segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

TAG: Trinca de Leitura

Oi, gente!

Hoje respondo a tag Trinca de Leitura, criada pelo pessoal do blog O Espanador, na qual devemos responder três perguntas sobre um trio de autores/obras. Muito bacana... e polêmica! Adoooooro!


Vamos às perguntas!

1. Quais autores/obras você se envergonha de não ter lido? Ou ainda não leu direito?

Vixe! Eu poderia fazer uma lista de uns 20 nomes facilmente. Mas vamos manter o foco. O primeiro autor que morro de vontade de ler (e que tenho 99% de certeza de que vou gostar muito) é Mia Couto. Até hoje, nunca encontrei ninguém que não tenha gostado. Claro que isso não quer dizer nada e, obviamente, não conheço todos os leitores do autor. Mas certamente o moçambicano é unanimidade entre amigos e conhecidos. Já botei um livro dele na minha lista de leituras de 2014 e jurei a mim mesma que deste ano não passa!


Uma obra cuja leitura venho adiando vergonhosamente ao longo dos anos é Anna Karenina. Não é nem porque eu ache que história não me agradará (já assisti a uma das adaptações mais antigas e gostei bastante), é só porque o livro é gigantesco. Sei que algumas pessoas vão dizer que nem é tão grande assim, mas eu tenho sérios problemas com livros de mais de 400 páginas (de 300, para ser bem sincera). Não consigo ler muitas páginas por dia e detesto arrastar a leitura por mais de uma semana. Quero saber logo o desfecho. E agora que confessei meu pecado, a penitência: ler o tijolão ainda este ano.


Para encerrar, um autor que finalmente li pela primeira vez no ano passado, mas que pretendo ler direito é o Charles Dickens. Há anos quero ler suas obras, só que a intenção nunca se concretiza. E o pior de tudo é que sei que tenho grandes chances de me apaixonar por seus livros, já que, pelo que pude perceber em adaptações de suas histórias em filmes e séries e na pequena amostra de sua capacidade de escrita que tive em "Um Conto de Natal", seu estilo me agrada. Este não prometo que lerei em 2014, mas vou me esforçar para ler o quanto antes.


2. Quais autores/obras “destoam” de sua biblioteca de leituras?

Os livros que escolhi para esta categoria não estão mais na minha estante porque já foram lidos e devidamente trocados. Puxando pela memória, posso dizer que os que mais destoam do meu acervo são os chick-lit que habitaram minhas prateleiras em certa época (Marian Keys (3!!), os dois primeiros da Bridget Jones e 1 da Sophie Kinsella - o primeiro da série Becky Bloom). Tiveram seus dias de glória lá no início dos meus 20 anos, mas depois de um tempo cansei e os mandei passear... hahaha.


Um que destoou por um tempo da biblioteca de casa foi o ‘Como Woody Allen Pode Mudar Sua Vida’. Eu tenho verdadeiro horror a livros de autoajuda (pois acho que os únicos a serem ajudados são o autor e a editora), mas esse eu não apenas li como ainda pedi de aniversário. Coerência pra que, né? Minha justificativa é simples: se tem a ver com Woody, eu quero!


Outros que destoaram dos demais nas prateleiras da estante foram os do Harry Potter. Não sou de ler fantasia nem infantojuvenis (dois estilos em que tais livros se encaixam). Pouco antes da estreia do primeiro filme da série, via umas amigas do escritório lendo e comentando animadamente sobre as aventuras de Potter e seus amigos. Achei que elas já eram bem grandinhas pra tanta empolgação, mas então fui convencida a ler quando me falaram sobre o trabalho maravilhoso de tradução. Fui pegando os volumes com meu primo e lendo, sempre bem depois do lançamento. Li até o quinto livro, que achei tão chato que desencanei de ler o resto.


