quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

TAG: Calhamaços


Sou do tipo que costuma fugir dos livros grandes. Motivos não me faltam: são péssimos de segurar, fico aflita para terminar logo, canso de ler a mesma história por muito tempo, tenho preguiça mesmo. Quando vi a “Tag Calhamaços”, criada pela Denise Mercedes, achei intrigante e comecei a pensar se teria títulos para todas as categorias, já que os “tijolões” não me atraem. No fim, não é que eu consegui responder a todas as perguntas?

1. Maior livro da sua estante que já leu


Crime e Castigo (Fiódor Dostoievski) – 756 páginas
Sempre tive muita curiosidade para ler esse livro e, quando a Abril lançou essa coleção de clássicos, fiquei tão empolgada que esse título foi logo o primeiro que li pouco depois de comprar. Embora tenha achado algumas partes cansativas, foi uma ótima leitura, sem dúvida.

2. Maior livro da sua estante que não leu

Moby Dick (Herman Melville) – 854 páginas
Outro da coleção de clássicos da Abril. Como "Crime e Castigo", também em dois volumes, somando esse número absurdo de páginas. Ainda não tive coragem de ler.

3. Calhamaço que tem medo de ler

Moby Dick (Herman Melville) – 854 páginas
Tentei não repetir livros na tag, mas este é, de fato, o maior livro da minha estante. Se o número de páginas já assusta, a fama de texto hermético e detalhista não melhora nem um pouco a imagem de livro amedrontador.

4. Calhamaço que tem fissura para ler

Grandes Esperanças (Charles Dickens) – 656 páginas
Lá vem mais um livro da coleção Abril. Embora seja um que tenho vontade de ler faz tempo, ainda não tomei vergonha na cara. O livro (assim como seus irmãos de coleção) continua embalado.

5. Livro grande, capa linda

Contos Completos (Flannery O’Connor) – 720 páginas
Todos os livros dessa coleção da Cosac Naify são beleza pura, mas este é o que considero mais bonito.

6. Livro grande, capa feia

O Vampiro Lestat (Anne Rice) – 423 páginas
Primeiramente, tenho que dizer qual é a minha definição de calhamaço: qualquer livro com mais de 400 páginas. É, pode parecer pequeno para alguns, mas para mim é um livro grande. Dito isso, o que falar sobre essa capa medonha? Parecem naves alienígenas de jogos de Atari (lembram do "Megamania"?). Bem anos 80.

7. Calhamaço que tem vergonha por estar abandonado na estante


O Corcunda de Notre Dame (Victor Hugo) – 496 páginas
Sou apaixonada pela animação da Disney. Eu tinha outra edição (que não cheguei a ler), e cobicei essa bonitona da Zahar desde que foi lançada. Comprei em uma promoção, toda cheia de amores, e larguei na estante. Isso não se faz...

8. Calhamaço que leu e não lembra quase nada / ou que quer reler

Tópicos Especiais em Física das Calamidades (Marisha Pessi) – 573 páginas
Se ler calhamaços uma vez já é difícil, imaginem ler pela segunda vez... Não, não rola. Esse aí, em especial, eu não faço ideia da história. Só sei que li e achei legal (segundo minha avaliação do livro no Skoob). Esqueci completamente. Tudo bem. Quer dizer que não foi marcante, certo?

9. Último calhamaço que leu

Middlesex (Jeffrey Eugenides) – 576 páginas
Esse foi fácil de lembrar (li no mês passado) e, além disso, foi uma leitura tão incrível que nem senti as 576 páginas passarem.

10. Último calhamaço que abandonou

Livro das Mil e Uma Noites - Volume I (Mamede Mustafa Jarouche) – 422 páginas
Não sou muito de abandonar livro. Não que eu insista em leitura ruim, mas só conto o livro como abandonado depois de ter lido pelo menos 50 páginas. Foi isso que ocorreu com esse livro. Estava gostando no começo, mas depois comecei a achar repetitivo e os termos em língua estrangeira começaram a me irritar, enfim... não deu para continuar.

11. Livro grande que leu muito rápido

Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Stieg Larsson) – 522 páginas
“Millennium” conseguiu fazer com que eu vencesse duas implicâncias minhas: séries e livros grandes. Fiquei tão alucinada com o primeiro livro da trilogia que já emendei o segundo e o terceiro (o único que achei meio lento no começo). Enfim... ocupa um lugar no meu coração por ser a primeira série que li até o fim e por me apresentar a Lisbeth, minha personagem feminina preferida ever.

