Hoje é o Dia Mundial do Rock e, para comemorar, tem post temático com 5 filmes que alegram qualquer fã desse gênero musical: 'Detroit Rock City', 'Rock N' Roll High School', 'Quanto Mais Idiota Melhor', 'Os Cabeças-de-Vento' e 'Os Reis do Iê Iê Iê'. Aumente o som!
Detroit
Rock City (Detroit Rock City, 1999 – Adam Rifkin) [Estados Unidos]
Em
1978, quando a mãe megarreligiosa de um garoto louco pelo Kiss queima seu
ingresso e o de seus três amigos, eles precisam dar um jeito de conseguir novas
entradas para o show da banda em
Detroit. Se chegar até o estádio não foi fácil, entrar impõe
um nível ainda maior de dificuldade, mas eles não desistem: cada um vai para um
lado para tentar a sorte e combinam de se encontrar em um cruzamento quinze
minutos antes do início do concerto. E as maluquices que cada garoto faz para
descolar um ingresso são épicas. Pode não ser uma obra-prima da sétima arte,
mas é um clássico para fãs de rock, principalmente para quem cresceu nos anos
80. A trilha sonora (com as músicas incluídas e não incluídas no CD do filme) é
uma das melhores já vistas (ouvidas?) na tela. Minha cena favorita: Edward
Furlong encarando um concurso no clube das mulheres para levantar uma grana. E
ainda tem Natasha Lyonne. O meu favorito desta lista.
Rock
N' Roll High School (Rock N’ Roll High School, 1979 – Allan Arkush)
[Estados Unidos]
A
coisa toda começa quando Riff Randall, a fã número 1 dos Ramones que sonha em
conhecer a banda e entregar ao Joey as letras que escreveu, pede ajuda aos
colegas da escola para poder acampar na fila de ingresso para o show,
driblando, assim, a nova diretora, que institui disciplina militar no colégio e
quer banir o rock da instituição. Riff e seus amigos, então, declaram guerra à
nova diretora. Bem, se o filme anterior se passa no finzinho dos anos 70 mas
foi feito duas décadas depois, este se passa exatamente no ano em que foi
realizado: 1979. O resquício de visual Disco (também abordado em Detroit Rock
City ) é autêntico aqui (exagerado, colorido e brilhante),
mas o que me incomoda nesta produção é o fiapo de história esticado com vários
números musicais dos Ramones, tocando canções inteiras meio que do nada, como
se fossem clipes inseridos no filme. Adoro Ramones, mas o filme é bem fraquinho.
O que salva é o ratão roqueiro e sua mãe. Tosco até não poder mais. Mas vale
pela trilha sonora.
Quanto
Mais Idiota Melhor (Wayne’s World, 1992 – Penelope Spheeris)
[Estados Unidos] [#vejamaismulheres]
Wayne
e Garth são dois amigos roqueiros que apresentam um programa de relativo
sucesso em um canal a cabo independente. Um dia, um executivo de TV fica
sabendo do sucesso dos moços e, pensando na grana que pode ganhar intermediando
a venda do show para uma grande emissora, assina um contrato com os rapazes. De
brinde, enrola Cassandra, a namorada de um deles que é vocalista de uma banda em
busca um lugar ao sol. A confusão começa quando Wayne e Garth percebem que
levaram um golpe e que, além de perderem o controle sobre o programa, agora é
Cassandra quem está na mira. Os dois protagonistas encarnam o tipo clássico de
roqueiros bobalhões que fazem piadas adolescentes de cunho sexual 90% do tempo.
Mas há ótimas sacadas e críticas no filme (minha preferida: quando Wayne e
Garth dizem que se recusam a fazer ‘merchan’ no programa ao mesmo tempo em que
se cobrem da cabeça aos pés com logos de marca esportiva, fazem propaganda de
grandes multinacionais do ramo alimentício, etc) e ainda brincam com outros
filmes (adoro a cena que faz referência a 'Exterminador do Futuro 2') e
desenhos (o final à la Scooby-Doo é hilário). E, claro, o mais importante: a trilha
sonora. A cena da galera cantando Bohemian Rhapsody é icônica. Desta vez, ainda
reparei algo que havia passado batido das outras vezes: a participação de Lara Flynn
Boyle (a Donna de ‘Twin Peaks’) como a ex-namorada de Wayne. Diversão
garantida.
Os
Cabeças-de-Vento (Airheads, 1994 – Michael Lehmann) [Estados Unidos]
Chazz,
Rex e Pip são três caras que encarnam o estereótipo de roqueiro em busca da
fama: têm subempregos ou são sustentados pelos pais/namorada/esposa enquanto
batalham para fazer a carreira de músico decolar. Depois de várias tentativas
frustradas de fazer a demo da banda ser ouvida e/ou tocada na rádio, eles
decidem radicalizar e, munidos de metralhadoras falsas carregadas com molho de
pimenta, invadem uma emissora especializada em rock para terem seu pedido
atendido. Só que, obviamente, as coisas não saem bem como planejado e eles se
metem em uma enorme confusão. Mais uma pérola dos anos 90 sobre rock, mas este
eu nunca tinha visto. Lembro que sempre via a capa do VHS na prateleira da
locadora e pensava em alugar, mas sei lá por que nunca fiz isso. Bem, erro
corrigido. Não é dos meus preferidos, mas até que a história, as atuações e as
piadas não são das piores. E eu até consegui tolerar o Adam Sandler!... hahaha.
Tem White Zombie tocando em um bar, Lemmy na multidão que se forma do lado de
fora da estação e até Beavis e Butt-Head ligando para a rádio. Divertido.
Os
Reis do Iê Iê Iê (A Hard Day’s Night, 1964 – Richard Lester)
[Estados Unidos]
Este
é dos anos 60, no auge da Beatlemania, e os protagonistas são os próprios
Beatles. Rumo a uma apresentação em Londres, o quarteto tem que despistar uma
horda de fãs enquanto pega o trem, troca de carros, muda de um quarto de hotel
para outro, participa de ensaios na emissora de TV e dá entrevistas. Aliás, a
parte das entrevistas é uma das minhas favoritas, com os repórteres fazendo
aquelas perguntas bestas de sempre – um deles pergunta ‘Como você chama esse corte
de cabelo?’ e um dos rapazes responde ‘Chamo de Arthur’... hahaha. As confusões
causadas pelos integrantes da banda são bem engraçadas, mas quem rouba a cena é
Sir John McCartney, o avô fictício de Paul. O velhinho faz sucesso com a
mulherada, rouba a roupa do garçom, causa no cassino e ainda tumultua na
delegacia para tentar tirar Ringo da cadeia. Uma figura. Mas, assim como no
filme dos Ramones, a presença de números musicais com canções inteiras quebra o
ritmo do filme. Se tivessem colocado só trechos inseridos na narrativa, teria
sido muito melhor. Mesmo assim, é um bom entretenimento.
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