O
post de hoje traz os últimos dois indicados da categoria principal que eu ainda
não tinha visto ("Philomena"
e "Nebraska") e dois
concorrentes a ‘Melhor Filme
Estrangeiro' (“A Grande Beleza” e “Alabama
Monroe”). Vamos acelerar que o dia da premiação está chegando!
Philomena (Philomena) [Inglaterra]
Sinopse:
Na
Irlanda dos anos 50, Philomena Lee (Judi Dench), uma jovem solteira, engravida e é enviada a um convento. Após dar à luz o bebê, é obrigada a
trabalhar duro na instituição para pagar suas despesas e se penitenciar por seu
pecado. Um dia, seu filho é adotado por um casal americano e ela nunca mais o
vê. No dia em que o filho perdido faria cinquenta anos, ela revela essa
história à filha, que até então desconhecia o passado da mãe. O acaso coloca Martin Sixsmith (Steve Coogan), um ex-jornalista político, no caminho de
Philomena e, juntos, eles partem atrás de respostas.
O que eu achei:
Philomena
e Martin formam uma dupla inusitada. Enquanto ela é uma senhora simples,
católica devotada e gentil, ele é um cara esnobe, que não acredita em Deus e é extremamente pragmático, o que o torna rude às vezes. O que mais me revolta na
história é saber que é bem comum e há milhares de Philomenas por aí. Embora eu
admire a capacidade de perdão de certas pessoas, me identifico muito mais com
Martin e seu desejo de justiça. Por mais absurdo que seja, ainda me surpreendo
com a crueldade de religiosos (e das religiões em geral) que pregam a caridade,
a humildade e o perdão, mas que fazem questão de julgar, culpar e maltratar os
semelhantes. Sério, isso me deprime. Um filme bem tradicional quanto à
narrativa, mas que conta com leveza uma história delicada e triste.
Indicações:
Melhor
Filme, Melhor Atriz, Roteiro Adaptado e Trilha Sonora Original.
Minha aposta:
Não
boto minhas fichas neste concorrente (embora o trabalho de Judi seja lindo).
Nebraska (Nebraska) [Estados Unidos]
Sinopse:
Woody Grant (Bruce Dern) é um
senhor de 80 e tantos anos que recebe uma propaganda pelo correio e acha que
ganhou 1 milhão de dólares. Decide resgatar seu prêmio no estado de Nebraska a
qualquer custo, se colocando em muitas situações de risco. Sem conseguir
convencer o pai do engano, não resta outra coisa ao seu filho David (Will
Forte) a não ser levá-lo até lá. Só que no caminho Woody sofre um
acidente e eles são obrigados a fazer uma pequena pausa na viagem, passando um
fim de semana na casa de parentes na cidadezinha rural em que Woody cresceu.
Lá, a notícia de que Woody era o mais novo milionário se espalha e uma série de
desentendimentos surge entre familiares e antigos conhecidos.
O que eu achei:
É um
clássico road movie no qual a viagem
revela a David fatos desconhecidos do passado dos pais e leva à reaproximação
entre pai e filho, bem como a um resgate da camaradagem entre irmãos. O filme
revela ainda as diferentes perspectivas que cada um tem de um mesmo fato e como
o dinheiro muda a relação entre as pessoas. No fundo, o que Woody queria não
era o prêmio, e sim um propósito, algo que o animasse no seu fim de vida. Achei
a história bonita e engraçada, e o uso de P&B conferiu ao filme um visual
poético que casou bem com a trama.
Indicações:
Melhor
Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Diretor, Roteiro Original e
Fotografia.
Minha aposta:
Gosto
muito de P&B, então fico com Fotografia.
A Grande Beleza (La Grande Bellezza) [Itália]
Sinopse:
Jep Gambardella (Toni Servillo) é um escritor na casa dos 60 anos que produziu
uma única obra de sucesso, e desde então vive como jornalista. Acompanhamos o
protagonista em festas luxuosas, exposições de arte e performances teatrais,
bem como em conversas em uma roda de amigos. Tendo levado uma vida cheia de
badalação e de culto à beleza e às aparências, só agora, já maduro, ele parece
finalmente perceber tudo o que já desperdiçou devido às ilusões.
