Bonnie (Faye
Dunaway) é uma garota que se encanta pelo charme de bad boy de Clyde (Warren Beatty) e,
com ele, forma a dupla de assaltantes de bancos que aterrorizou os Estados
Unidos nos anos 30. Um daqueles clássicos que todo mundo conhece vagamente,
mesmo sem ter visto, e que agora finalmente pude assistir.
Hummm... o cara é bonitinho e tem estilo. |
Bonnie
era uma garota que vivia nos cafundós de uma cidadezinha texana qualquer,
servindo cafés e hambúrgueres gordurosos a trabalhadores simples. Desde muito
cedo, sentia que não pertencia àquele lugar decadente, não queria acreditar que
a vida era só uma sucessão infinita de dias monotonamente iguais. No entanto,
apesar de frustrada, ela não fazia ideia de como fugir de seu destino medíocre.
Acho que vou investir. |
É
então que aparece Clyde, um fora-da-lei bonitão que atrai os olhares da
garçonete entediada, que o provoca dizendo que duvidava que ele fosse mesmo um
ladrão de bancos. Aceitando o desafio, ele vai e rouba... um mercadinho. Mesmo
assim, intuindo que essa talvez fosse sua única chance de deixar para trás uma
vida sem graça, Bonnie foge com ele, na esperança de encher seus dias de
aventuras.
Sabia que tinha que ter um defeito! |
Na
verdade, a vida com um fugitivo da prisão não era tão glamorosa assim. O casal
vivia em casas abandonadas e hotéis meia estrela, os roubos se resumiram, por
um bom tempo, a lojas de conveniência de posto de combustível e mercearias. A
primeira tentativa de roubo a banco da dupla é patética: o banco havia falido
dias atrás e não tinha mais dinheiro.
Paciência! Vamos recrutar mais gente. |
Como
em toda biografia adaptada, é claro que alguns fatos foram distorcidos ou
incrementados para dar mais emoção à trama. Não conheço os detalhes da vida da
dupla a fundo e não acho que isso venha ao caso. Como entretenimento, a
história funciona bem. O casal de protagonistas é muito carismático e a fuga de
Bonnie, embora pareça impulsiva e forçada demais num primeiro momento, é
compreensível. Quantas Bonnies não se jogariam nos braços do primeiro estranho
que acenasse com a possibilidade de mudanças, por mais ínfima que fosse?
Ai... onde fui amarrar meu cavalo! |
Clyde,
por sua vez, se mostra um príncipe encantado bem real: bonito e galante à
primeira vista, mas sem toda a habilidade que dizia ter, sem condições de
oferecer à amada uma vida confortável e, ainda por cima, brocha. Mas amava a
garota acima de tudo, assim como ela o amava também. Um casal perfeito que queria
apenas ter seu nome estampado nos jornais, sair do anonimato, ser celebridade à
sua maneira.
Apesar
de respeitar o Código Hays (regras
de conduta criadas pelos estúdios para evitar a censura do governo que
preconizava a representação dos criminosos como psicopatas e um final
reforçando a mensagem de “o crime não compensa”, para não gerar a glorificação
da bandidagem), o filme se destacou pelo nível de violência altíssimo para os
padrões da época. O início até sustenta um tom mais brincalhão, com bandidos fazendo várias trapalhadas, mas, conforme o filme avança, o tiroteio aumenta consideravelmente,
o ladrão “boa-praça” deixa as gentilezas de lado e começa a atirar para matar.
Aliás, foi nesse filme em que se viu pela primeira vez, em uma mesma cena,
alguém atirando e a pessoa alvejada sendo atingida (na cabeça, ainda por cima).
Imagino que deva ter sido muito chocante.
O duro é aguentar a família! |
Como
eu disse acima, gostei do filme, independente do seu grau de fidelidade aos
fatos. A relação de Bonnie e Clyde me conquistou, o figurino é muito estiloso, os
roubos e fugas são bem empolgantes e achei bacana ver como a população estava
sempre disposta a ajudá-los, como se fossem vingadores à la Robin Hood ao roubarem dos bancos em uma época de profunda
depressão econômica. E o final... muito bom! Mesmo eu já sabendo o que aconteceria,
ver na tela o desfecho foi bem impactante.
Para
quem curte filmes de ação com um toque de nostalgia.
Trailer oficial (sem legenda):
3 comentários:
Michelle,
Eu tenho adoração por Bonnie e Clyde.
Deve ser meu lado #vidaloka, kkkkkkkkk.
Eu comprei a biografia deles na bienal do RJ e além de assistir o filme n vezes eu assisti também o documentário que o History fez a pouco tempo.
Não difere muito não, claro que nem tudo é tão glamuroso e a aparência deles é bem diferente, mas foi uma história louca mesmo.
Esse post me fez querer ver novamente.
Adorei!
bjs,
Luana
www.blogmundodetinta.blogspot.com
Que legal, Lua!
Não sabia dessa sua adoração por Bonnie e Clyde. E é bom saber que não mudaram tanta coisa assim.
Você já viu a série?
bjo
Eu adoro esse filme, mas nunca li a biografia, deve ser bem interessante!
E agora fiquei sabendo pelo seu comentário que tem série também?? Ahhhh quero ver!!
Beijos!
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