Teatro: O Rei Leão

No fim de semana passado, finalmente consegui fazer uma coisa que desejava há meses: assistir ao musical de “O Rei Leão”. Apaixonada que sou pelas histórias da Disney, não poderia deixar de conferir nos palcos essa que é uma das minhas preferidas. E o que dizer da experiência? Inesquecível!

Eu sou louca por animações. Não importa a técnica, nem se é superinfantil ou se é destinada a adultos. Embora a Disney não lance um filme digno de entrar no rol dos melhores há anos, continuo conferindo todos os lançamentos. Mas "O Rei Leão” é especial... é uma daquelas histórias atemporais que emocionam pessoas de qualquer idade. Como não amar a saga do leãozinho curioso e desobediente que queria abraçar o mundo ao lado da amiga? Como não se indignar com a traição do irmão do rei? Como não chorar na cena do estouro da manada?

Animais rumo à Pedra do Rei

Vi “O Rei Leão" pela primeira na época do lançamento, no cinema. Nunca precisei da desculpa de "levar uma criança" para ver o filme para me divertir com desenhos. Mas, de fato, naquele dia eu tinha levado meu primo de 5 anos para sua primeira experiência na sala escura. E estava sendo tudo muito divertido e bonito. Até eu chorar na cena da morte do rei. Acreditam que tive que ouvir de um pivete de 5 anos que "era de mentirinha", que o leão não havia morrido de verdade? Enfim... desde então eu já assisti ao filme inúmeras vezes (e chorei na tal cena a cada reprise, sem exceção). Quando fiquei sabendo que a produção da Broadway viria para São Paulo, eu só tinha uma certeza: eu vou!

Nala e Simba: Love is the air!

Tudo no musical é perfeito: o cenário, a orquestra, o figurino, a adaptação das cenas e da linguagem. Achei sensacional a forma encontrada pela artista para representar todos os animais da peça. Nada de vestir uma fantasia de leão, de macaco ou de hiena: em todos os personagens você que são pessoas ali, você as engrenagens das fantasias maiores (como os elefantes, por exemplo), você vê que são atores manipulando bonecos, mas é tudo tão bem feito que naturalmente passa enxergar só os personagens. Adorei também o fato de Simba e Nala filhotes serem interpretados por crianças. Imagino o quanto a rotina de apresentações deve ser puxada para elas. Mesmo assim, deram show!

Cuidado com o leão!

Minhas cenas preferidas são a do nascimento de Simba e aquela em que o leãozinho vai com Nala até o Cemitério dos Elefantes. Sim, eu chorei de novo na cena da morte de Mufasa, mas acho a versão do filme mais impactante. A luta final entre Simba e Scar também é muito boa!

Scar e Mufasa

Quanto às adaptações, tenho que destacar as hienas. Elas já eram personagens interessantes e malignamente divertidas no filme, mas a peça conseguiu deixá-las ainda melhor: elas falam com sotaque de ‘mano’. Nenhum outro poderia ter se adequado melhor às atitudes das predadoras. Gostei tanto que acho que deveria ser incorporado às novas edições do DVD.

As divertidas hienas 

A única coisa de que não gostei foi da alteração das letras das músicas (provavelmente por causa de direitos autorais ou algo assim). Não é nada muito drástico, apenas troca de algumas palavras. Mas fiquei decepcionada por não poder cantar ‘Hakuna matata’ junto com Timão e Pumba... rs

Mesmo assim, voltei para casa cantarolando 'O que eu quero mais é ser rei' e desejando que outro filme Disney ganhe logo uma adaptação luxuosa dessas. 

Quem quiser conferir, ainda dá tempo. A temporada foi prorrogada (não sei até quando). Para datas, preços e outros detalhes, visite o site oficial.

Veja aqui um pouquinho do espetáculo: