Nessa animação em stop motion, três histórias se desenrolam em épocas diferentes, tendo como ponto de ligação a mesma casa. Na primeira delas (dirigida por Paloma Baeza, da Inglaterra), uma família humilde e feliz mora numa casinha simples, mas parentes esnobes os diminuem e deixam chateados. Um dia, surge na porta deles um sujeito que diz representar um velho rico e bondoso que oferece à família uma casa enorme toda mobiliada só para realizar seu sonho de criar projetos ousados. Eles aceitam, é claro. Só que coisas estranhas começam a acontecer na casa nova e, quando se dão conta de que pagaram um preço alto demais pelo presente, já é tarde.
O segundo segmento (com direção da sueca Niki Lindroth von Bahr) é sobre um sujeito que gasta todo seu dinheiro e sua energia na reforma de uma casa, sonhando em vendê-la para conseguir um bom lucro. Mas ele vive o inferno lutando contra visitantes mal-educados e invasores de vários tipos, que colocam sua sanidade em risco.
Já na última parte (dirigida pela belga Emma de Swaef e por Marc James Roels, da África do Sul) a incansável dona de um casarão sonha em reformá-lo para atrair mais inquilinos, só que as duas únicas pessoas que ocupam quartos atualmente nunca pagam o aluguel, o que dificulta as coisas. A chegada de um homem místico parece ser a solução dos problemas de todos, mas não do jeito que a proprietária do imóvel imaginava.
Além de ter a casa como elemento em comum, em todos os segmentos temos sonhos que não se realizam. Gostei de todas as histórias, mas a primeira foi a mais sombria e assustadora; a segunda puxou mais para o insólito (e também foi apavorante); a terceira teve o final menos triste das três. Uma ótima animação!
Nota: 4/5
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