coisa pretensiosa. Por outro lado “Eu, Tonya” é ótimo. Beijos, Mi!
ResponderExcluirVou ler Kindred em maio.
ResponderExcluirVc assiste muita coisa bacana. Vi muitos filmes do Oscar tb. Concordo com sua opinião sobre 3 anúncios.
Ainda quero ver Com amor Van Gogh.
Bjão
Fiquei interessada em saber mais sobre os cursos de cinema.
ResponderExcluirLulu,
ResponderExcluirO que Lady Bird teve de decepcionante, Eu, Tonya teve de surpresa positiva. E amei Com amor, Van Gogh <3
Jeniffer,
Três anúncio ficou só na promessa de uma coisa boa.
Carissa,
Te mandei msg no Twitter ;)