quinta-feira, 13 de julho de 2017

E o tema é... Filmes de Rock! (2)


Hoje é o Dia Mundial do Rock e, para comemorar, tem post temático com 5 filmes que alegram qualquer fã desse gênero musical: 'Detroit Rock City', 'Rock N' Roll High School', 'Quanto Mais Idiota Melhor', 'Os Cabeças-de-Vento' e 'Os Reis do Iê Iê Iê'. Aumente o som!

Detroit Rock City (Detroit Rock City, 1999 – Adam Rifkin) [Estados Unidos]
Em 1978, quando a mãe megarreligiosa de um garoto louco pelo Kiss queima seu ingresso e o de seus três amigos, eles precisam dar um jeito de conseguir novas entradas para o show da banda em Detroit. Se chegar até o estádio não foi fácil, entrar impõe um nível ainda maior de dificuldade, mas eles não desistem: cada um vai para um lado para tentar a sorte e combinam de se encontrar em um cruzamento quinze minutos antes do início do concerto. E as maluquices que cada garoto faz para descolar um ingresso são épicas. Pode não ser uma obra-prima da sétima arte, mas é um clássico para fãs de rock, principalmente para quem cresceu nos anos 80. A trilha sonora (com as músicas incluídas e não incluídas no CD do filme) é uma das melhores já vistas (ouvidas?) na tela. Minha cena favorita: Edward Furlong encarando um concurso no clube das mulheres para levantar uma grana. E ainda tem Natasha Lyonne. O meu favorito desta lista.

Rock N' Roll High School (Rock N’ Roll High School, 1979 – Allan Arkush) [Estados Unidos]
A coisa toda começa quando Riff Randall, a fã número 1 dos Ramones que sonha em conhecer a banda e entregar ao Joey as letras que escreveu, pede ajuda aos colegas da escola para poder acampar na fila de ingresso para o show, driblando, assim, a nova diretora, que institui disciplina militar no colégio e quer banir o rock da instituição. Riff e seus amigos, então, declaram guerra à nova diretora. Bem, se o filme anterior se passa no finzinho dos anos 70 mas foi feito duas décadas depois, este se passa exatamente no ano em que foi realizado: 1979. O resquício de visual Disco (também abordado em Detroit Rock City) é autêntico aqui (exagerado, colorido e brilhante), mas o que me incomoda nesta produção é o fiapo de história esticado com vários números musicais dos Ramones, tocando canções inteiras meio que do nada, como se fossem clipes inseridos no filme. Adoro Ramones, mas o filme é bem fraquinho. O que salva é o ratão roqueiro e sua mãe. Tosco até não poder mais. Mas vale pela trilha sonora.

Quanto Mais Idiota Melhor (Wayne’s World, 1992 – Penelope Spheeris) [Estados Unidos] [#vejamaismulheres]
Wayne e Garth são dois amigos roqueiros que apresentam um programa de relativo sucesso em um canal a cabo independente. Um dia, um executivo de TV fica sabendo do sucesso dos moços e, pensando na grana que pode ganhar intermediando a venda do show para uma grande emissora, assina um contrato com os rapazes. De brinde, enrola Cassandra, a namorada de um deles que é vocalista de uma banda em busca um lugar ao sol. A confusão começa quando Wayne e Garth percebem que levaram um golpe e que, além de perderem o controle sobre o programa, agora é Cassandra quem está na mira. Os dois protagonistas encarnam o tipo clássico de roqueiros bobalhões que fazem piadas adolescentes de cunho sexual 90% do tempo. Mas há ótimas sacadas e críticas no filme (minha preferida: quando Wayne e Garth dizem que se recusam a fazer ‘merchan’ no programa ao mesmo tempo em que se cobrem da cabeça aos pés com logos de marca esportiva, fazem propaganda de grandes multinacionais do ramo alimentício, etc) e ainda brincam com outros filmes (adoro a cena que faz referência a 'Exterminador do Futuro 2') e desenhos (o final à la Scooby-Doo é hilário). E, claro, o mais importante: a trilha sonora. A cena da galera cantando Bohemian Rhapsody é icônica. Desta vez, ainda reparei algo que havia passado batido das outras vezes: a participação de Lara Flynn Boyle (a Donna de ‘Twin Peaks’) como a ex-namorada de Wayne. Diversão garantida.

Os Cabeças-de-Vento (Airheads, 1994 – Michael Lehmann) [Estados Unidos]
Chazz, Rex e Pip são três caras que encarnam o estereótipo de roqueiro em busca da fama: têm subempregos ou são sustentados pelos pais/namorada/esposa enquanto batalham para fazer a carreira de músico decolar. Depois de várias tentativas frustradas de fazer a demo da banda ser ouvida e/ou tocada na rádio, eles decidem radicalizar e, munidos de metralhadoras falsas carregadas com molho de pimenta, invadem uma emissora especializada em rock para terem seu pedido atendido. Só que, obviamente, as coisas não saem bem como planejado e eles se metem em uma enorme confusão. Mais uma pérola dos anos 90 sobre rock, mas este eu nunca tinha visto. Lembro que sempre via a capa do VHS na prateleira da locadora e pensava em alugar, mas sei lá por que nunca fiz isso. Bem, erro corrigido. Não é dos meus preferidos, mas até que a história, as atuações e as piadas não são das piores. E eu até consegui tolerar o Adam Sandler!... hahaha. Tem White Zombie tocando em um bar, Lemmy na multidão que se forma do lado de fora da estação e até Beavis e Butt-Head ligando para a rádio. Divertido.

Os Reis do Iê Iê Iê (A Hard Day’s Night, 1964 – Richard Lester) [Estados Unidos]
Este é dos anos 60, no auge da Beatlemania, e os protagonistas são os próprios Beatles. Rumo a uma apresentação em Londres, o quarteto tem que despistar uma horda de fãs enquanto pega o trem, troca de carros, muda de um quarto de hotel para outro, participa de ensaios na emissora de TV e dá entrevistas. Aliás, a parte das entrevistas é uma das minhas favoritas, com os repórteres fazendo aquelas perguntas bestas de sempre – um deles pergunta ‘Como você chama esse corte de cabelo?’ e um dos rapazes responde ‘Chamo de Arthur’... hahaha. As confusões causadas pelos integrantes da banda são bem engraçadas, mas quem rouba a cena é Sir John McCartney, o avô fictício de Paul. O velhinho faz sucesso com a mulherada, rouba a roupa do garçom, causa no cassino e ainda tumultua na delegacia para tentar tirar Ringo da cadeia. Uma figura. Mas, assim como no filme dos Ramones, a presença de números musicais com canções inteiras quebra o ritmo do filme. Se tivessem colocado só trechos inseridos na narrativa, teria sido muito melhor. Mesmo assim, é um bom entretenimento.

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