“Tin Man” é a minissérie em 3 episódios originalmente transmitida pelo SyFy que apresenta uma visão moderna da história
do Mágico de Oz. Nesta nova aventura, DG (Zooey Deschanel) é uma jovem de 20 anos que vive tendo
sonhos bizarros e trabalha como garçonete em uma cidadezinha onde nada
acontece. Um dia, no entanto, sua vida pacata se transforma, quando homens
armados invadem sua casa e, na fuga, ela percebe que a única maneira de escapar é pulando no olho do furacão, que a leva ao estranho mundo de O.Z.
O.Z., a abreviação de "Outer Zone", é um
reino que vive dias de terror desde que a feiticeira Azkadellia (Kathleen Robertson) destronou a própria mãe e assumiu
o controle do local, escravizando povos, destruindo florestas e fazendo de tudo
para encontrar a Esmeralda do Eclipse, que lhe daria o poder eterno e
ilimitado, trazendo as trevas permanentemente ao mundo.
Ao chegar a O.Z., DG descobre que toda sua vida era baseada
em mentiras e que sua ida a esse mundo estranho não foi coincidência, pois ela
tem papel fundamental na luta contra a poderosa Azkadellia. No caminho, DG vai
conhecendo aliados que a ajudarão em sua jornada: Glitch (Alan Cumming),
ex-conselheiro da Rainha que teve parte do cérebro arrancado por Azkadellia; Cain (Neal McDonough),
"tin man" (policial) e membro da resistência que foi aprisionado por
anos dentro de um escafandro de metal enquanto assistia repetidamente a imagens
de sua esposa e filho sendo torturados; e Raw
(Raoul Trujillo), um ser metade humano e metade leão conhecido como
“observador”, que tem o poder de ler a mente de outros seres e de ver o futuro.
Quem alguma vez na vida já ouviu falar de “O Mágico de Oz” sabe que a trama é sobre amizade e a
importância da família. Na série, embora DG continue sendo a protagonista, o
“Tin Man” ganha destaque por ser um homem cujo objetivo era se vingar daqueles
que mataram seus entes queridos, mas que coloca seus interesses em segundo lugar quando
decide ajudar DG a descobrir suas origens e seu papel no mundo.
Não é difícil perceber as relações óbvias entre os novos
personagens e aqueles da história original e é muito bacana ir observando ao longo da trama outras referências
(por exemplo, as árvores que arremessavam frutas, a estrada de tijolos amarelos
que agora está meio acabada, e até Totó aparece repaginado nesta nova versão).
Os efeitos especiais não são lá aquelas maravilhas, mas o
visual, como um todo, é bonito e a série apresenta muitos cenários escuros e
decadentes, como os porões do castelo de Azkadellia (onde seu grande plano de
conquistar o mundo é colocado em prática) e as ruas da Cidade Central, uma
parte bem urbana e contemporânea de O.Z., com direito a bêbados e prostitutas.
Azkadellia, aliás, é uma personagem ultrafashion, com
modelitos invejáveis, penteado estiloso e tatuagens maneiras (que não estão lá só para dar um visual moderninho à feiticeira). Ela é, juntamente com Glitch, uma das
figuras mais interessantes da série.
No decorrer da história, acompanhamos a evolução dos
personagens, o fortalecimento das amizades, a formação de alianças, as traições
e revelações incríveis que mostram quem de fato é DG e qual sua ligação com
O.Z. Ou, seja, é um show que pega uma referência de clássico infantil, adiciona
elementos de ficção científica e atualiza a trama, mantendo a mensagem positiva
e a moral da história.
Recomendo tanto para os fãs da história original quanto para aqueles que não a conhecem.
Mais Mágico de Oz no blog:
[Post editado. Veja AQUI o texto originalmente publicado em 08/04/2013 no ConversaCult]
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