Helena é uma jovem de origem simples que se descobre herdeira do Conselheiro Vale quando ele falece e a reconhece como tal em seu testamento. Com a mãe já morta, ela então vai morar na propriedade do pai, onde encanta à tia Úrsula e ao irmão Estácio com seu carisma, habilidades artísticas e domésticas, educação e bom senso. Mas a moça esconde segredos que podem acabar com a harmonia daquele núcleo familiar recém-criado.
“Helena” é uma história típica do romantismo e, como tal, apresenta sentimentos exacerbados, perturbações e sofrimentos amorosos e, como não poderia deixar de ser, um final trágico. Nunca li esse romance do Machado e acho que isso foi bom, porque pude me entregar totalmente à HQ e aproveitar a obra pelo que ela é, sem fazer comparações involuntárias com o livro. Gostei muito da ambientação e dos personagens, bem como da arte ao estilo mangá. Na introdução é dito que a trama foi condensada para se adequar ao número padrão de páginas do formato, mas não senti aquela sensação de ritmo apressado que às vezes tenho quando leio adaptações de literatura para os quadrinhos. A mistura de texto extraído diretamente do livro com falas adaptadas para um estilo de escrita contemporâneo funcionou bem, sem afastar quem tem medo dos clássicos nacionais, mas também sem ser informal demais. Foi uma ótima experiência.
Nota: 4/5
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