Wendy decide ir para o Alasca atrás de emprego. Ela é uma garota pobre que tem poucas coisas para chamar de suas: algumas roupas gastas na mochila, um carro velho e o amor de Lucy, sua fiel companheira canina. Um dia, Wendy tem um imprevisto com o carro e, para piorar, Lucy desaparece. A menina que tinha pouco agora não tem mais nada. E acompanhar sua busca desesperada pela amiga de quatro patas é de cortar o coração.
Contrariando a imagem de “terra dos sonhos e oportunidades” vendida pelos Estados Unidos, o que vemos na tela é um lugar desolado, onde o desemprego e a desesperança abundam. Wendy, desnorteada pela perda de Lucy, ainda tem que lidar com burocracia, mesquinharias de gente tão ferrada quanto ela e familiares que são piores que estranhos, sem contar a fome, o frio e os riscos de ser uma garota vivendo sozinha nas ruas de uma cidade que não é a sua. Felizmente também há pessoas compassivas que tentam ajudá-la em sua jornada. É um filme muito construído nos silêncios e no vazio, refletindo a solidão de Wendy. Uma história curta, simples e com tons realistas que se sustenta, em grande parte, pelo ótimo trabalho da Michelle Williams (e pela fofura de Lucy, é claro). Peguem seus lencinhos e apertem o play.
Está disponível de graça na plataforma do Sesc até o dia 28 de fevereiro.
Nota: 3,5/5
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