terça-feira, 15 de março de 2022

Resenha: Clube da luta 2


spoilers aqui, então continue lendo por sua conta e risco.

A continuação de “Clube da Luta”, agora no formato de HQ, se passa quase uma década após o encerramento do livro. O narrador, Sebastian, agora está casado com Marla, e eles têm um filho de 9 anos que, como Tyler, gosta da química do dia a dia e faz uns experimentos meio esquisitos. Tyler, aliás, saiu de cena, já que Sebastian toma um coquetel de drogas para mantê-lo longe. Eles parecem uma família normal e feliz. Só que Marla está entediada e voltou até a frequentar os grupos de apoio. Para agitar um pouco as coisas, ela troca o conteúdo das cápsulas do marido por açúcar, trazendo a personalidade destrutiva de Tyler de volta. E isso, obviamente, gera o caos.

Se o livro (e o filme - já falei de ambos AQUI) tinha uma narrativa que fazia sentido por trás do verniz de insanidade, na HQ isso foi totalmente deixado de lado. É uma viagem total. Personagens do passado que pareciam mortos (Chloe) e outros que realmente já haviam desencarnado (Robert, no melhor estilo zumbi) voltam e participam de uma caçada ao filho desaparecido do casal. Achei interessantes as origens de Tyler, uma espécie de maldição/doença genética/vírus. Mas acontece de tudo e mais um pouco na HQ, desde a continuação do Projeto Desordem e Destruição, até a participação de membros dos grupos de apoio numa espécie de exército e a aparição do próprio Palahniuk, que vai alterando e reescrevendo a história (e agradando ou enfurecendo seus fãs nesse percurso). Para mim, foi maluquice demais. Apesar da arte incrível, o fiapo de história não conseguiu me prender muito.

Nota: 3/5

(postado no Instagram em 22 de agosto de 2021)

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