Oi!
Junho
conseguiu ser ainda mais cansativo que maio, então li bem devagar. Quanto aos
filmes, me saí um pouco melhor. O tema do mês do meu curso de História do
Cinema era cinema nacional e foi maravilhoso! Aprendi muito, conheci várias
histórias de bastidores e descobri um monte filme que nem sabia que existia ou que
já tinha ouvido falar em algum momento e acabei esquecendo – agora quero
assistir.
Livros
Li 3 livros em junho: um mais teórico,
outro foi releitura de uma história que adoro e o último foi continuação de uma
série que mora no meu coração.
- Complexo de Cinderela (Colette Dowling):
Fala sobre os papéis e estereótipos femininos e como essas ideias são incutidas
na cabeça das crianças, como as meninas são treinadas desde bem pequenas a
fazer de tudo para serem aceitas – e como é frustrante não viver no conto de
fadas prometido. Enfim... algumas reflexões
interessantes, identificação com muitas coisas, mas a abordagem me incomodou em
certos momentos.
- Como me Tornei Estúpido (Martin Page): Gosto muito do tom ácido da escrita do Page, e esse
livro foi meu primeiro contato com o autor, uns 10 anos atrás. A releitura não
fez a trama perder o brilho.
- História do Novo Sobrenome (Elena Ferrante):
Enrolei para começar a ler devido ao número de páginas (morro de preguiça de
livros grandes). Mas a escrita da Ferrante é tão
envolvente que, assim que comecei, não conseguia mais parar de ler. Para mim,
esse segundo volume é melhor do que o primeiro – talvez porque as amigas agora
estejam na adolescência e haja muito mais tensão nos relacionamentos de todos.
P.S.
– Este ano adotarei uma pontuação máxima de 5 estrelas, em vez de 4 como
costumava fazer, tanto para livros quanto para filmes.
Filmes
Em maio
vi 13 filmes. Preferidos do mês: “O que é cinema?”, “Arquitetura da destruição” e “A
montanha dos sete abutres”.
- Nunca fui santa: Comédia muito delicinha que critica com humor a “cura
gay”. [#vejamaismulheres]
- O biscoito assassino: Meu lado trash às vezes me faz entrar em roubada. Foi o
caso com esse filme inspirado em Chucky - o boneco assassino. Esperava mais
tosquices, mas foi só chatinho mesmo.
- O que é cinema?: Cenas memoráveis e entrevistas com vários diretores
importantes - tudo para mostrar que cada um tem uma visão sobre o que é cinema.
Achei bem bacana. E ainda aumentei minha lista de 'quero ver' em uns 20
títulos... rs.
- Difret: Quando
você assiste a um filme da Etiópia baseado em uma história real, percebe que as
coisas não são muito diferentes do que acontece aqui e inveja o sistema
judiciário e político deles.... é esse o nível de descrença atual no Brasil.
- Arquitetura da destruição: Como Hitler usou a estética e a medicina para colocar
em prática sua visão de embelezamento pela violência. Documentário
recomendadíssimo!
- Truque de mestre: Adoro esses filmes de golpe que envolvem planos
mirabolantes. Achei bem divertido.
- A pele de Vênus: Muito interessante o jogo entre o diretor que acha que está
no comando e a atriz que se faz de boba para assumir o controle da peça (e da
vida).
- A terra e a sombra: Filme sobre laços familiares, mágoas guardadas e apego
às raízes. Bonito e triste, mas achei meio arrastado.
- Assim era a Atlântida: Vale como resgate dos primórdios do cinema nacional e
por conter cenas icônicas. Mas perde pontos por não ter legenda
identificando os trechos dos filmes mostrados nem os artistas entrevistados.
- Truque de mestre 2: Achei que a continuação conseguiu manter o nível do
filme anterior, só que mais focado nas perseguições do que nos truques.
- Contos iranianos: Fragmentos de vidas de desconhecidos que se cruzam. Gosto de filmes assim, mas esse me cansou um pouco. [#vejamaismulheres]
- O dia que durou 21 anos: Documentário muito legal sobre como os Estados Unidos
apoiaram e influenciaram diretamente o golpe militar de 64 no Brasil.
- A montanha
dos sete abutres: O circo da mídia em todo o
seu esplendor. O pior é perceber que as coisas só pioraram desde que esse filme
foi lançado, em 1951. Mas o filme é incrível demais!
Séries
Em
junho, vi a primeira temporada de ‘The
Fall’ (Achei muito boa. Não tanto pela história de serial killer, que é bem
batida, mas pela protagonista interpretada pela Gillian Anderson. Aliás, as
personagens femininas da série são muito bem construídas). Continuo vendo a
sétima temporada de ‘The Middle’.
Outros
Assisti
à peça ‘Gata em Telhado de Zinco Quente’
no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil. Acredito que o final tenha
mais a ver com o da história escrita pelo Tennessee Williams do que com o do filme (que adoro, aliás).
E foi
isso.
O
que vocês fizeram de bom em junho?
Beijo
e até +!
2 comentários:
O livro do Martin Page levou quatro estrelinhas, eu dei duas por muito custo.
Achei chato toda a vida. :(
Quer dizer parte de um bom começo e depois desce ladeira abaixo, foi assim para mim.
Marta,
Sim, também senti uma queda na parte final, mas achei que o restante compensou o deslize.
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