3. De quais autores/obras dá um trabalho hercúleo não gostar?

Meu primeiro desgosto desta lista já fez muita gente me olhar torto (talvez com certa razão): 'O Retrato de Dorian Gray'. Li esse livro duas vezes, uma inglês e uma em português, mas até agora não consegui me entender com o Wilde. Acho a ideia central brilhante, mas alguma coisa na escrita me desagrada. Já cheguei a cogitar que a edição bem simplesinha que li da primeira vez e o cansaço que me dominava na época da minha segunda leitura, na faculdade, podem ter afetado minha opinião e pretendo tentar novamente um dia. Quem sabe....


O segundo gongado também pode ter sofrido da síndrome de leitura sem atenção e com fadiga dos tempos da faculdade: ‘O Morro dos Ventos Uivantes’. No entanto, não posso negar que acho um saco o lenga-lenga romântico entre Heathcliff e Catherine. No fundo, acho que se merecem por serem tão chatos. E depois que o livro virou febre graças aos fãs de Crepúsculo peguei mais raiva ainda da história. Quero distância.


O último da lista, porém não menos desagradável, é o clássico ‘Macunaíma’. Pode ser inovador, pode ser revolucionário, pode ser emblemático, pode ser a obra mais representativa da brasilidade... não me interessa. É chato pra cacete! A preguiça que caracteriza o protagonista é, para mim, a perfeita definição do que senti ao ler: preguiça de uma história enrolada e entediante.


E vocês, que trinca escolheriam?

A Melissa, do blog 'De Coisas por Aí’, também respondeu!


8 comentários:

Maura C. disse...

Essa tag é bem legal, gostei da sua resposta e a do Rafael Menezes, falta eu conferir a da Melissa ^^

Eu adoro a figura do Mario de Andrade, o cara foi foda mas não tenho saco para os livros deles, precisamente Macunaíma, já tentei umas 4 vezes e achei um tédio '.'
Mia Couto é um autor que acredito que também gostarei e quero ler esse ano, sem falta! o/
Eu tenho uma preguiça enorme com livros acima de 300 páginas, já adiei a leitura de vários que tenho porque eles têm mais de 400 (500, 600!!!) páginas, mas há algum tempo eu adorava um livrão, devorava os livros de HP e os que encontrava pela frente em dias... Ah, e você achou chato HP :|

Beijos!

Thaísa Gonçalves disse...

Gostei da postagem e de sua sinceridade. :)
Admiro quem confessa ter abandonado um "clássico" como Wilde ou Emily Brontë e não ter problema nenhum com isso.
Também abandonei "O retrato de Dorian Gray" e pelos mesmo motivos que você.
Mas sou fã mesmo é de abandonar biografias. Tento diversas vez mas não consigo, por mais que goste do biografado. =/

Acho que o Mia Couto é um dos mais recentes queridinhos da crítica. Todos falam tão bem que, mesmo sem o ter lido, já estamos lá aplaudindo junto. :)
Li "A confissão da leoa" e me decepcionei um pouco. Achei que o excesso de simbolismo deixou as sensações dos personagens um tanto artificiais. Me pareceu que o autor se esforçou demais para deixar algumas coisas o mais claras possíveis, como se subestimasse a capacidade de compreensão do leitor... =(

Também li Harry Potter até pelo 5º, fui desanimando no processo e parei. Acho bonitinho e engraçadinho, mas tudo assim meio "inho". =p

Na minha biblioteca, o grande alienígina é "Alcatraz contra os bibliotecários do mal", um infanto-juvenil bem mediano... acabou parando aqui devido a um trabalho sobre minha área de estudos (biblioteconomia).

Dos que tenho vergonha de não ter lido: Henry James, Henry Miller e Thomas Mann. Tenhos bons livros de todos e simplesmente não sei por quais motivos ainda não os li.
E esse é um bom momento para marcá-los como meta desse ano. :)

Thaísa Gonçalves disse...

