‘Fear Itself’ é uma série americana de
13 episódios com histórias de terror fechadas e independentes ao estilo do
famoso programa ‘Além da Imaginação’. Produzida pelo canal NBC e gravada no
Canadá, o show teve apenas uma temporada e foi exibido em 2008.
Já
fazia um bom tempo que eu estava com essa série aqui para assistir. Até já
havia conferido os dois primeiros episódios, mas por algum motivo acabei
deixando de lado. Aproveitei o #MesDoArrepio
para dar conta dessa pendência. O veredicto: o resultado é irregular, já que
algumas histórias são excelentes, outras muito ruins e a maioria é mediana.
Vamos
pela ordem:
O episódio 1 (The Sacrifice) é um dos
mais fracos, embora tivesse tudo para dar certo: o carro de um grupo de amigos
quebra e eles vão pedir ajuda em uma espécie de vila parada no tempo
administrada por três irmãs sinistras. Mas os clichês não funcionam aqui e as
atuações são sofríveis. No episódio 2
(Spooked) temos um ex-policial violento que é afastado da corporação e
passa a trabalhar como detetive particular. Um dia, ele aceita um suposto caso
de adultério, mas se vê enredado em uma história de vingança. Esse é previsível
até não poder mais.
O terceiro episódio (Family Man) está
entre os mais interessantes: em um acidente de trânsito, um sujeito que tem um
ótimo emprego e uma bela família troca de corpo com um serial killer. Tenso. No
episódio 4 (In Sickness and in Health)
uma noiva recebe, pouco antes da cerimônia, um bilhete anônimo dizendo que ela está se casando com um serial killer. Esse foi um dos episódios que mais me
surpreenderam, pois, a princípio, eu estava achando o noivo muito canastrão e
toda a história enrolada demais; só que a última cena teve uma reviravolta e tanto!
O quinto episódio (Eater) tem uma pegada
bem Stephen
King e, aliás, traz uma policial aficionada por histórias de terror,
que fica encarregada de vigiar um prisioneiro muito estranho conhecido por
comer suas vítimas e assumir suas identidades. Achei mediano. Do episódio 6 (New Year’s Day) eu gostei:
uma garota acorda de ressaca e descobre que o mundo está vivendo uma epidemia
de zumbis. O sétimo episódio (Community)
é meu favorito, e mostra um casal que se muda para um condomínio que parece ser
o paraíso, mas que se revela uma comunidade assustadora com o passar do tempo.
Fãs da série ‘Black Mirror’ vão curtir, garanto.
O
episódio 8 (Skin and Bones) é sobre
um fazendeiro que fica perdido na mata por uns dias e, ao voltar, traz dentro
de si uma criatura maligna. Apenas OK. O nono
episódio (Something with Bite) é uma história de lobisomem até que
divertida. O episódio 10 (Chance) mostra um cara falido que vai
a uma loja de antiguidades vender um objeto que ele acredita ser valioso.
Quando a negociação não dá certo, ele começa a perder o controle e entra numa
espiral de loucura e autodestruição. Esse achei muito bom.
O episódio 11 (The Spirit Box) gira em
torno de duas amigas que contatam uma colega de escola morta usando um
tabuleiro de Ouija. High school terror bem
Sessão da Tarde. No episódio 12 (Echoes)
temos um rapaz que se muda para um casarão antigo e passa a ser assombrado pelo
antigo morador, que ele acredita ser sua encarnação passada. A ideia é boa, mas
o resultado é só razoável. Por fim, o episódio 13 (The Circle) apresenta um escritor de histórias de terror que
sofre um bloqueio criativo e, para tentar se inspirar, vai para um chalé com a
esposa. Chegando lá, outras pessoas se unem a eles, e todos são atacados por uma bruxa vingativa.
Como
eu disse antes, a temporada como um todo é mediana, mas os bons episódios
fizeram valer a pena. E ainda tem como bônus a abertura assustadora ao som de ‘Lie
lie lie’ na voz inconfundível de Serj
Tankian, do System of a Down.
Nota: 3/5
Nenhum comentário:
Postar um comentário