sexta-feira, 8 de abril de 2022

Resenha: O melhor que podíamos fazer


Thi está em trabalho de parto. Nesse momento especial, quer sua mãe ao seu lado. Mas estranhamente a mãe não consegue permanecer no quarto. Quando finalmente o bebê nasce, ela deixa de ser apenas filha e passa a ser também uma mãe. E então Thi começa a pensar em tudo que sua mãe deve ter passado ao fugir, com 4 crianças, do Vietnã nos anos 70, após um longo período conturbado em sua terra natal. Esse é o ponto de partida para uma viagem às raízes familiares de Thi, e que leva a muitas descobertas interessantes.

Como o subtítulo indica, a HQ traz as memórias gráficas da autora. Coisas da infância das quais ela se lembrava muito pouco, pois era muito nova quando deixou o Vietnã; coisas da juventude de seus pais que ela nem imaginava, e cuja revelação a faz entender melhor o comportamento deles agora; coisas que ela descobre sobre si mesma e sobre um país bem diferente daquele que conheceu. Gostei muito da combinação de contexto histórico com as narrativas individuais. Sem contar a arte, que é belíssima. Recomendo muito. Dica da Aline Aimée (aliás, tem um vídeo dela bem bacana sobre a HQ no YT).

Nota: 4/5

(Publicado no Instagram em 15 de agosto de 2021)

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