O
corpo de um homem vestindo fraque é encontrado em uma casa desocupada. Não há
nenhuma evidência de roubo e, apesar de não ter nenhum ferimento aparente no
cadáver, há manchas de sangue pela sala. Chamado para auxiliar a polícia no
esclarecimento do crime, Sherlock Holmes se diverte jogando com o ego dos
detetives e com a incapacidade das pessoas de enxergarem o óbvio.
“O
que você faz neste mundo não importa - Holmes respondeu com amargura. - A
questão é o que você consegue fazer as pessoas acreditarem".
Sherlock Holmes é sinônimo de detetive e história policial. Sua fama é tanta
que, em seu endereço fictício mostrado nas histórias, foi criado o Museu do
Detetive. Nesta primeira aventura, conhecemos a origem da parceria entre Holmes
e Watson, apresentados por um amigo em comum.
Watson, o narrador, é um
médico-cirurgião que serviu ao exército por um tempo, até ser atingido por uma
bala no ombro. Depois disso, ainda pegou febre tifoide na Índia. Ao
retornar a Londres, viveu na boemia por um período, sem destino, já que não conhecia
quase ninguém na cidade. Quando decide dar um rumo à sua vida, vai morar em um
apartamento com Holmes, que procurava alguém que quisesse dividir as contas e
que tolerasse suas excentricidades. A parceria funciona muito bem, e logo
Watson está acompanhando Holmes em suas investigações.
O
que mais gostei no livro, além de saber como foi formada a dupla Holmes-Watson,
é da genialidade de Holmes ao expor
suas observações e teorias brilhantes, bem como de seu estilo sarcástico ao lidar com as pessoas,
principalmente com os outros investigadores, que vinham pedir sua ajuda, mas
gostavam de bajulação e de levar o crédito por coisas que não tinham feito.
Também
achei divertida a menção a outros
detetives da literatura: Dupin,
criado por Edgar Allan Poe, e Monsieur
Lecoq, fruto da imaginação de Émile Gaboriau. Holmes ficou indignado
por ser comparado a esses investigadores inferiores!
De
quebra, ainda descobri que partilho da teoria
do sótão cerebral com Holmes, segundo a qual devemos guardar na memória
apenas coisas que sejam úteis para o nosso trabalho, a fim de manter tudo
organizado e fácil de ser acessado em caso de necessidade, já que o espaço
cerebral não é ilimitado. O que não presta, devemos descartar. Fiz exatamente
isso depois do vestibular. Apaguei da mente tudo relacionado a geometria,
física e algumas partes da matemática. Preciso de espaço para coisas mais
úteis, oras!
Mais uma
leitura proporcionada pelo Livro
Viajante do Skoob.
2 comentários:
Oi, Michelle :)
Eu curto DEMAIS a série Sherlock Holmes, mas esse foi o único que não gostei tanto. Comentei minhas impressões há algum tempo no blog.
Mas é legal, de qualquer forma, saber como tudo começou. :D
Bjs ;)
Acho que não conhecia seu blog quando você postou sobre esse livro. Fui lá espiar. Realmente, o crime é resolvido muito rápido. Mas gostei da experiência.
bjo
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