Penadinho
é apaixonado por Alminha há mais de 30 anos, mas nunca conseguiu confessar seu
amor por timidez. Agora ele é intimado a agir, pois Dona Cegonha já avisou que
Alminha vai reencarnar. Ele toma coragem para ter uma grande noite de despedida
com a amada, mas as coisas não saem como esperado e a garota desaparece. O
fantasminha e seus amigos, então, saem à procura dela e têm até o amanhecer
para encontrá-la.
Escolhi
“Penadinho – Vida” para resenhar na Semana da Criança + #MesDoArrepio porque
a HQ consegue combinar perfeitamente o clima sombrio do habitat da turma do
cemitério com questões essencialmente humanas. Embora os personagens sejam
monstros e fantasmas, são criaturas com um grande coração que sentem medo e
solidão, que temem a rejeição, que têm dúvidas, que fazem besteira, se
arrependem e, acima de tudo, prezam a amizade.
Nesta
história, além dos personagens clássicos dos quadrinhos da turma (Penadinho, Zé
Vampir, Muminho, Frank, Carnicola, Lobi, Alminha, Dona Cegonha e Dona Morte),
há também referências a outras celebridades do terror, como o fantasma Marchimelo (em clara homenagem ao
Homem-Marshmallow de ‘Os Caça-Fantasmas’) e o Sr. Crowley (o famoso mago e ocultista inglês que ganhou fama nos
anos 60-70, influenciou diversos artistas, aparecendo, inclusive na capa de
Sgt. Pepper dos Beatles, e sendo tema da canção do Ozzy Osbourne que leva seu
nome; mais recentemente, virou personagem (na verdade 2 personagens) na série de
TV Supernatural)).
Outra
referência bacana é a Casa da Colina (sempre tem uma casa isolada no morro ou à
beira do precipício em histórias de terror, né?) e a brincadeira com aqueles
cartazes que anunciam “Trago a pessoa amada em X dias”. E o que é o Sr. Crowley
matando moscas com uma raquete elétrica? Hahaha... muito divertido! E ainda tem
o mapa da Colina do Sumiço ao melhor estilo Atari e os trigêmeos demônios
megafofos!
O
visual da HQ é um show à parte. Todos os personagens ganharam feições mais
delicadas do que as originais e achei que combinaram perfeitamente. Consigo imaginá-los
como bonecos de pelúcia. O Frank, principalmente, ficou incrível com sua
expressão de menino bonzinho em um corpo grande demais, como aqueles cachorros
enormes que assustam à primeira vista, mas se mostram supercarentes, sabe? O
meu favorito nessa releitura de personagens.
Indico
“Penadinho – Vida” para crianças e
adultos que querem de rir e se emocionar com uma história de amor e amizade.
Nota:
4/5
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