No Grand Hotel, em Berlim, vários
personagens sem aparentemente nada em comum têm suas histórias entrelaçadas. É
lá que se hospeda a estrela da dança Grusinskaya
(Greta Garbo), o sedutor Barão Von Geigern (John Barrymore), o estressado executivo Preysing (Wallace Beery)
e seu doente funcionário Kringelein (Lionel Barrymore), além da atraente
estenógrafa Flaemmchen (Joan Crawford). Pelas frenéticas
portas-giratórias do saguão, hóspedes chegam e partem, levando lembranças na
bagagem e deixando para trás “causos” que fazem a alegria dos funcionários.
O Barão Von Geigern é um hóspede regular
do hotel. Educado, gentil e cavalheiresco, ele conquista a todos que o cercam.
É com ele que o infeliz e desenganado Kringelein
faz amizade e passa a andar. Com o diagnóstico de pouco tempo de vida, o velho
Kringelein se afasta do trabalho a fim de viver seus últimos dias em grande
estilo, esbanjando o suado dinheirinho e anunciando a todo momento o quanto é
duro ser um reles trabalhador doente e idoso.
Por
obra do acaso, no mesmo hotel também se encontra Preysing, o chefe de Kringelein. Arrogante e grosso, ele não perde
a chance de humilhar o funcionário sempre que pode. Enquanto aguarda notícias
que podem afetar adversamente a negociação de uma fusão que fará em breve, ele
utiliza os serviços da estenógrafa Flaemmchen,
garota simples, porém bonita, que trabalha arduamente para pagar as contas. Ela
e o barão logo se conhecem e rola uma atração mútua. Eles marcam, então, um
encontro para a noite seguinte, no baile que será realizado no salão do hotel.
O
que eles não imaginavam é que, nesse meio-tempo, Von Geigern conheceria a
depressiva e decadente bailarina Grusinskaya
e que por ela se apaixonaria à primeira vista.
Com
uma trama que envolve roubo, trapaças, assassinato e amores
inesperados, Grand Hotel inovou ao contar várias histórias ao mesmo tempo e ao contar com um elenco tão recheado de estrelas. Na verdade, os
boatos de disputa envolvendo a diva Garbo e sua rival Crawford só colaboraram
para aumentar ainda mais a popularidade do filme, vencedor do Oscar de Melhor Filme de 1933.
Embora
tenha gostado, confesso que esperava mais do filme. Reconheço as inovações e a
grandiosidade do cenário, mas algumas coisas me incomodaram. Por exemplo, o
personagem de Lionel Barrymore e sua carência excessiva. Acho extremamente
irritante o jeito como ele gruda no Barão e seus lamentos sem fim. Meio Hiena Hardy ("Oh céus! Oh vida! Oh
azar!”). Além disso, tenho que dizer que, independente do suspense criado em
torno da primeira aparição da Garbo no filme, quem rouba a cena mesmo é a Crawford,
infinitamente mais interessante que a bailarina chatinha.
“Grand
Hotel: As pessoas vêm e vão e nunca acontece nada”.
(Dr. Otternschlag)
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"Grande Hotel" levou para casa o Oscar 1933 de Melhor Filme.
Este
post faz parte do Projeto Vencedores do
Oscar, no qual assistirei e postarei comentários sobre todos os agraciados
com o Oscar de Melhor Filme. Para
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