O
corpo do Pastor Viktor Strandgård é
encontrado mutilado no altar da Igreja
de Cristal, na pequena cidade de Kiruna,
Suécia. A violência choca os habitantes e vira o assunto predileto da
mídia, que especula sobre um possível ritual macabro. Bem longe dali, em Estocolmo, Rebecka Martinsson, jovem advogada tributarista, vê a notícia na TV
e nem tem tempo de processar o acontecimento: recebe um telefonema desesperado
de Sanna, sua amiga de infância e
irmã de Viktor, a principal suspeita do crime.
Apesar
das lembranças ruins que guarda de sua cidade-natal, Rebecka não consegue negar
o pedido de ajuda de Sanna (aliás, ela precisa seriamente treinar o uso da
palavrinha mágica "não"), e vai até Kiruna, onde tudo o que ela
bravamente tentou apagar da memória, é esfregado em sua cara: o fanatismo
religioso, a falsidade, as aparências. Tratada como uma menina esnobe por ter
ido viver em Estocolmo, Rebecka decide enfrentar as ameaças dos poderosos da
região para livrar Sanna da cadeia e encontrar o verdadeiro assassino, contando,
para tanto, apenas com as informações arranjadas com muito boa vontade por sua
colega de trabalho, Maria, com o
trabalho árduo da dupla de investigadores Anna-Maria
e Sven-Erik, e com o apoio de Sivving, velho amigo de sua falecida avó.
Esta
é minha primeira resenha de 2013 \o/
OK,
já publiquei outra este ano, mas este foi o primeiro livro que li em 2013
(embora tenha lido as primeiras 20 páginas nos últimos dias de 2012). Ignorando
completamente o tema que eu havia definido para o mês de janeiro do DL2013
(biografias musicais), escolhi este livro. Por quê? Bem... comecei a me
interessar por autores nórdicos desde que assisti a “Deixa ela entrar” (já falei do filme AQUI), e esse interesse só aumentou depois que li a trilogia Millennium.
Quando uma amiga perguntou se eu queria ler esse suspense, não pensei duas
vezes.
Como
amante de mistérios, posso dizer que achei a história boa, principalmente por
se tratar do primeiro trabalho da autora. Algumas pessoas ficaram decepcionadas
porque esperavam dessa leitura mais um thriller na linha de Millennium e,
obviamente, não foi bem isso que encontraram. Como eu disse, o livro é bom, mas
não tem o mesmo brilho da saga de Lisbeth Salander. Mesmo assim, dá para
encontrar alguns pontos em comum entre os dois Larsson (que não são parentes): as
tramas se passam nas frias paisagens suecas, a submissão feminina, os poderosos
e suas tramoias para esconder seus segredinhos sujos, o estilo entrecortado da
narrativa (vamos conhecendo os personagens aos poucos, um a um, para só depois
a ação se desenrolar de fato).
Como
ponto positivo, gostei da abordagem das alianças religiosas, da exploração da
fé como mercadoria, do fanatismo religioso. As frases curtas e simples também me agradaram. Como ponto negativo, muitos erros
tipográficos e algumas frases com estrutura estranha, que me fizeram
imediatamente pensar no que estava escrito ali em inglês (acredito que o livro
não tenha sido traduzido diretamente do sueco). Em todo caso, quero ler mais
algum livro da série (sim, infelizmente é uma série, mas, pelo que li nas
sinopses, acho que dá para ler os livros de forma independente).
Veredicto:
Se a sua praia é suspense, leia o livro, mas não fique comparando com
Millennium, OK?
Este post faz parte do Desafio Literário 2013 - Mês de Janeiro: Tema Livre. Para ver a lista de obras selecionadas e outros posts do DL2013, clique AQUI.
11 comentários:
Ai, Mi
Escolhi Millenium como leitura livre do DL, mas estou confusa, não sei...
Espero que seja realmente bom.
Adorei a resenha...
bjs,
Lua (skoob-LV)
Ai..Ai..Ai... D. Michelle! Mais um q vai pra minha listinha, hehehhehe :)
Mas pelo q eu to lendo o Stieg foi o melhor dessa nova leva de autores nórdicos, né?
Ok, vou terminar de ler a Camilla Läckberg sem comparar com Millennium, quem sabe assim eu não aproveito mais?
Ótima resenha por sinal :)
E vamos que vmaos no DL2013!
Bjs
Luana,
Sou suspeita para falar, mas acho a trilogia Millennium incrível. Espero que você goste.
Hannah,
Não sei se ele foi o melhor, mas foi o que teve maior projeção. Depois quero saber mais sobre os livros da Camilla.
Olha Mi a capa deste livro muito me atrai, gosto tanto de capas com neve, ainda mais com elas tem uma aparência mais sombria, ainda não li a série millenium (shame on me), mas tenho e sou doida para ler, tb não sou dessas de curtir comparações, hoje tudo tem uma base de algum livro já lançado então o que importa mesmo é o autor mandar bem na narrativa e no mistério.
Fiquei bastante curiosa para ler. Adorei a escolha.
Beijocas
Vivi,
Como assim ainda não lei Millennium? Para tudo e vai ler! Millennium foi um caso raro que me fez ler os 3 livros na sequência, sem pausa para respirar. Aurora Boreal é bom, dentro dos seus próprios limites. Tem tudo para se tornar uma série bacana.
huuuuummm gostei naum rsrsrs tava indo bem ate vc citar os pontos negativos, pq o que vc citou eh o q mais me irrita em livros rsrsrsrs
Acredita q ainda n li Millenium???
Hum, gosto bastante desse tipo de intriga religiosa, mas série? Ah, poxa, já tenho dúzias de séries pra ler, estou evitando mais, rsrs.
Nedina,
Eu acho inadmissível erro de digitação. Custa passar um corretor?
Flávia,
Saber que é série dá uma desanimada, mas o bom é que dá para ler de forma independente ;)
Putz, tô sem pique para séries depois de Feios, ainda bem que esse é do tipo que dá para ler de forma independente. Que bom que gostou! Ainda não comecei, está na fila rs...
E para finalizar, uma piadinha infame: Larsson seria tipo Silva na Suécia?? Ou será que todos os Larsson são escritores? rs...
bjos!
Ah...sim. Os Larsson são os Silva da Suécia ;)
Oi Mi, acabei de ler e voltei pra ler sua resenha e comentar!
Eu gostei. No começo não estava curtindo, achei que demoroooou uma vida para engrenar. Mas depois gostei bastante. A parte relativa à religião, fanatismo e hipocrisia realmente é muito boa.
Com certeza foi traduzido do inglês e não do sueco. Tb percebi umas literalidades e estruturas estranhas.
Por fim, não dá mesmo pra comparar com Millenium. Cada um, cada um.
bjos!
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