Olá!
Maio
foi um mês mais dedicado aos filmes do que aos livros. Normal, já que foi um
mês de trabalhos enrolados e chatinhos e, no fim do dia, eu só queria ficar
jogada no sofá acompanhando imagens. Além disso, muitos filmes foram visto
para o curso de História do Cinema - o tema do mês era cinema soviético. Ainda
consegui acompanhar algumas séries, o que me faz classificar maio como um mês
produtivo.
Livros
Como
eu disse, maio foi um mês cansativo, mas consegui finalizar 3 livros. Embora tenha gostado de todas
as leituras, nenhuma delas entrou para minha lista de inesquecíveis.
- Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos
(Ana Paula Maia): Duas histórias curtas sobre pessoas que valem menos que cães e porcos, que são invisíveis,
descartadas feito lixo. Incômodo, mas infelizmente verdadeiro.
- Outros cantos (Maria Valéria Rezende): Embora os personagens e o próprio cenário de “Outros
Cantos” sejam absurdamente parecidos com os de “Vasto Mundo”, desta vez a
leitura teve um efeito diferente em mim.
- Laços de família (Clarice Lispector): Gostei mais do que de “A via crucis do corpo”,
provavelmente porque o tema único ajuda a ligar as histórias e a definir o tom
da leitura. Mas, como quase sempre acontece, achei alguns contos excelentes,
outros medianos e alguns não me disseram nada. Quero ler os romances para ver
se me dou melhor.
* Publicada a resenha de "O assassino cego" (Margaret Atwood) - Aleluia!!
P.S.
– Este ano adotarei uma pontuação máxima de 5 estrelas, em vez de 4 como
costumava fazer, tanto para livros quanto para filmes.
Filmes
Em maio
vi 17 filmes. Preferidos do mês: “Um truque de luz”, “Rua Cloverfield, 10”, “O encouraçado Potemkin”, “A aldeia do pecado” e “O falcão maltês”. Destaque para o
documentário “Muito além do peso”.
- Um truque de luz: Linda homenagem àqueles que ajudaram a criar o cinema,
mas que nem sempre são lembrados.
- Advantageous: Um filme de ficção científica incrível que não precisou de milhões de
dólares gastos em efeitos especiais. [#vejamaismulheres]
- A greve: Ângulos improváveis, som maravilhoso, imagens impressionantes para um
filme de 1925. Estava indo tudo muito bem até a parte final, quando o diretor
resolve mostrar cenas de violência contra animais e crianças que não
acrescentam nada à trama. Perdeu uma estrela.
- Rua Cloverfield, 10: Adorei a forma como o diretor joga com o espectador,
apontando novos caminhos, frustrando expectativas, gerando suspense até o fim.
Muito bom.
- Muito além do peso: Documentário muito bacana sobre obesidade na infância.
É muito fácil, injusto e cruel jogar a culpa toda nos pais quando eles têm que
enfrentar a propaganda sedutora, um governo omisso e uma indústria alimentícia
multimilionária. [#vejamaismulheres]
- Sinfonia da necrópole: Musical brasileiro é uma coisa rara. Achei bem
interessante o uso desse gênero para falar de especulação imobiliária. E ri
numas cenas. [#vejamaismulheres]
- Cine-olho: Assisti para a aula de cinema soviético. Uso de várias técnicas
inovadoras para a época, mas não me cativou.
- Escravas da vaidade: Gosto da crítica que o filme faz à busca da beleza e
juventude a qualquer custo, das cenas repugnantes e da trama paralela.
Infelizmente, o filme reforça o estereótipo de mulheres brigando entre si só
para agradar homens. Podia ter tomado outro rumo. Ia ser beeeeem mais legal.
- Dirty dancing: Todo mundo tem as músicas e as danças bem gravadas na
memória, mas vocês lembram o motivo de a mocinha ter virado parceira de dança
do bonitão? Eu não lembrava. Nada como os filmes dos anos 80 da Sessão da
Tarde...
- Footloose: Ainda na vibe dos filmes de dança dos anos 80. Sabe quando você levanta
com o pé esquerdo e tem que enfrentar um tsunami de zica? Então... xingar,
quebrar coisas, socar pessoas é coisa do passado. Para desestressar, basta sair
dançando loucamente pela rua. Pura magia! Hahaha.
- O encouraçado Potemkin: O mesmo impacto visual de 'A Greve', mas sem cenas
desnecessárias e apelativas. Dá para entender perfeitamente porque é
considerado um dos melhores filmes de todos os tempos. E ainda inspirou a
famosa cena do carrinho de bebê nas escadarias de 'Os Intocáveis'. Muito bom
mesmo.
- O que eu fiz para merecer isso?: Gosto muito dessas comédias de costumes francesas.
Essa demora um pouco para engrenar, mas me diverti mesmo assim.
- A aldeia do pecado: Olga Preobrazhenskaya, a primeira
diretora russa, deixa a revolução política como pano de fundo para focar em
algo que ninguém mostrava na época: a situação de abuso sexual
institucionalizado das camponesas do seu país. Que filme incrível! [#vejamaismulheres]
- O último
cine drive-in: Adoro filmes que falem sobre
a magia do cinema e estava bem a fim de ver esse. Infelizmente, não foi tudo o
que eu esperava.
- Elvis e
Madona: O assunto é bacana, os atores
arrasam, mas o desenvolvimento deixa a desejar.
- O falcão
maltês: Não dá para confiar em ninguém... Muito
bom!
- Que bom
te ver viva: Filme incômodo, mas necessário.
Assistido como parte da programação Cine Macabéa. [#vejamaismulheres]
Séries
Terminei
de ver a segunda temporada de ‘Better
Call Saul’ e a primeira de ‘Grace
and Frankie’. Comecei a assistir a sétima temporada de uma das minhas séries
preferidas: ‘The Middle’.
E foi
isso.
O
que vocês aprontaram em maio?
Beijo
e até +!
Um comentário:
Também li pouco em maio.
Quero muito ler Outros Cantos. Li 40 dias e gostei bastante.
bjs
www.jeniffergeraldine.com
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