Louis Creed acaba de se mudar de
Chicago para o Maine com toda a família. O novo emprego no departamento médico
da universidade local e a antiga e espaçosa casa colonial parecem sinalizar o
início de uma rotina mais pacata e com mais tempo livre para ver o crescimento dos
filhos. No entanto, desde a chegada à nova moradia, coisas estranhas começam a
acontecer.
Os
problemas têm início antes mesmo de a mudança ser descarregada, e, o que poderia
ser considerado um simples contratempo, se revela parte de um mistério muito maior, envolvendo a morte violenta de um estudante no 1º dia de aula, o atropelamento
do gato da família e a existência de um cemitério indígena nos fundos da
propriedade de Louis.
“Um
homem planta o que pode... e cuida do que plantou”.
Eu
já conhecia a história, graças ao filme “Cemitério
Maldito”, assistido há muuuuito tempo no SBT. Não me lembrava dos detalhes, só da ideia central da história.
A leitura do livro, além de resgatar acontecimentos esquecidos, ainda me
fez perceber que eu poderia aproveitar "O
Cemitério" para fazer mais uma resenha para o tema do mês de junho do Desafio Literário: romance
psicológico. Sim, porque grande parte do horror da história é oriunda dos
pensamentos e alucinações do protagonista.
A
atmosfera tensa e aterrorizante é criada pela descrição detalhada dos cenários
e pelas ações desesperadas dos personagens. A morte é uma presença constante e
está sempre à espreita de suas vítimas. Os mortos sabem de coisas e enviam recados aos vivos por meio de sonhos. As
premonições sempre se cumprem, ainda que os personagens tenham consciência
delas e lutem para mudar o rumo da história. As desgraças acontecem
principalmente pela incapacidade das pessoas de lidar com a perda. A possibilidade
de trazer do além um ser querido, mesmo sabendo dos riscos e das mudanças
físicas e mentais que esse ser sofre, é tentadora demais para alguns. O egoísmo
fala mais alto.
Além
de tratar da morte e da dificuldade de lidar com ela, o autor também joga na
mistura a mitologia dos povos indígenas norte-americanos,
destacando a figura do “vendigo” (ou wendigo), um ser que já foi humano e que
passou muita fome durante um inverno rigoroso, sendo obrigado a praticar o
canibalismo para sobreviver. Com isso se transforma em um monstro, ganha poderes
especiais e passa a atrair mais e mais vítimas.
Mais
um clássico do mestre Stephen King.
Foi muito bom conhecer melhor essa história e recomendo a todos que gostam de
narrativas sobrenaturais. Deu até vontade de rever o filme.
Curiosidades:
-
Deixando claro seu apreço pelos Ramones,
titio King faz várias referências à banda: 1)
Ao ligar o rádio do carro, Louis ouve "Rockaway
Beach"; 2) "Hey, ho, let's go!", o grito de
guerra da banda (traduzido como "Ei, iá, vamos lá!") na introdução da
Parte 2; 3) Louis se registra no
hotel como “Dee Dee Ramone”; 4) E, claro, a parceria para a trilha
sonora do filme – “Pet Sematary”.
3 comentários:
O filme é um clássico para quem gosta do Ramones né?? Adoro!
Não sabia que o livro era tão bom! Vou procurar pra ler ;)
Beijo, resenha ótima, como sempre!
Mais um livro do King para a lista de 'quero ler' :)
Já ouvi falar desse filme, mas não lembro se já o vi!
PS: lendo sua resenha, fiquei com uma saudade imensa da escrita do King, adorei Christine, tô precisando de mais SK, de mais!!! xD
Beigos!
Tati,
Só lembro de algumas cenas do filme. E o pior é que misturo Cemitério Maldito com Colheita Maldita. Na minha cabeça eles são um só...rs
Maura,
Nem sei se o SBT ainda passa esse clássico. Mas em determinada época eles passavam direto, junto com Christine também ;)
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