Lembram de quando eu disse que o que falta ao cinema brasileiro é contar histórias simples, mas de um modo sensível? Então... “Meu País” é um exemplo de que isso pode ser bem feito. A história nos apresenta Marcos (Rodrigo Santoro), que, depois de anos morando na Itália, volta ao Brasil quando seu pai sofre um derrame. O pai acaba falecendo sem que Marcos tenha a chance de falar com ele e, com isso, Marcos tem que enfrentar uma série de problemas: seu irmão mais novo, Tiago (Cauã Reymond), que deveria assumir os negócios da família, mas que está endividado e continua perdendo fortunas em jogo; sofre pressão do sogro para retornar à Itália logo, pois sua presença lá é fundamental para lidar com o sobe e desce de ações da empresa que dirige; ainda por cima, descobre que tem uma meia-irmã com problemas mentais, Manuela (Débora Falabella), que está internada há tempos, mas que não pode mais continuar lá.
Gostei muito do filme. O problema mental de Manuela é abordado de forma muito direta, mas delicada, sem sentimentalismo barato. Débora Falabella e Rodrigo Santoro dão show, como sempre. Cauã Raymond... bem, para mim ele faz sempre o mesmo papel. Na verdade nunca sei se o que estou vendo é um personagem ou o ator. Acho que a única cena desnecessária e sem sentido é a da balada. Me diz como uma pessoa que acaba de ser bombardeada com todos os problemas acima de uma só vez, do nada decide fingir que está tudo bem e ir curtir a noite? Com certeza só botaram isso no filme porque a história se passa em São Paulo, onde takes de balada e trânsito são clichês tão obrigatórios quanto rodar uma novela do Manoel Carlos no Leblon...
O outro filme do fim de semana foi uma animação francesa chamada “Um gato em Paris” (Une vie de chat). Conta a história de Dino, um gato que passa os dias na casa de Zoé, uma menininha que está numa fase de mudez causada pelo assassinato de seu pai por um dos bandidos mais procurados de Paris, Victor Costa. A mãe de Zoé é a delegada que fica mais tempo no trabalho do que em casa, buscando desesperadamente prender o tal bandido para vingar-se e conseguir paz. À noite, o gato Dino sai pelos telhados da cidade luz acompanhando Nico, um ladrão habilidoso, mas de bom coração.
A animação tradicional é linda e ver Paris em traços tão bonitos é maravilhoso. A história aborda temas como perda, superação e amizade, e o mais interessante é que, ao contrário da maioria dos desenhos endereçados ao público infantil, não vemos no filme “o mal absoluto” vs “o bem que sempre vence”. As pessoas são mostradas como realmente são, com suas falhas e suas qualidades, sem super-heróis e vilões.
Recomendo!
Tem trailer AQUI.
UPDATE em 15/02/2012: Indicado ao Oscar 2012 de Melhor Longa Animado.
Gostei muito do filme. O problema mental de Manuela é abordado de forma muito direta, mas delicada, sem sentimentalismo barato. Débora Falabella e Rodrigo Santoro dão show, como sempre. Cauã Raymond... bem, para mim ele faz sempre o mesmo papel. Na verdade nunca sei se o que estou vendo é um personagem ou o ator. Acho que a única cena desnecessária e sem sentido é a da balada. Me diz como uma pessoa que acaba de ser bombardeada com todos os problemas acima de uma só vez, do nada decide fingir que está tudo bem e ir curtir a noite? Com certeza só botaram isso no filme porque a história se passa em São Paulo, onde takes de balada e trânsito são clichês tão obrigatórios quanto rodar uma novela do Manoel Carlos no Leblon...
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O outro filme do fim de semana foi uma animação francesa chamada “Um gato em Paris” (Une vie de chat). Conta a história de Dino, um gato que passa os dias na casa de Zoé, uma menininha que está numa fase de mudez causada pelo assassinato de seu pai por um dos bandidos mais procurados de Paris, Victor Costa. A mãe de Zoé é a delegada que fica mais tempo no trabalho do que em casa, buscando desesperadamente prender o tal bandido para vingar-se e conseguir paz. À noite, o gato Dino sai pelos telhados da cidade luz acompanhando Nico, um ladrão habilidoso, mas de bom coração.
A animação tradicional é linda e ver Paris em traços tão bonitos é maravilhoso. A história aborda temas como perda, superação e amizade, e o mais interessante é que, ao contrário da maioria dos desenhos endereçados ao público infantil, não vemos no filme “o mal absoluto” vs “o bem que sempre vence”. As pessoas são mostradas como realmente são, com suas falhas e suas qualidades, sem super-heróis e vilões.
Recomendo!
Tem trailer AQUI.
UPDATE em 15/02/2012: Indicado ao Oscar 2012 de Melhor Longa Animado.
5 comentários:
"Meu País" não consegui,
em Salvador ficou em cartaz durante uma semana (triste realidade do cinema nacional).
"Um Gato em Paris" vi no Festival de Cinema Varillux.
Dos recentes, o ótimo "O Palhaço", de Selton Mello e "A Pele que Habito", o melhor ALmodovar dos últimos nove anos.
Oi Michelle!
Adorei os filmes que indicou! Irei baixar o de desenho *-* DAJSDSA
Seu blog é lindo, estou seguindo aqui ok!?
Beijos, Kamila
http://vicio-de-leitura.blogspot.com/
Michelle, ótimas dicas! Meu país eu tinha assistido algum tempinho, mas Um Gato em Paris eu ainda não conhecia. Vou até dar uma olhadinha na locadora para ver se consigo alugar! :D
Bom feriado!
http://www.pronomeinterrogativo.com
Báh não sabia nada desse filme, me animei, tenho andada bem desanimada com filmes e fico revendo os mesmos de sempre, vau atrás desse :)
estrelinhas coloridas...
Esse final de semana também vi "Um gato em Paris", achei uma graça! Filme super gostoso!
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