O
General Aladeen (Sacha Baron Cohen), ditador de Wadiya, no Oriente Médio, é um
líder excêntrico empenhado em fazer com que a democracia jamais chegue ao seu
país. Com o surgimento de rumores sobre a produção de armas de destruição em
massa em Wadiya, Aladeen é convocado pela ONU a dar explicações em sua sede, em
Nova York. No caminho, Tamir (Ben Kingsley), chefe de segurança de Wadiya, faz
com que o sósia de Aladeen, usado por questões de segurança, assuma o lugar do
ditador verdadeiro, pretendendo, com isso, dar o golpe e transformar Wadiya em
democracia. Perdido nas ruas de Nova York, Aladeen luta para conseguir retomar
seu posto e impedir o golpe. Nessa jornada, conta apenas com a ajuda de Zoey
(Anna Faris), a ativista feminista dona de uma loja de produtos orgânicos.
Quem
já viu Borah ou Brüno, filmes anteriores de Sacha Baron Cohen, sabe que
sutileza não é o forte do comediante. Para assistir a seus filmes, é preciso
estar preparado para ironia, escatologia e vulgaridade. Mas, no fim, por trás
de todas as ofensas, se escondiam críticas mordazes à estupidez humana e aos
preconceitos, especialmente aqueles presentes nas atitudes dos americanos.
Com
isso em mente, fui cheia de expectativa assistir a “O Ditador”. E me
decepcionei. Ao contrário dos filmes anteriores, que eram baseados nas reações
espontâneas das pessoas que se tornavam participantes involuntários dos filmes
das filmagens estilo "pegadinha", desta vez a história tem um roteiro
rígido e utiliza apenas atores, ou seja, tudo ali é ensaiado. As cenas são
arrastadas e o discurso ácido contra a hipocrisia americana é suavizado. Acabou
virando um daqueles filmes que fazem sátira de outros filmes, como “Todo mundo
em pânico” e similares, com piadinhas grosseiras e longas demais e cenas
escatológicas sem propósito.
O
filme tem sim alguns momentos inspirados, que lembram as boas sacadas de Borah,
como a cena em que Aladeen fala na ONU sobre os horrores da democracia, fazendo
uma brincadeira com a postura dos Estados Unidos frente aos demais países. No
entanto, o filme como um todo é fraco e nem parece ter sido feito pelo mesmo
cara que aterrorizou a América com sua sinceridade incômoda anos atrás. Triste.
7 comentários:
Nao estava com vontade de ver esse filme,e agora menos ainda.
:D
Assisti Borah e achei mais ou menos,Bruno so consegui assistir uns 10 minutos,é muito forçado e com cenas escatológicas desnecessarias.
Um beijao.
Oi Michelle!
Que pena!!
Estou doida para assistir a esse filme.
Agora, depois de ter lido o seu post, desanimei um pouco.
Quanto ao livro O Jogo do Anjo (respondendo o seu comentário dez anos depois O.O), eu não gostei.
A Sombra do Vento é mil vezes melhor!
Achei O Jogo do Anjo uma tremenda miscelânea. Histórias dentro de histórias... Chega uma hora em que você nem sabe mais quem é quem.
E sem falar que o livro acaba tomando um rumo sobrenatural e isso eu não gostei nem um pouco.
Mas muita gente gostou da obra. Então acho que vale a pena você ler para poder tirar as suas conclusões também. :)
Beijos!
Eu acho Borah um filme muito inteligente. Adoro a forma como foi filmado, com as pessoas despejando um monte de preconceito sem nem perceber. Todos os palavrões, toda nudez e toda a escatologia não chegam nem aos pés do horror que sai da boca das pessoas, das atitudes que elas têm. Era isso que eu esperava em O Ditador, mas não encontrei nem vestígio do estilo no novo filme.
Ah... tks pela resposta, Angélica. Só queria saber a sua opinião, mas vou ler o livro de qualquer jeito para tirar minhas conclusões.
Acho que esse não vou encarar,
nos falsos documentários até que a piada era boa, mas agora...
Hey, Michelle. Então fiz bobeira, pq não vi nem Borah nem Bruno, mas assisti O Ditador. E achei uma comédia muito mais ou menos. Preciso ver Borah e descobrir suas verdades. Beijos!
Michelle, talvez não dê mais para ele fazer um filme no estilo do Borat porque ele se tornou conhecido, mas nada justifica fazer um filme normal ruim. Eu já estava com um pé atrás, nem vou perder tempo. Beijinho!!! =)
Herculano,
Fuja!
Agnes,
Começou mal, mas dá para terminar bem!
Lua,
Eu também pensei nisso. E concordo 100% com você: Se é para fazer essa porcaria, melhor não fazer nada.
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