A
história se passa em Londres, no Século XIX. O médico Henry Jekyll cria uma
poção capaz de trazer à tona o lado mais sombrio de quem a ingere. A fim de
conhecer a fundo os efeitos de sua descoberta, ele passa a ser seu próprio
experimento e toma a poção. Assim, se transforma em Edward Hyde, o seu alter
ego impetuoso e maligno. Para evitar que os empregados percebam suas mudanças
físicas e de humor, ele inventa que Mr. Hyde é um aluno que o está ajudando nas
experiências conduzidas no laboratório e que, para tanto, deverá ter acesso
ilimitado à casa. Já prevendo futuros problemas, Dr. Jekyll inclui Hyde em seu
testamento como seu herdeiro e beneficiário. Alguns crimes violentos, rumores
da vizinhança e algumas coincidências despertam a curiosidade de Mr. Utterson,
amigo e advogado de Jekyll, que decide investigar melhor o que estava
acontecendo.
“O
Médico e o Monstro” é um clássico da literatura de terror. Era o único desse
volume de histórias de terror que, sabe-se lá por que, eu ainda não havia lido.
É daquelas histórias de conhecimento universal, que sabemos a trama de cor mesmo
sem nunca ter tido contato com a obra impressa. Já foi adaptada para o cinema
inúmeras vezes e ainda hoje mantém seu frescor, pois vai muito além de uma
simples história de monstro: aborda a dualidade que existe em todos nós.
Robert
Louis Stevenson foi muito feliz ao nos apresentar o Bem e o Mal encarnados em
uma só pessoa, que se vê dividida e luta para equilibrar seus dois lados.
Quando Dr. Jekyll assume o controle do corpo, o que vemos é um senhor na casa
dos 50 anos, gentil, caridoso, religioso e complexo, que nutre por Hyde
sentimentos paternais. Por outro lado, quando Hyde está no comando, Jekyll
rejuvenesce, ganha força e independência, liberta-se de todos os pudores e
entra em contato sua porção primitiva, o que o torna cruel e repulsivo. Ao
voltar a ser Jekyll, ele lembra com gosto das aventuras vividas por seu lado
obscuro, mas sofre ao tomar consciência e assumir a culpa das atrocidades
praticadas.
Uma
ótima metáfora para os vícios que parecem nos dar liberdade e prazeres sem fim,
mas que nos prendem pela dependência e deixam um rastro de destruição não só na
vida dos usuários, mas também na vida de todos que o cercam.
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Este post faz parte de dois desafios:
- Desafio 7 Clássicos em 2012. Para ver minha lista de leitura, clique AQUI. Para conhecer as regras, ler resenhas de outros participantes e participar do Desafio, clique no respectivo banner à direita.
9 comentários:
Ola Michelle,frankentein, o medico e o montro e dracula,sao alguns dos classicos que quero muito ler.
Depois que li seu post,ja deixei anotado,pq sao tantos livros na nossa frente,que se nao anotar,a gente acaba colocando outros na frente.
:D
um beijao.
Esse livro tava na minha lista do DL deste ano... ._. Quero muito ler, a história é realmente muito boa, né? :)
bjs!
Oi!
Adoro esses livros que nos trazem
à tona os dois lados de um personagem. Acho que podemos muito bem colocar isso em nosso tempo e em nossas vidas. Quantas vezes vemos pessoas por aí que, para uma pessoa, são tão amáveis, e para outra é brava e malvada? Eu vejo muito disso. Só que terror não é meu estilo favorito, então acho que eu preferia assistir o filme (uma das adaptações, já que foram várias, hehe), do que ler o livro (morro de medo de ler livros de terror - sofri com "Estrada da noite", que nem é tão de terror assim, mas serviu pra me assustar).
Vai entender...
Beijão!
Até musical deste livro já li...!
Andreia,
Tem que anotar mesmo. É tanta coisa que a gente esquece.
Raíssa,
Esse livro é essencial. O Médico e o Monstro ficou esquecido porque quando comprei essa edição eu já tinha lido Frankenstein e Drácula (aliás, Drácula é uma das minhas histórias favoritas).
Gabi,
Sério que você ficou com medo em Estrada da Noite? Eu gostei bastante, principalmente pelas referências musicais, mas é mais suspense que terror, né?
Júlia,
Bem lembrado! Musicais!
Tb li "O médico e o monstro" para o Desafio Literário, ainda não tinha lido, antes tarde do q nunca rsrs Gostei bastante do seu blog, farei visitas de vez em quando. Abraço
Michelle, eu nunca li O Médico e o Monstro, mais um buraco que tenho que tapar, é um clássico e embora eu conheça a história preciso ler, é obrigatório! Confesso que eu só lembro da versão do Pernalonga, rs. Beijos!
Mais clássico incluso na minha categoria pessoal e futurística "Ainda vou ler". Mais uma dica anotada!
Oi, Ana!
Que bom que gostou. Volte sempre ;)
Lua,
Boa! A versão do Pernalonga é clássica!
Vivi,
Essa categoria não para de crescer, né? Preciso de umas 3 encarnações só para dar conta do que já está em casa me esperando.
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