segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Oscar 2014: Blue Jasmine, Álbum de Família e Inside Llewyn Davis

A ideia era falar primeiro de todos os indicados na categoria de Melhor Filme, mas ainda faltam dois filmes para eu ver. Então, vou comentar sobre indicados de outras categorias, mas que não deixam nada a desejar: "Blue Jasmine", "Álbum de Família" e "Inside Llewyn Davis".



Blue Jasmine (Blue Jasmine) [Estados Unidos]

Sinopse:
Jasmine (Cate Blanchett) é uma mulher na casa dos 40 anos que vivia na alta sociedade de Nova York. Quando seu marido (Alec Baldwin) é preso e todo o dinheiro do casal é confiscado, ela é obrigada a ir morar na casa da irmã em San Francisco. Completamente sem rumo, deprimida e surtada, Jasmine tenta se adaptar à sua nova (e pobre) realidade.

O que eu achei:
A cena inicial já dá uma ideia do quão fútil e desequilibrada é a protagonista. Jasmine é uma mulher irritante, esnobe e maldosa, daquelas que seria fácil odiar se não fosse a interpretação excepcional de Cate Blanchett. Ela consegue imprimir uma aura de coitada e suas neuroses geram situações tão engraçadas que acabamos envolvidos pelo drama da ex-riquinha mimada. Mesmo diante das desfeitas e humilhações que ela faz sua irmã passar, ainda assim a achamos adorável e torcemos por ela. Embora Blanchett seja a grande estrela do filme, o restante do elenco não deve nada em matéria de talento. Não é um dos meus favoritos do Allen (gosto mais das comédias), mas ainda assim é muito bom.


Indicações:
Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante e Roteiro Original

Minha aposta:
Estou torcendo loucamente pela Cate, mas sabe como é... Meryl Streep está na disputa.

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Álbum de Família (August: Osage County) [Estados Unidos]

Sinopse:
Após o desaparecimento do pai, as irmãs Ivy (Julianne Nicholson), Barbara (Julia Roberts) e Karen (Juliette Lewis) precisam retornar à casa dos pais para cuidar da mãe (Meryl Streep), que está seriamente doente e viciada em remédios. Durante os dias de convivência forçada, vários segredos vêm à tona, memórias são resgatadas e muita roupa suja é lavada.

O que eu achei:
Não tem como ver esse filme e não lembrar da música dos Titãs sobre o tema. Família é isso mesmo: pessoas com personalidades diferentes que o acaso botou na mesma casa, pessoas que se amam e se odeiam, pessoas que fazem sorrir e chorar, pessoas que conseguem te arrasar e te levantar com poucas palavras, mas que estão ligadas por bem ou por mal. Aqui não é diferente: tem a filha preferida (e também a mais cobrada) que luta para apoiar a mãe enquanto enfrenta a ruína do próprio casamento, tem a filha que é completamente ignorada por ser sonhadora demais, tem a filha que é alvo de zombarias porque ainda não se casou e nem tem pretendente em vista. Os cunhados, os tios, sobrinhos e netos complicam ainda mais a situação. A única ilha de sanidade é a coitada da empregada. Apesar de toda família ter seus problemas, eles são elevados à enésima potência no filme. É tanta desgraça junto que, ao término da sessão, eu nem sabia o que pensar. Fiquei com aquela sensação de soco do estômago, quando não se sabe se o pior é a dor ou a falta de ar. Meryl Streep dá um show (como sempre) e vai dar muito trabalho à concorrência. Aliás, o elenco todo dá o sangue. Um filme amargo, porém excelente.


Indicações:
Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante

Minha aposta:
Como eu disse acima, estou torcendo pela Cate, mas é difícil bater a Meryl Streep.

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Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum (Inside Llewyn Davis) [Estados Unidos]

Sinopse:
Llewyn Davis (Oscar Isaac) é um músico que tenta se recompor após a perda do amigo e parceiro musical. Dormindo em sofás alheios, pedindo dinheiro emprestado, discutindo com seu empresário e pegando carona, ele segue em busca de seu sonho na cena folk de Nova York nos anos 60. O protagonista é levemente inspirado em Dave van Ronk, figurinha conhecida na cena musical da época que fez amizade com vários artistas do meio, mas nunca alcançou a fama.

O que eu achei:
Tudo bem que a falta de empenho de seu empresário somada à sua considerável cota de azar dificultavam bastante a vida de Llewyn, mas, para mim, o que complicava mesmo a situação eram seus conflitos internos, sua dificuldade em lidar com a ausência do amigo querido. Em sua jornada, o protagonista encontra gente disposta a ajudar e também aqueles que queriam tirar proveito de sua já precária situação. No entanto, ele arranja (meio a contragosto, é verdade) o melhor companheiro de viagem que poderia ter: o gato Ulisses (aliás, bem significativo esse nome, hein?). Mesmo não tendo achado o-melhor-filme-de-todos-os-tempos como muita gente, gostei bastante da experiência. Além do gatucho fofo, destaco como pontos positivos a trilha sonora e a participação de Adam Driver.


Indicações:
Fotografia e Mixagem de Som

Minha aposta:
Pet-star mais fofo!

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Para ver a Lista de Indicados ao Oscar 2014 e suas respectivas resenhas, clique AQUI

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Michelle! :)
As atuações da Blanchett são sempre muito precisas. Gosto daquela dramaticidade dela, em cenas densas. E a sinopse atrai, né? Quero ver como ela lida com tudo. Vi o trailer e gostei.

Quanto a "Álbum de Família" eu já não tinha vontade de conferir. E depois de ter uma dimensão do enredo, agora que desanimei. ;P

O último também não chamou minha atenção.

Bjs ;)

Sarah disse...

Quero ver Álbum de Família. Estou curiosa para ver a interpretação da Meryl, só tenho ouvido elogios. E ainda por cima o elenco tem a Juliette Lewis! Amo! (tenho até o cd da banda dela rsss... já ouviu??)

Ah, esse fds assisti Os Suspeitos, com Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal. Achei o Jake ótimo, ele criou um tique nervoso pro personagem super condizente com o papel. Mas o filme é marromeno... já viu??

Anônimo disse...

Mi, em época de oscar eu já fico te invejando por ver tantos filmes, ultimamente não consigo ver nada, estou sentindo falta, mas sempre que tenho um tempinho acabo dando prioridade às leituras. Mas eu me conformo em ficar lendo suas resenhas. Beijinho!

Michelle disse...

Ana,
Adoro a Cate! Acho que até hoje nunca assisti a um filme em que a atuação dela fosse "mais ou menos".

Sarah!
Juliete Lewis é diva! Eu já fui a um show dela. Doidinha, doidinha...
Estou com "Os suspeitos" aqui para ver, mas e a preguiça de encarar 3 horas de filme?...rs

Lua,
Imagino que seu tempo livre deva ser bem curto mesmo. Mas aproveite para curtir bastante a Olivia!