O que eu achei:
Esse
era um dos indicados a filme estrangeiro que eu mais queria ver, já que elogios
não faltam ao longa. E, como quase sempre acontece nesses casos, tive uma
decepção e tanto. Não que o filme seja ruim, nada disso. Visualmente, a
produção é um deslumbre e os questionamentos que faz à sociedade que vive e
estimula a eterna busca da grande beleza são muito interessantes, mas achei que
o filme se perde em meio a tantas metáforas. Ficou cansativo. Esperava mais.
Indicações:
Filme
Estrangeiro
Minha aposta:
Eu me
irritei com o filme, mas acho que tem grandes chances.
Sinopse:
Elise (Veerle
Baetens) e Didier (Johan Heldenbergh) são opostos em
tudo: ela é uma garota católica que tem um visual moderno e trabalha em um estúdio
de tatuagem; ele é um homem ateu que trabalha em sua propriedade rural e toca
em um conjunto de música country. Mesmo assim, eles se apaixonam à primeira
vista e formam uma família. Quando a filha de seis anos do casal desenvolve uma
doença grave, as diferenças de credo e de estilo de vida finalmente vêm à tona,
ameaçando o relacionamento.
O que eu achei:
Mais
um filme sobre o qual eu não sabia nada e que acabou me surpreendendo
positivamente. A narrativa intercala ações atuais com flashes do passado,
misturando a fase de encantamento com a de discórdia, o início da doença da
filha com seu desfecho e todas as consequências que isso teve na vida do casal.
A discussão aqui é sobre as diferenças visíveis e sobre a forma como cada um
lida com as dificuldades que estão além do nosso controle e que não podem ser
racionalizadas. Assim como em “Philomena”, o embate entre fé e descrença se faz
presente mais uma vez, mas agora com um gosto mais amargo. Um filme triste e
reflexivo que conta com uma trilha sonora bem bacana.
Indicações:
Filme
Estrangeiro
Minha aposta:
Não
leva. Mas voto em melhores tattoos!
Meu
favorito para Filme Estrangeiro continua sendo “A Caça”, que foi meu filme preferido de 2013. Já falei dele AQUI.
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Para ver a Lista de Indicados ao Oscar 2014 e suas respectivas resenhas, clique AQUI.
6 comentários:
Oi, Michelle!
É claro que não assisti ainda nem um desses, quero ver quase todos: Philomena, Nebraska e Alabama Monroe, tenho a impressão de que não gostarei de A Grande Beleza :S
Ainda não assisti A Caça, mas já estou torcendo por ele o/
Beijos!
Tô fazendo maratona Oscar também Michelle. E como tem filme bom esse ano!!!! Tô já atrasadíssima, mas vou tentar acelerar nessa ultima semana.
Oi Michelle,
acabei de assistir Alabama Monroe e ainda estou enxugando as lágrimas...concordo com vc na categoria Tatooos...e que atriz linda...
DEntre os filmes, o único que assiti foi ao Philomena. Gostei e me fiquei muito comovida com a história. Uma mulher que tinha tudo para odiar a instituição católica, ao invés do previsível, amou mais ainda. Poderia se pensar no termo tão utilizado quando se refere as religiões: alienação. Contudo, vemos que não há nada de alienação, pelo contrario, a racionalidade de Philomena, a fez perceber que o que aconteceu com ela foi fruto de uma situação isolada, de pessoas ruins que passaram por ela, e fruto principalmente, da mentalidade da época. Muito lindo!
Estou super atrasada com os filmes do Oscar :( e nem é por falta de tempo, é falta de organização mesmo.
Essa semana elogiaram muito Nebraska, estou super ansiosa para ver.
bjos
Michelle, Nebraska pra mim foi uma decepção. Gostei de Philomena e os outros 2 ainda não assisti.
Fiz um resumo do que achei dos filmes indicados ao Oscar de melhor filme aqui: FILMES OSCAR 2014. Be my guest! Beijos
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