quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Resenha: Penadinho - Vida


Penadinho é apaixonado por Alminha há mais de 30 anos, mas nunca conseguiu confessar seu amor por timidez. Agora ele é intimado a agir, pois Dona Cegonha já avisou que Alminha vai reencarnar. Ele toma coragem para ter uma grande noite de despedida com a amada, mas as coisas não saem como esperado e a garota desaparece. O fantasminha e seus amigos, então, saem à procura dela e têm até o amanhecer para encontrá-la.

Escolhi “Penadinho – Vida” para resenhar na Semana da Criança + #MesDoArrepio porque a HQ consegue combinar perfeitamente o clima sombrio do habitat da turma do cemitério com questões essencialmente humanas. Embora os personagens sejam monstros e fantasmas, são criaturas com um grande coração que sentem medo e solidão, que temem a rejeição, que têm dúvidas, que fazem besteira, se arrependem e, acima de tudo, prezam a amizade.

Nesta história, além dos personagens clássicos dos quadrinhos da turma (Penadinho, Zé Vampir, Muminho, Frank, Carnicola, Lobi, Alminha, Dona Cegonha e Dona Morte), há também referências a outras celebridades do terror, como o fantasma Marchimelo (em clara homenagem ao Homem-Marshmallow de ‘Os Caça-Fantasmas’) e o Sr. Crowley (o famoso mago e ocultista inglês que ganhou fama nos anos 60-70, influenciou diversos artistas, aparecendo, inclusive na capa de Sgt. Pepper dos Beatles, e sendo tema da canção do Ozzy Osbourne que leva seu nome; mais recentemente, virou personagem (na verdade 2 personagens) na série de TV Supernatural)).

Outra referência bacana é a Casa da Colina (sempre tem uma casa isolada no morro ou à beira do precipício em histórias de terror, né?) e a brincadeira com aqueles cartazes que anunciam “Trago a pessoa amada em X dias”. E o que é o Sr. Crowley matando moscas com uma raquete elétrica? Hahaha... muito divertido! E ainda tem o mapa da Colina do Sumiço ao melhor estilo Atari e os trigêmeos demônios megafofos!

O visual da HQ é um show à parte. Todos os personagens ganharam feições mais delicadas do que as originais e achei que combinaram perfeitamente. Consigo imaginá-los como bonecos de pelúcia. O Frank, principalmente, ficou incrível com sua expressão de menino bonzinho em um corpo grande demais, como aqueles cachorros enormes que assustam à primeira vista, mas se mostram supercarentes, sabe? O meu favorito nessa releitura de personagens.

Indico “Penadinho – Vida” para crianças e adultos que querem de rir e se emocionar com uma história de amor e amizade.

Nota: 4/5


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