O que a paternidade não faz com uma pessoa, não é mesmo? Depois que Agnes, Margo e Edith entraram de vez em sua vida, o supervilão Gru, responsável por façanhas como o roubo da lua, agora é um cara de família, cujas preocupações são zelar pelo bem-estar das pequenas e desenvolver uma nova linha de geleias e gelatinas. No entanto, essa tranquilidade familiar não dura muito, com Gru sendo convocado para ajudar a Liga Antivilões na investigação do desaparecimento de um produto químico perigoso.
A
vida não está nada fácil para Gru: não consegue acertar na fórmula das geleias,
tem problemas para lidar com a adolescência de Margo, que não desgruda do
celular e começa a se interessar por garotos, tenta driblar os encontros
amorosos desastrosos armados pelas filhas e pela vizinha, e, ainda por cima,
perde um companheiro de trabalho de longa data: Dr. Nefário, que pede demissão por sentir falta dos
antigos planos mirabolantes de domínio do mundo.
A
convocação para trabalhar com a Liga Antivilões parece, então, um oportuno
retorno à ação. Em sua missão, Gru tem como parceira a divertida Lucy, grande lutadora e espiã, embora
um pouco atrapalhada. Durante a investigação, surge um suspeito que é velho
conhecido de Gru: o maligno El Macho.
Continuações
de sucessos de bilheteria são polêmicas. Obviamente impulsionadas pelo lucro do
filme original, as partes 2 (e 3, 4, 5...) geralmente têm qualidade inferior,
seja por falta de uma trama realmente interessante, seja pelos excessos
cometidos com a intenção de superar o filme anterior. Pouquíssimas séries
conseguem gerar uma segunda parte tão boa quanto a primeira, principalmente no
ramo das animações. “Meu Malvado
Favorito 2” ,
felizmente, faz parte desse seleto grupo de exceções.
A
adoção das garotas e todas as mudanças resultantes na vida de Gru o fizeram
crescer como personagem e como “ser humano”. Ele é uma pessoa melhor por causa
das filhas e tenta se adaptar à nova realidade. Não enfrenta mais grandes
perigos, não realiza mais invenções grandiosas, não tem aspirações
inatingíveis, mas nem por isso sua tarefa é mais simples. Pelo contrário, criar
3 crianças se mostra a coisa mais difícil que ele já teve que fazer. E é essa
humanidade o grande trunfo do filme: um cara que deixa de ser vilão (ou herói)
para ser pai.
Os
personagens dessa nova aventura também colaboram muito para o bom funcionamento
do filme. Lucy é o complemento perfeito de Gru e o ajuda não apenas em campo. Eduardo, o dono do restaurante
mexicano, é uma figura. A dublagem feita por Sidney Magal caiu como
uma luva no gorducho dançarino. Os minions
ganham importância na história e estão mais engraçados que nunca. Literalmente,
chorei de rir nas canções que essas criaturinhas apresentam no fim do filme.
Entretenimento
de primeira sem limite de idade!
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