Hugo é um garoto órfão que vive com o
tio bêbado dentro das paredes da estação de trem de Paris. Um dia, o tio
desaparece e Hugo, sabendo que seria levado pela assistência social se
descobrissem que ele estava sozinho no mundo, decide usar seu conhecimento de
engrenagens para dar continuidade ao trabalho do tio, mantendo todos os
relógios da estação funcionando. Quando não está correndo de um lado para o
outro para checar os relógios, Hugo se esforça para montar um antigo
autômato seguindo as instruções contidas em um caderninho, acreditando que o
robô lhe trará uma mensagem do falecido pai.
Eu
já conhecia a história, graças ao filme de 2011 (tem resenha AQUI). Achei a
história tão encantadora que me interessei imediatamente pelo livro. Tempos depois,
consegui uma cópia de "A invenção
de Hugo Cabret" em uma troca, mas só agora finalmente pude fazer a
leitura. Constatei que a adaptação para as telas feita por Scorsese é bem fiel ao texto.
O
que cativa na trama é a vida dura de Hugo, sua solidão e a saudade que sente do
pai. Fazer o autômato funcionar é tudo o que importa para o menino. Ao conhecer
Isabelle, outra órfã, e perceber que
ela pode ter a peça que faltava para completar a montagem do robô, Hugo se vê
em meio a sentimentos novos e conflitantes: precisa desesperadamente da ajuda
da menina, mas como confiar nela? Tendo vivido sempre sozinho, Hugo não
consegue se abrir com outras pessoas. Ao longo da aventura, vai aprendendo o
valor das amizades e descobre um novo mundo.
Se a
história conquista pela sensibilidade e pela linda homenagem que presta ao
cinema, a edição da SM faz um
excelente trabalho ao apresentar uma narrativa entrecortada por páginas e mais
páginas ilustradas a grafite. Mais do que reproduzir cenas, as imagens fazem a
ponte entre um bloco de texto e outro, sendo fundamentais para o andamento da
história. E as bordas negras dão a ideia de fotogramas. A forma perfeita de
transportar a ilusão do cinema para o papel.
Imagem retirada DAQUI |
Apesar
das suas 534 páginas, foi uma leitura leve e rápida, perfeita para os dias
preguiçosos do fim de ano. Recomendo fortemente o livro e o filme!
3 comentários:
Esse livro está na minha fila de leituras há séculos. Interessante isso de também contar a história com as ilustrações, agora fiquei com mais vontade de ler. :)
Oi, Michelle!
Sabe, eu tenho esse livro na estante há anos e ainda não li. Preciso tomar vergonha na cara e dar um jeito nisso. A sua resenha me cativou pela parte tocante da história; pelo sentimento, pela emoção. Os grafites já tinham me conquistado logo de cara (já dei uma espiada nos primeiros). Vou ver se coloco esse livro na meta de leitura dos próximos meses, no mínimo. Até porque quero ver o filme só depois de ler o livro.
Beijos.
Lígia,
Eu achei uma boa sacada usar as imagens como parte da história, não apenas como ilustração de uma cena aleatória.
Gabi,
Eu acabei vendo o filme antes porque sempre quero assistir a todos os concorrentes do Oscar...rs
Põe na meta sim. Acho que você vai gostar muito, viu?
Postar um comentário