Sexta-feira
passada fui ver uma peça que já está em cartaz há anos, mas só agora consegui
assistir: TOC TOC. Escrita pelo francês Laurent Baffie, a história se passa na
sala de espera de um consultório médico. Os pacientes que sofrem de TOC
(Transtorno Obsessivo-Compulsivo) vão chegando e interagindo. Cada um deles tem
um problema distinto: Fred sofre de Síndrome de Tourette, que se manifesta na
forma de tiques, palavrões e xingamentos involuntários; Vicente é o taxista que
tem mania de fazer cálculos e contar tudo; Branca tem TOC de limpeza, vive
desinfetando tudo e lava as mãos compulsivamente; Maria é uma fanática
religiosa que tem TOC de verificação – está sempre achando que esqueceu algo
(de fechar a porta, de desligar o gás, etc); Lili repete tudo o que fala duas
vezes; e Bob é louco por simetria e não consegue pisar em linhas.
Com
a demora do Dr. Stein, os pacientes vão ficando agitados. Para passar o tempo,
eles contam sobre suas vidas, falam sobre como lidam com os problemas, os tipos
de terapias que já tentaram. Depois de horas de espera, para não perderem a
viagem os pacientes decidem usar suas experiências em uma terapia de grupo
conduzida por eles mesmos para tentar resolver os transtornos de todos os
envolvidos. E dá-lhe muitas situações bizarras.
A
peça é uma comédia, mas é bacana observar a variação de sentimentos dos
personagens e também da platéia. Às vezes os pacientes se solidarizam uns com
os outros; outras riem da desgraça alheia. No fundo, percebemos que é muito
fácil julgar os comportamentos estranhos de outras pessoas, mas ninguém quer ser zoado por suas manias. Nem sempre uma mania chega a ser doença, mas com certeza é vista como
insuportável por aqueles que nos rodeiam.
Gostou?
Então
vai lá:
Teatro Gazeta
Sexta: 23:00 – R$50,00
Sábado: 20:00 – R$60,00
Domingo: 20:00 – R$50,00
Outras
informações e venda de ingressos pela internet: no Site do Teatro Gazeta
3 comentários:
Huuum, parece ser muito bom!!!
Beijos,
www.estanteseletiva.com
Oi, Mi! Eu vi faz um bom tempo. Tirando o paciente que fala muito palavrão, achei o resto da peça bacana.
Que nota vc daria para a peça?
bj
Oi, Julia.
Sobre o cara do palavrão, a doença dele é real, embora seja difícil de acreditar. Imagine o que uma pessoa dessas não deve sofrer? Lembro que teve 1 episódio do House sobre essa síndrome. Era uma versão mais leve, mas mesmo assim...
Dou nota 7.
bjo
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