12. Livro grande que leu devagar

Orgulho e Preconceito (Jane Austen) – 452 páginas
Os dramas existenciais e morais da Elizabeth me irritaram loucamente e eu arrastei a leitura por semanas. De quebra, peguei trauma de Jane Austen. Só voltei a arriscar algo da autora no ano passado, por conta de um projeto de leitura. Felizmente, minha escolha foi muito melhor (“Lady Susan” tem uma protagonista que foge ao estilo que consagrou Austen – o que foi ótimo para mim).

13. Calhamaço que deixou uma saudade imensa


Dracula (Bram Stoker) – 449 páginas
Os vampiros fizeram parte da minha adolescência (naquela época longínqua em que eles ainda fugiam do sol e não respeitavam a virgindade das donzelas). Drácula foi uma leitura marcante não apenas por sua história, mas por ser o primeiro calhamaço que li em inglês. Ainda hoje é um dos meus livros favoritos. Até considero relê-lo um dia.

14. Calhamaço que te fez chorar


Mais Pesado que o Céu (Charles R. Cross) – 450 páginas
Esta categoria foi difícil porque não choro fácil com livros (só se tiver animais que sofrem/morrem... aí eu abro o berreiro). Já que não posso colocar "Marley & eu" na categoria calhamaços (só 304 páginas), escolhi um livrão que me deixou triste, principalmente por se tratar da vida de um personagem não-fictício.

15. Próximos calhamaços (a lista de futuras leituras)

- O Homem que Ri (Victor Hugo) – 712 páginas
- Grotescas (Natsuo Kirino) – 526 páginas
- Sete Narrativas Góticas (Karen Blixen) – 480 páginas
Este ano eu decidi que colocaria os calhamaços em uma fila preferencial (eles ganharam esse direito depois de anos de rejeição). Já li “Middlesex” (para o Leituras Compartilhadas), estou lendo “O Homem que ri” (para o fórum Entre Pontos e Vírgulas), separei “Grotescas” para março (já que adorei o outro livro da autora) e pretendo ler "Sete Narrativas Góticas” em abril (também para o Entre Pontos e Vírgulas). Agora vai!!

4 comentários:

Anônimo disse...

Michelle, que foto linda que pegou da Björk!
Adorei está tag! Fiquei com medo agora que você disse sobre o Moby dick, pois estava com muita vontade de lê-lo.
Vou tentar ler "Lady Susan", pois tentei uma vez ler "Razão e Sensibilidade" de Jane Austen desisti meio que traumatizada pela lerdeza do livro e diálogos sobre móveis e utensílios de casa. Talvez este livro mude minha perspectiva sobre a Jane Austen.
Desejo ótimas leituras para ti!
Beijos,
Jéssica d´O Feminino dos livros (ofemininodoslivros.blogspot.com.br)

Anônimo disse...

Identifiquei-me com a TAG, porque inventei de ler "O Pintassilgo", que é enorme, e até agora não cheguei nem na metade... rsrs
Mas, pelo menos, a leitura melhorou, porque tava muito devagar!

Eu tentei ler "Moby Dick", mas não rolou. Desisti depois de reler umas três vezes o mesmo parágrafo. Definitivamente, não é pra mim. XD

"Grandes Esperanças" é muito bom! Leia, você curtir.

"Orgulho e Preconceito" eu tenho e é meta de leitura para esse ano. Tomara que eu goste, porque estou depositando muitas expectativas.

Bjs ;)

Lígia disse...

Adorei a tag, vou responder em breve, apesar de achar que não tenho lá muitos calhamaços na estante.
Essa capa do Vampiro Lestat é feia demais rs. Em compensação, a do livro da Flannery O'Connor e a do Corcunda são lindas :)

alineaimee disse...

Menina, Mody Dick apareceu em duas respostas minhas, e, acho que foram as mesmas que as suas!
Que sincronia!
Adorei Notre Dame de Paris (O Corcunda de Notre Dame), então, recomendo muito. Mas prepare-se para um livro panorâmico com descrições excessivas, rsrs.
Acho que sou traumatizada com a Austen até hoje. Não tenho muita paciência com as personagens dela e com as cenas de fofoquinha doméstica.

Beijo!