O
filme se passa durante a Guerra de
Secessão, durante a qual os estados latifundiários e escravagistas do sul
dos Estados Unidos resolvem se separar dos estados do norte, mais
industrializados. Durante um dos períodos mais sangrentos da história americana,
o então presidente Abraham Lincoln
tenta pôr um fim à guerra para unificar novamente o país, ao mesmo tempo em que
busca no congresso a aprovação da 13ª
Emenda à Constituição, que impõe o fim da escravidão e determina a
igualdade de todos os indivíduos perante a lei.
A
trama foca principalmente no jogo
político e nas artimanhas do governo
para obter êxito nas duas empreitadas completamente opostas que tinha pela
frente: reconquistar os estados separatistas e acabar com a escravidão. Usando
de meios muitas vezes escusos, como a compra de votos em troca de cargos,
cobrando favores e contando com seu carisma inegável, Lincoln faz o que tem que
ser feito para atingir seus objetivos.
Além
disso, acompanhamos também outras batalhas da vida do presidente: seu casamento em crise por causa da morte
de um de seus filhos e as desavenças com
o filho mais velho, que retorna para casa de férias da faculdade de direito
e comunica que quer se juntar ao exército. O que vemos é um homem que luta
contra seus demônios internos e esconde sua tristeza atrás de uma máscara de
obstinação pelo trabalho, sendo duro nas negociações, mas amoroso com o filho
caçula e paciente com a esposa frustrada.
“Lincoln” tem um excelente trabalho de
fotografia e figurino, sem contar a maquiagem precisa do presidente que,
juntamente com o brilhante trabalho de Daniel
Day-Lewis, faz do ator um fortíssimo candidato ao Oscar de Melhor Ator.
Vale destacar ainda os papéis de Tommy
Lee Jones, na pele de um ferrenho defensor da abolição da escravatura, e de
Sally Field, como a esposa de
Lincoln.
Um
filme excelente, mas que depende de conhecimentos mínimos sobre esse episódio
da história americana para ser apreciado plenamente.
6 comentários:
Estou adorando a sua cobertura do Oscar, Michelle! Ainda não vi quase nada, vou ver se consigo baixar alguma coisa essa semana! Beijos!!!
Michelle,
Estou com bastante vontade de ir assistir a esse filme! Gosto de filmes históricos :)
Outro filme que trata um pouco da questão da escravidão no EUA (um pouco mesmo) é o Django Livre do Tarantino. Não sei se você gosta de filmes assim, mas achei muito interessante...dentro do que se pode esperar de um filme do Tarantino, incluindo cenas de bastante violência. Indico, se você curtir esse tipo de filme :)
Beijos e boa semana!
Michas
http://michasborges.blogspot.com
Michelle,estava com muita vontade de assistir esse filme,e agora com certeza irei ao cinema prestigiar.
Um abracao.
Luciana,
Que bom que está gostando!
Michas,
Eu vi Django e gostei muito, mas o espírito aqui é outro. Tarantino usa fatos históricos como base para sua história, que é bem divertida e dinâmica. Em Lincoln, tudo é mostrado lentamente, de perto, como se estivéssemos vendo as cenas por meio de uma câmera escondida. São dois ótimos filmes, mas com abordagens distintas.
Andreia,
Vá sim! Mas pegue uma poltrona confortável ;)
Michelle, vi hoje e gostei demais!
O Spielberg quando quer fazer uma coisa muito boa, consegue! Realmente no começo eu fiquei um pouco perdida com a quantidade de informações sobre uma política que é tão diferente da nossa, tantas emendas etc etc. Mas depois que peguei o mote de como as coisas funcionavam, ficou mais interessante.
Achei que ele quis trazer um pouco essa discussão sobre a política e as diversas formas de fazer democracia. Abrir mão do individual para um bem coletivo, esse é o dever de um verdadeiro líder. A ética na política (segundo os especialistas pelo menos), é baseada nesse pressuposto, por isso achei tão interessantes os jogos que foram feitos para conseguir o fim da escravidão.
E um verdadeiro líder faz as coisas pensando nas gerações futuras, são ações a longo prazo.
Resumindo: faltam alguns Lincolns no mundo hoje em dia ;)
Torcendo muito para o Daniel ganhar porque ele tá muitooo bom no papel, muito mesmo!!
Beijo
Tati
Tati,
Pois é... muitos detalhes de um sistema diferente do nosso. Demora um pouco para engrenar, mas depois vai fácil. Acho que a ideia é bem essa, de colocar os interesses do povo acima dos próprios (bem exemplificado quando a esposa do Lincoln questiona por que ele colocaria sua popularidade defendendo uma emenda que ia gerar conflitos).
De fato, estamos precisando de mais políticos assim comprometidos.
E vai ser difícil alguém vencer o Daniel, né?
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