Don Lockwood (Gene Kelly) e Lina
Lamont (Jean Hagen) formam uma das
duplas de atores mais famosas de Hollywood e, segundo as revistas de fofoca, o
casal vive um romance fora das telas também. No entanto, o reinado da dupla é
ameaçado pela chegada do som ao cinema, já que Lina, embora se ache
irresistível, tem uma voz estridente péssima e uma pronúncia de dar dó. A
solução, que aparece por acaso, é a bailarina e corista Kathy Selden (Debbie Reynolds),
que chega para salvar a produção do primeiro filme falado do estúdio, mas acaba
despertando a inveja de Lina.
Kathy
e Don se conhecem quando ele, ao fugir de fãs enlouquecidas, acaba dentro do
carro conversível de Kathy, que não o reconhece imediatamente e quer chamar a
polícia. Depois de desfeito o mal-entendido, ela revela ser uma aspirante a
atriz de teatro, fala mal do cinema e das caras e bocas dos atores de filmes
mudos, elogia atores de teatro que interpretam textos dos grandes escritores,
como Shakespeare e Ibsen. Obviamente, Don se sente ofendido com tudo isso, mas
não deixa de admirar a audácia da garota. E, claro, cai de amores por ela.
Quando
“O Artista” ganhou o Oscar de Melhor Filme de 2012, vi muita
gente reclamando, dizendo que se tratava de cópia de “Cantando na Chuva”. Não acho que seja exatamente uma cópia, mas
ambos abordam o mesmo período da história do cinema: o fim da era dos filmes
mudos. A corista que salva o filme também é algo comum às duas histórias,
porém, as semelhanças param por aí. "Cantando
na Chuva" é um musical muito superior ao seu irmão mais novo, mas
considero válidas as duas homenagens à era de ouro do cinema.
Uma
coisa que achei bem divertida em “Cantando
na Chuva” são as peripécias que
a equipe de filmagem faz para conseguir captar o som nas cenas: escondem
microfone em arbustos, colocam dentro do vestido (e olha que era um microfone
gigante!), camuflam em enfeites... e, mesmo assim, a voz dos atores saía
falhada. Além disso, a equipe ainda teve que enfrentar problemas de falta de
sincronia entre imagem e som e descobre uma falha grave que nunca havia sido
notada: a pobreza das falas dos personagens.
Para
contornar os problemas citados acima, e tentando diminuir os prejuízos do filme
que já havia sido quase todo rodado e estava às vésperas da estreia, decidem
dublar as falas dos atores (e é aí que entra Kathy). Na verdade, é ela quem dá
a ideia e ainda sugere transformar o filme em um musical. Como era de se
esperar, Lina não fica nada feliz com essa história...
Quanto
aos números musicais, os meus favoritos, além daquele que dá nome ao filme, são
os que têm Cosmo Brown (Donald O’Connor) como protagonista.
Cosmo é o músico responsável pela trilha sonora do filme a ser lançado e amigo
de infância de Don. De sua boca saem as tiradas mais engraçadas e ele
protagoniza os números mais divertidos, incluindo cenas dignas de comédia
pastelão (adoro!). As cenas que se passam na sala do fonoaudiólogo são
hilárias! Como sempre acontece nesse tipo de filme, os duetos românticos são os
números de que menos gosto.
Resumindo,
“Cantando na Chuva” é um clássico
imperdível, com ótimas canções e atores carismáticos e merece ser visto por
todos que apreciam a sétima arte.
6 comentários:
Desses filmes considerados grandes clássicos, o único que não me decepcionou nem um pouquinho e, pelo contrário, se tornou um dos meus favoritos, é Cantando na Chuva. Pra quem acha que o filme é só a música que lhe dá nome (como eu achava), é uma surpresa e tanto ver uma história tão bem construída, com boas atuações, música boa, engraçado, enfim, um filme obrigatório.
Como você disse, os momentos mais engraçados são quando eles estão tentando se adaptar à nova tecnologia, e os erros de sincronia que surgem são hilários.
Sinceramente, deixa O Artista no chinelo. E olha que eu achei O Artista um filmaço!!!
Oi, Michelle :) Como você disse, "Cantando na Chuva" é um clássico imperdível e eu preciso assistir! Tenho certeza que vou gostar, pois eu amei "O Artista"!
Gostei de saber que, embora os filmes acima abordem o mesmo período da história do cinema, cada um tem a sua particularidade. :D
Bjs ;)
clássico é clássico, mas meu marido odeia filmes musicais, com isso as minhas chances de assistir ao lado dele sempre são pequenas :( eu amo filmes assim, e tenho que aproveitar que ele está trabalhando em outro estado,para atacar esses filmes rs
bjos
Morro de vontade de ver esse filme, mas parece que sempre surge alguma coisa pra fazer antes. Shame on me, porque sei que é um desses filmes que a gente simplesmente TEM que assistir!
Oi, João!
Eu gostei dos 2 filmes, mas obviamente Cantando na chuva leva vantagem, pois foi o primeiro a levar para as telas os perrengues que artistas e equipe técnica enfrentaram para se adaptarem à nova realidade, e também por fazer isso de forma genial.
Ana,
Acho que você vai adorar. Não deixe de ver!
Jacque,
Aqui em casa também é assim. Sempre que tenho a chance, escolho filmes para assistir sozinha...hehe.
Mareska,
É verdade. Sempre surge alguma coisa para atrapalhar. Eu demorei um tempão até conseguir ver, mas não me arrependi.
bjo!
Acho que "Cantando na Chuva" foi o primeiro musical que eu assisti e o Gene Kellyse tornou um dos homens da minha vida. xD
É um dos meus filmes preferidos, assisto sempre, e claro, precisei comprar. ^^" Não vi "O Artista" ainda, e nem tava sabendo dessas reclamações da galera, tinha lido apenas coisas boas sobre o filme... Preciso ver ainda.
O mais legal é saber que a Debby Reynolds é mãe da princesa Leia. (pã!)
bjs!
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