Outro
dia, estava assistindo “Cougar Town”
enquanto almoçava e percebi que, apesar de adorar a série, nunca postei
indicação dela aqui no blog. Então, para corrigir esse meu lapso, vou falar um
pouco sobre o programa, seus personagens excêntricos e por que me divirto com
essa turma que está sempre com uma taça de vinho nas mãos.
As meninas se divertem |
A
série gira em torno de Jules (Courtney Cox), uma quarentona divorciada e com um filho
adolescente que luta contra o envelhecimento, a independência do filho e com a falta de um companheiro. Na primeira temporada, acompanhamos
seus "micos" durante a busca por um novo amor, que ela descobre estar
bem debaixo de seu nariz, ou melhor, na casa em frente. Não vou falar muito mais
sobre seu novo relacionamento para não dar spoiler
das temporadas passadas.
Jules
é uma bem-sucedida corretora de imóveis e trabalha (ou trabalhava, no início)
com Laurie (Busy Philipps), garota “descolada” que vive contando casos bizarros de seu passado triste (mas que ela consegue deixar
engraçado), como sua mãe alcoólatra, seus inúmeros padrastos malandros, suas
passagens pela polícia. A loira está sempre flertando com o filho da amiga, Travis (Dan
Byrd), mas, por ser brincalhona, o pobre menino nunca sabe se ela está
falando sério ou não.
O
contraponto perfeito de Laurie é a outra amiga e vizinha de Jules, Ellie (Christa
Miller), uma pessoa sarcástica ao extremo e muitas vezes rude. A imagem
encarnada de uma megera sem coração. Sua relação com o marido, Andy (Ian
Gomez), e com o filho é surreal, parecendo, à primeira vista, que ela é
um ser desprezível, mas que aos poucos vamos entendendo melhor e aprendendo a
amar. Tem as melhores falas da série.
Também
fazem parte do grupo o ex-marido de Jules, Bobby
(Brian Van Holt), um cara que já
teve um passado de fama e se afundou em bobagens (o que gerou seu divórcio) e
que, agora, mora em um barco velho ancorado em um estacionamento. Embora
obviamente seja um ‘loser’, tem coração de manteiga e está sempre disposto a
ajudar (inclusive nos relacionamentos da ex-esposa), mesmo que de um jeito
destrambelhado.
O que a série tem de legal?
Pessoas
tão diferentes convivendo todos os dias, enfrentando seus problemas com o apoio
dos amigos e uma taça de vinho. A bebida, aliás, faz parte de um ritual de
celebração da amizade e das pequenas conquistas de cada um.
Mas
isso não quer dizer que a série tenha esse clima de "paz e amor"
lisérgico dos anos 70. O ritmo é bem acelerado, com piadas sendo lançadas o
tempo todo e situações ridiculamente absurdas. Quem já viu "Scrubs", do mesmo criador, sabe o que eu quero dizer (por falar nisso, na
temporada 3 tem um episódio especial divertidíssimo com o elenco de “Scrubs”). É
como se fosse um bando de adultos agindo como crianças. Algo mais ou menos
assim: eles trabalham e pagam suas contas, mas se divertem pregando peças uns
nos outros constantemente.
Uma
das coisas que mais gosto na série, e que está bem evidenciada na quarta
temporada, é a incapacidade de Jules de entender algum filme. É hilário vê-la
tentando explicar o que acontece nas histórias. Ela é tão perdida que em certo
episódio fala para o filho que à noite iriam jogar “Game of Thrones”. Outra especificidade da turma é mudar o sentido de palavras e expressões. Se eles não gostam de certo termo, fazem uma votação para aprovar ou vetar a mudança e pronto! Um novo significado é incorporado ao vocabulário do grupo, criando situações bem estranhas com o pessoal de fora do círculo de amigos.
Enfim...
sei que não é o tipo de série com apelo universal, mas me conquistou por tratar
de amor, amizade, maternidade e envelhecimento de uma forma leve e nem um pouco
tradicional. Os episódios fazem rir e trazem no final a "moral da
história", mas não de um jeito enfadonho, e sim que me deixa com uma sensação de
leveza e um sorriso bobo nos lábios quando desligo a TV.
3 comentários:
Tenho muita vontade de assistir a série, mas ainda não consegui, já que vejo um número exorbitante de seriados e fica difícil colocar um que já tem algumas temporadas na grade.
Beijos,
Carissa
Parece ser bem legal, Michelle!
Gostei das descrições dos personagens :) Espero poder conferir em algum momento da minha vida.
Beigos!
Carissa,
Realmente, é impossível assistir a tudo o que a gente gosta, né? Mas sempre arranjo um tempinho para Cougar Town, justamente porque os episódios são curtos e o clima é bem light.
Maura,
Se tiver a chance, confira sim ;)
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