Gostei da postagem e de sua sinceridade. :)
Admiro quem confessa ter abandonado um "clássico" como Wilde ou Emily Brontë e não ter problema nenhum com isso.
Também abandonei "O retrato de Dorian Gray" e pelos mesmo motivos que você.
Mas sou fã mesmo é de abandonar biografias. Tento diversas vez mas não consigo, por mais que goste do biografado. =/

Acho que o Mia Couto é um dos mais recentes queridinhos da crítica. Todos falam tão bem que, mesmo sem o ter lido, já estamos lá aplaudindo junto. :)
Li "A confissão da leoa" e me decepcionei um pouco. Achei que o excesso de simbolismo deixou as sensações dos personagens um tanto artificiais. Me pareceu que o autor se esforçou demais para deixar algumas coisas o mais claras possíveis, como se subestimasse a capacidade de compreensão do leitor... =(

Também li Harry Potter até pelo 5º, fui desanimando no processo e parei. Acho bonitinho e engraçadinho, mas tudo assim meio "inho". =p

Na minha biblioteca, o grande alienígina é "Alcatraz contra os bibliotecários do mal", um infanto-juvenil bem mediano... acabou parando aqui devido a um trabalho sobre minha área de estudos (biblioteconomia).

Dos que tenho vergonha de não ter lido: Henry James, Henry Miller e Thomas Mann. Tenhos bons livros de todos e simplesmente não sei por quais motivos ainda não os li.
E esse é um bom momento para marcá-los como meta desse ano. :)

Unknown disse...

AI MEU DEUS DO CÉU ELA NÃO GOSTA DE HARRY POTTER!!!! FOGO NELA!!! Ò-Ó

brincadeira :P....não gsotar de HP poderia ser colocado na última trinca também, fãs podem ser muito chatos xD

Tenho uma escolha parecida com o Macunaima, detesto o Iracema. Ninguém perdoa não gostar dos clássicos D:

Melissa Padilha disse...

Mi adorei sua lista!! Mais polêmica que a minha nos livros que vc não gosta :)
Macunaíma tb acho chato pra carambaaaaaa, tb acho super entendiante. Poxa Dorian Gray é legal hahaha
Leia Mia Couto ele é lindo!
bjjos

Lígia disse...

Também não gosto muito do Morro dos Ventos Uivantes e do Retrato de Dorian Gray, mas acho Macunaíma muito legal. Acho que gosto do livro porque ele inclui vários trechos de histórias folclóricas, como a da boneca de piche, e quando eu li isso foi muito nostálgico.

Que pena que você não gosta de Harry Potter, mas acho que se eu lesse quando fosse um pouco mais velha também não gostaria tanto.

Luara Cardoso disse...

Oi Michelle, tudo bem?
Vou te falar a verdade: eu também nunca li nada do Mia Couto e estou com uma super vontade de ler algo dele esse ano. Tenho uma colega que adora e eu super confio na opinião dela. <3
E, enquanto pra você os chick-lits e os infantojuvenis se destoam na estante, na minha são os que mais aparecem! *-*
Adorei essa tag. :)

Um beijo,
Luara - Estante Vertical

Michelle disse...

Maura,
Acho que com "Macunaíma" não tem meio-termo: é ame ou odeie mesmo. E vamos ler Mia Couto este ano! Não achei HP todo chato, só o 5o livro. O fato de eu já saber o final da saga quando li o volume 5 me desanimou a continuar.

Thaísa,
É impossível gostar de tudo, né? Clássico ou não, o gosto pessoal conta muito nessas horas. Eu amo biografias! Tô ansiosa para meu primeiro encontro com o Mia! Pois é... acho HP legal, mas fui desanimando com o tempo. E não conhecia essa infanto aí. Boa sorte com as metas!

Filipe,
Hahaha... calma aí. Eu não disse que não gosto de HP. Eu disse que o 5o livro foi chato demais. No geral, é uma história bacana sim. Essa tag é legal por isso: polêmicas!

Mel,
Não consegui me acertar com o Dorian Gray ainda. Talvez aquela edição bonitona me ajude. E que venha o Mia!

Lígia,
Como comentei ali em cima, "Macunaíma" é amor à primeira vista ou trauma eterno...rs. Exatamente. Se eu tivesse lido na infância ou adolescência, com certeza teria um lugar de destaque no meu coração. Perdi grande parte da magia...

Luara,
Aí, mais uma a fim de conhecer o Mia! Tá vendo? Variedade é tudo nessa vida!