sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Livro Viajante: Um Estudo em Vermelho (Arthur Conan Doyle)


O corpo de um homem vestindo fraque é encontrado em uma casa desocupada. Não há nenhuma evidência de roubo e, apesar de não ter nenhum ferimento aparente no cadáver, há manchas de sangue pela sala. Chamado para auxiliar a polícia no esclarecimento do crime, Sherlock Holmes se diverte jogando com o ego dos detetives e com a incapacidade das pessoas de enxergarem o óbvio.

“O que você faz neste mundo não importa - Holmes respondeu com amargura. - A questão é o que você consegue fazer as pessoas acreditarem".

Sherlock Holmes é sinônimo de detetive e história policial. Sua fama é tanta que, em seu endereço fictício mostrado nas histórias, foi criado o Museu do Detetive. Nesta primeira aventura, conhecemos a origem da parceria entre Holmes e Watson, apresentados por um amigo em comum.

Watson, o narrador, é um médico-cirurgião que serviu ao exército por um tempo, até ser atingido por uma bala no ombro. Depois disso, ainda pegou febre tifoide na Índia. Ao retornar a Londres, viveu na boemia por um período, sem destino, já que não conhecia quase ninguém na cidade. Quando decide dar um rumo à sua vida, vai morar em um apartamento com Holmes, que procurava alguém que quisesse dividir as contas e que tolerasse suas excentricidades. A parceria funciona muito bem, e logo Watson está acompanhando Holmes em suas investigações.

O que mais gostei no livro, além de saber como foi formada a dupla Holmes-Watson, é da genialidade de Holmes ao expor suas observações e teorias brilhantes, bem como de seu estilo sarcástico ao lidar com as pessoas, principalmente com os outros investigadores, que vinham pedir sua ajuda, mas gostavam de bajulação e de levar o crédito por coisas que não tinham feito.

Também achei divertida a menção a outros detetives da literatura: Dupin, criado por Edgar Allan Poe, e Monsieur Lecoq, fruto da imaginação de Émile Gaboriau. Holmes ficou indignado por ser comparado a esses investigadores inferiores!

De quebra, ainda descobri que partilho da teoria do sótão cerebral com Holmes, segundo a qual devemos guardar na memória apenas coisas que sejam úteis para o nosso trabalho, a fim de manter tudo organizado e fácil de ser acessado em caso de necessidade, já que o espaço cerebral não é ilimitado. O que não presta, devemos descartar. Fiz exatamente isso depois do vestibular. Apaguei da mente tudo relacionado a geometria, física e algumas partes da matemática. Preciso de espaço para coisas mais úteis, oras!



Mais uma leitura proporcionada pelo Livro Viajante do Skoob.


2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Michelle :)

Eu curto DEMAIS a série Sherlock Holmes, mas esse foi o único que não gostei tanto. Comentei minhas impressões há algum tempo no blog.

Mas é legal, de qualquer forma, saber como tudo começou. :D

Bjs ;)

Michelle disse...

Acho que não conhecia seu blog quando você postou sobre esse livro. Fui lá espiar. Realmente, o crime é resolvido muito rápido. Mas gostei da experiência.
bjo