sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Filme: A Insustentável Leveza do Ser (The Unbearable Lightness of Being)



Tomas (Daniel Day-Lewis) é um médico-cirurgião que se relaciona sexualmente com muitas mulheres para tentar captar as nuances que tornam cada uma delas única. Entre suas amantes está Sabina (Lena Olin), artista plástica de renome internacional que se transforma ao usar o chapéu-coco de seu pai. Um dia, as teorias de desprendimento emocional de Tomas são postas em xeque quando ele conhece a ingênua Tereza (Juliette Binoche), jovem simples que adora ler e que tem como objetivo ser uma grande fotógrafa. Para completar essa mistura heterogênea temos Franz (Derek de Lint), um professor universitário apaixonado por revoluções e que não resiste aos encantos de Sabina.


Baseado na obra do escritor Milan Kundera (veja a resenha AQUI), o filme mostra as intrincadas relações entre esses personagens tão distintos, deixando de fora a maior parte das questões filosóficas e existenciais apresentadas no livro. O passado dos personagens e suas frustrações e traumas também são apenas pincelados na tela, o que às vezes torna suas ações meio vagas e sem sentido.


Em compensação, a narrativa linear e cronológica melhorou muito a fluidez da história. A fotografia também é algo que merece destaque, principalmente nas cenas da invasão da Tchecoslováquia pelos russos em 1968 (que ficou conhecida como “Primavera de Praga”), e naquelas de sexo entre Tomas e Sabina no espelho e refletem a atração que esse objeto exercia sobre a artista.


Gostei da interpretação do Daniel Day-Lewis e, principalmente, do trabalho da Lena Olin, que encarna com perfeição a Sabina que eu imaginei durante a leitura. Já a Juliette Binoche nunca me agrada. Sei que ela é mundialmente reconhecida e tal, mas não me desce. Para mim ela faz parte do time de atrizes e atores que só têm uma expressão (vide Keanu Reeves, Nicholas Cage e Kristen Stewart), no caso, cara de songa.


No geral, um filme razoável, com alguns detalhes interessantes, mas que fica muito aquém do livro.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu vi esse filme na época, Michelle, então acho que vi ele com mais frescor e lembro de ter gostado, inclusive porque eu vi antes de ler o livro. Não sei como seria rever, desconfio que ele deve ter ficado um pouco datado, mas quero ver de novo um dia. =)
Beijinho!!!

Eve Fowl disse...

Ah, esse sim eu vi!

Lembro que na época fiquei muito tocada pela história, que fez surgir minha vontade de ler o livro.

Gostei principalmente das cenas dos protestos da Primavera de Praga, estava estudando sobre isso na época e fiquei extasiada!

Mas agora preciso rever o filme, pq eu nem sabia o nome dos atores, e agora, posso analisar melhor.