“Jekyll”, como o nome indica, é uma
série inspirada em “O Médico e o
Monstro” (The Strange Case of Dr.
Jekyll and Mr. Hyde, no original em inglês). Aqui, o Dr. Tom Jackman luta para manter seu alter ego demoníaco, Billy Hyde, sob controle, escondendo do
monstro o fato de ser casado e de ter dois filhos. Embora compartilhem o mesmo
corpo, as memórias das duas identidades são distintas: enquanto uma está
acordada, a outra está inativa. No entanto, o que Jackman/Hyde não sabem é que
há anos suas vidas têm sido monitoradas pelo poderoso Instituto.
Que
a literatura é fonte de inspiração para 90% das produções de cinema e séries
não é nenhuma novidade. Nem todos os derivados fazem juz às boas ideias
originais, mas não posso negar que a curiosidade sempre fala mais alto e acabo
conferindo as adaptações e subprodutos.
Assim
como na obra original, Hyde é um ser cruel e repugnante, que tem
características físicas diferentes do Jackman: é mais alto e mais jovem, tem
dedos mais longos e finos e mais cabelos e pelos. Além disso, possui força e
velocidade descomunais e é literalmente uma fera, que devora outros seres
vivos.
As
diferenças são que, na série, o cientista não induz o surgimento do seu lado maligno
por meio de poção (bem, pelo menos até onde eu vi) e Jackman e Hyde, inseridos
no tecnológico mundo contemporâneo, se comunicam por meio de um gravador, onde
registram recados um para o outro.
Os
acordos entre Hyde e Jackman funcionam razoavelmente bem, até que eles
percebem que estão sendo seguidos. A tensão de ser caçado somada à descoberta
da vida familiar de Jackman faz com que Hyde se enfureça e comece a tomar conta
do corpo de ambos cada vez por mais tempo. Tudo o que sabemos é que
Jackman/Hyde são descendentes dos Jekyll/Hyde originais, embora seja dito que
eles não tiveram descendentes. E é para esclarecer essa questão, entre outras,
que o tal Instituto entra na jogada.
Até
agora assisti a 3 dos 6 episódios da série e não consigo definir no momento se “Jekyll” é uma série brilhante ou uma
grande enganação. Terminei o primeiro episódio louca para conferir o seguinte,
assisti ao segundo querendo abandonar a série e vi o terceiro achando que
talvez a presença do Instituto melhore o ritmo e leve a um final surpreendente.
O que me atraiu no início, a dualidade e as batalhas internas
para equilibrar o bem e o mal, se perdeu no segundo episódio, quando a história
de conspiração começa a ganhar força. Acho o uso desse recurso um tanto previsível e
superestimado.
No
entanto, só li comentários favoráveis sobre o programa e muitos elogios ao
desfecho. Decidi continuar, já que é uma série curta. Entre minhas
desconfianças de opiniões unânimes e a curiosidade natural, venceu esta última.
Vale destacar que o roteiro de "Jekyll" é obra de ninguém mais, ninguém menos que Steven Moffat, também roteirista de séries como "Dr. Who" e "Sherlock".
Aliás,
fiquei sabendo de outras duas séries que abordam a dupla personalidade: “Do No Harm” (comentada pela Vivi lá no Filmes, Livros e Séries) e “My Own Worst Enemy”, que traz
Christian Slater na pele de um superespião/pai de família comum dividindo o
mesmo corpo.
Alguém
já viu alguma dessas séries? Recomenda? Não? Tem alguma outra para indicar? É
só deixar comentário.
Trailer (não achei legendado, sorry!)
Beijo
4 comentários:
Aeeee \o/ to de volta!!!
Esta série eu não conhecia ainda, confesso que depois de Do No Harm (obrigada pela citação) to meio traumatizada viu. Caracas tá saindo série nova a rodo, não to dando conta kkkkk.
Beijocas
Eeeee!
Eu gosto da temática e escolhi essa porque só tem 6 episódios. Estou dando preferência a minisséries ;)
bjo
eEu tinha visto passar essa série em algum canal da TV, lembro que na época fiquei com vontade de assistir, mas no fim, nem deu pra conferir... :/
Me fala depois o que vc achou do desfecho! :) Apesar dos pesares, fiquei curiosa pra ver a série.
Já ouvi falar de Do No Harm, mas nunca vi... ._. Única série que eu já tinha ouvido falar sobre pessoas com outras personalidades era "United States of Tara", que me disseram ser muito bom. :)
bjs, Mi!
Raíssa,
Então... quando eu fiz o post eu tinha visto metade da série e oscilava entre "gostei/não gostei". O quarto episódio me conquistou e o quinto foi muito interessante, com um desenrolar que eu não esperava, mas o final não foi totalmente satisfatório. Mas isso depende do gosto de cada um, né?
United States of Tara é sensacional! É engraçado e dramático ao mesmo tempo. Recomendo!
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