Numa
Terra futurista, um portal foi aberto no fundo do mar e de lá saem monstros
gigantescos e letais, conhecidos como kaijus.
Após a aparição de alguns deles e a perda de milhares de vidas, a humanidade
finalmente percebeu que seu arsenal e suas técnicas de combate não estavam
fazendo muito efeito. Assim, as diferenças entre as nações foram deixadas de
lado e todos os povos se uniram para desenvolver uma forma eficaz de eliminar
as criaturas: os jaegers, robôs
colossais operados por duas pessoas que têm suas mentes interligadas pela
neuroconexão. No entanto, a solução encontrada não é perfeita: é difícil
encontrar pessoas compatíveis para comandar os robôs e os kaijus estão cada vez mais fortes e surgindo com maior frequência.
Monstros atacando |
Da
primeira vez que vi o trailer desse filme, não dei muita bola. Pensei “Monstros
estilo Godzilla, robôs do tipo Transformers, destruição, efeitos
especiais... OK. Já vi isso antes”. Mas então eu notei o nome do diretor, que
parecia deslocado nisso tudo: Guillermo
Del Toro. Embora, para mim, Del Toro esteja para sempre ligado a histórias
mais íntimas, sombrias e fantásticas como “O Labirinto do Fauno” e “A
Espinha do Diabo”, sua presença em qualquer projeto me interessa, ainda
que seja completamente diferente do estilo que eu considero representativo do
diretor. O resultado é que o filme entrou para a minha lista de produções a
serem conferidas no cinema. E, depois de ter visto o filme na semana passada, o
que eu posso dizer é: o cara manda muito bem!
Militar das antigas |
Que
fique claro: “Círculo de Fogo” é um
excelente filme de ação, um blockbuster
que não pretende investigar a fundo a essência humana ou seus dilemas
existenciais – é feito para divertir. No entanto, o diferencial da história está justamente nos personagens humanos. Mesmo com seres imensos dominando a tela na
maior parte do tempo, o diretor não deixa de lado os seres humanos, seus pequenos dramas
pessoais, a vontade de se superar, a amizade, enfim... vocês entenderam.
O heroi e o marrentinho |
E já
que é um filme de ação, cenas incríveis não faltam. As batalhas entre kaijus e jaegers são sensacionais! O que achei mais legal é que eles saem na
mão mesmo. Claro que vez ou outra algum artefato explosivo é usado, mas os
robôs gigantes partem para cima dos monstrengos no soco, na chave de braço, na
rasteira. Praticamente um MMA surreal e em grandes proporções. O espectador é
colocado no meio da ação. Estamos tão perto das lutas que muitas vezes só
conseguimos ver partes dos kaijus e
dos jaegers. Uma experiência e tanto.
O heroi e a mocinha se conhecem e se estranham |
Como
toda história do gênero, os clichês estão presentes: o heroi atormentado, o
militar frustrado que guarda lembranças de seus dias de glórias e se sente
impotente diante do caos, a mocinha que desafia o heroi mas não resiste a ele
no final, o oponente marrentinho, os cientistas loucos e divertidos. Entretanto, nada disso compromete a qualidade do filme.
O heroi e a mocinha fazem as pazes |
Como
uma pessoa que cresceu assistindo a enlatados japoneses como “Spectreman”,
“Changeman”,
“Jaspion”
e que é fã de filmes de catástrofe e apocalípticos, me vi empolgada a cada
confronto, louca para que os lagartos superdesenvolvidos arrancassem a cabeça
de uns personagens mais tapados, torcendo para que os jaegers mostrassem seus golpes mais potentes. As fantasias mal
feitas e os cenários toscos de papelão e isopor ficaram no passado, mas a emoção
que sinto ao acompanhar esse tipo de história ainda é a mesma.
Um dos cientistas malucos |
Ao contrário do
que pode ter parecido quando eu reclamei do robô estilo seriado anos 80 no post de “Wolverine: Imortal”, eu gosto,
sim, de robôs. Desde que sejam bem feitos e que tenham uma função clara na trama.
O que não vale é jogá-los no meio da história com uma justificativa ridícula só
para causar impacto. Felizmente, Del Toro soube honrar o estilo. Admiradores de
monstros e robôs agradecem.
Lutas espetaculares, efeitos especiais bem aplicados e muita ação. Se essa é sua praia, se joga!
Trailer Legendado:
3 comentários:
HELL YEAH pra esse filme! \o/
Achei que ele foi o melhor da "temporada de verão", um dos melhores filmes do ano e, muito pesarosamente, subestimado. Filme pra quem cresceu assistindo anime com mechas e kaijus, ou qualquer outra bizarrice do Japão, como os tokusatsus, (como vc bem disse).
O que achei legal, é que o trailer deles não entrega muito do filme, né? As cenas são praticamente da introdução, de como surgiram os kaijus e os jaegers. :) Além do fato de mostrar a galera se unindo pra combater um inimigo em comum, várias pessoas de países diferentes. Ficou um clima super Star Trek e eu amei! <3
Quero o DVD e qualquer outro Stuff que sair desse filme agora! XD
bjs!
Para início de conversa, eu não gosto muito de Transformers porque é só explosão explosão explosão barulho barulho barulho! Mas paaara tudo! Cículo de fogo me fez das pulos de susto na cadeira, me fez ficar sem ar e com a boca aberta em frente a cenas tão... tão épicas e incríveis e... nossa. Pra alguém que não gosta muito do gênero, me vi bem empolgada na cadeira, e assistiria de novo. Adorei também toda a história que há por trás da vida da "mocinha", aquelas cenas foram realmente emocionantes.
Ah, fora as cenas com os cientistas que foram das melhores também! Morri de rir, haha!
Amei, amei, amei!
Tua resenha está perfeita.
Beijos.
Raíssa,
Eu fui ver só pelo diretor e fiquei hipnotizada, toda interativa com o filme. Foi uma ótima surpresa para mim.
Gabi,
Eu também não curto muito Transformers, justamente pelo que você falou: são só explosões, não tem emoção, os personagens humanos são descartáveis...
Ah... os cientistas são engraçados. E aquele "homem do sapato dourado"? Muito bom!
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