Série: Ripper Street - Temporada 1

A série se passa em 1889, em Whitechapel, uma região pobre e violenta de Londres, onde acompanhamos os policiais da Divisão H em diversas investigações. O surgimento de novos corpos femininos na área de atuação de Jack, o Estripador, seis meses após uma pausa na série de assassinatos, deixa toda a população alarmada e faz com que a polícia tenha que lidar com a comoção pública e a pressão da imprensa, enquanto tenta descobrir se o serial killer realmente está de volta, e ainda luta para solucionar diversos outros casos que não param de chegar.

Mais mortes no caminho de Reid

Para quem curte programas policiais e histórias de época, principalmente as produções da BBC (eu! eu! eu!), "Ripper Street" é um prato cheio. Com uma reconstituição caprichada e uma trama instigante, a série consegue prender a atenção. O estilo lembra muito o de “Copper”, outra série do século XIX que já recomendei AQUI. Aliás, até os personagens apresentam uma dinâmica e históricos pessoais parecidos.

Drake, Reid e Jackson fazendo pose

Assim como em “Copper”, aqui também há um trio principal de protagonistas em uma relação que mistura amizade, lealdade e conflitos. O Inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen) é o chefe das investigações, uma pessoa centrada e justa que enfrenta um passado trágico envolvendo a morte da filha e a posterior deterioração do casamento; o Inspetor-Sargento Bennet Drake (Jerome Flynn) é o braço direito de Reid e um amigo leal; e o Capitão Homer Jackson (Adam Rothenberg) é um ex-médico do exército americano que recebeu um voto de confiança de Reid e foi aceito na corporação como médico-legista devido a suas habilidades, mas que guarda muitos segredos com relação à sua fuga dos Estados Unidos.

Susan mostrando que não está para brincadeiras

Outros personagens importantes são Susan Long (Hart) (MyAnna Buring), a ardilosa dona do bordel que também veio fugida da América com Jackson, com quem mantém uma relação de amor e ódio, principalmente devido ao comportamento de Don Juan do sargento, e Fred Best (David Dawson), um jornalista inescrupuloso e sensacionalista que faz de tudo para aumentar as vendas de jornal e que parece conhecer algum segredo do Inspetor Reid.

Fred Best apurando os fatos

A estrutura da série é basicamente a de um "CSI", com um mistério principal que vai sendo desvendado ao longo da temporada e casos menores que geralmente começam e terminam em um único episódio. O charme extra fica por conta dos personagens carismáticos e do comportamento social e da tecnologia típicos de séculos anteriores. Adoro ver como a polícia conduzia as investigações em outros tempos, os recursos tecnológicos que estavam disponíveis (o telégrafo era um equipamento de ponta naquela época e impressionava a todos), os procedimentos médicos e as noções de química (acho muito interessante ver as grandes descobertas científicas nascendo – pirei em um episódio que aborda um possível surto de cólera e os testes realizados para confirmar a epidemia, bem como um outro que mostrava os tratamentos usados para epilepsia).  

Reid e o novato Hobbs fazendo a mágica da ciência acontecer

Até agora, conferi os quatro primeiros episódios da primeira temporada e gostei bastante. Estou bem curiosa para saber como as coisas se desenrolam. E vi que já é possível encontrar na internet o primeiro episódio da temporada número 2. Fico feliz em saber que, pelo menos desta vez, escolhi assistir a uma série que não foi cancelada logo de cara... rs. Pelo que sei, a série ainda não tem previsão de estreia no Brasil (claro!). Então quem quiser ver, por enquanto, tem que se aventurar no ciberespaço.

Recomendo para fãs de séries de investigação com ares de programa de época.

Trailer legendado: