História
de um homem que atravessa os séculos em busca da mulher de sua vida, Janaína. Em
quatro períodos marcantes da História do Brasil, o herói enfrenta diversos
desafios, sempre em nome da liberdade e do amor.
“Viver sem conhecer o passado é andar no escuro”.
O
filme começa em 1566, e mostra o protagonista na pele de um guerreiro tubinambá
e seus esforços para salvar a tribo das garras dos portugueses na época do
descobrimento e evangelização. Depois, acompanhamos sua luta no Maranhão, ao
lado de outros trabalhadores rurais, contra a exploração do governo e dos
escravocratas. Reencontramos nosso amigo em 1968, participando, mais uma vez,
de um movimento popular revolucionário, agora contra a ditadura. Por fim,
mergulhamos nas aventuras do herói em um Rio de Janeiro futurista, no ano de
2096, quando o bem mais precioso e escasso do planeta é a água, aumentando o já
monstruoso abismo social.
Quando
vi o trailer no cinema, fiquei maravilhada e ansiosa para conferir a história.
Se uma animação nacional adulta já é um ótimo motivo para comemorar, imagine
então uma que apresente fatos históricos do nosso país de uma forma
interessante, sem aquele tom educativo em excesso...
E é
exatamente isso que o filme entrega: História, com H maiúsculo, em uma trama
envolvente e dinâmica que mistura tradições e lendas indígenas com ficção
científica. O filme me lembrou um pouco “Fim
da Eternidade”, do Asimov, e também “Efeito
Borboleta”, já que em ambas as histórias o mocinho tenta de todas as formas
burlar o sistema, a lógica, a morte, enfim... tudo para ficar com sua amada.
Quanto
ao visual, não há o que criticar. Simplesmente lindíssimo, com uma pegada bem
macabra nas cenas dos pesadelos do narrador. A única coisa que me incomodou foi
a curta duração. Eu geralmente reclamo dos filmes longos demais, mas, neste
caso, acho que uns minutos adicionais seriam proveitosos, pois em alguns
momentos tive a impressão de passagem abrupta de cena para outra.
Uma
coisa que descobri enquanto visitava o site oficial do filme é a existência do
livro “Meus heróis não viraram estátua”,
de Luiz
Bolognesi e Pedro Puntoni, respectivamente diretor do filme e diretor da
Biblioteca Brasiliana da USP, sobre a inexatidão da História, sobre os fatos oficiais
vistos por outros pontos de vista, sobre os heróis que nem sempre aparecem nos
livros didáticos. E ainda vem com o documentário “Lutas.doc”. Parece bem legal.
Imperdível!
Veja
o trailer:
3 comentários:
Parece ser ÓTEMO esse filme, Michelle, eu vi o trailer no busão e fiquei: cara, que maneiro!
Algo que me chamou atenção quando vi o trailer é o mocinho dizendo que está vivo há 600 anos [ou viveu/e não sei se é esse tempo que ele está vivo mesmo #esquecida] e isso me deixou com mais curiosidade para saber COMO ele viveu tudo isso, se ele é um imortal ou morreu, nasceu, morreu, nasceu... Preciso assistir pra saber, rs.
Espero poder ver em breve ^^
Beigos!
Oi Michelle !
Poxa ainda não tinha dada a devida atenção a esse filme, parece ótimo, muito bom o trailer. Anotada a sugestão!
bjos
Melissa
Maura,
É isso mesmo. O narrador já viveu quase 600 anos. Achei legal acompanhar suas histórias.
Melissa,
Adoro descobrir filmes bons que não são tão divulgados. Esse merecia mais atenção.
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