segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Prato do Dia: Melancia

Segunda-feira é um dia complicado de fazer almoço, já que o que tinha de comida acabou no fim de semana e a feira é só na terça. Além dos zilhões de laudas para entregar num prazo curto, está chovendo sem parar e não tenho nenhuma disposição para sair de casa e comprar alguma coisa pra comer.

E eis que a única coisa disponível na geladeira era um mega pedaço de melancia.
“É isso!”, digo a mim mesma. O almoço de hoje será melancia. Uma rápida pesquisa na internet e tchãrã:
A entrecasca da melancia virou um refogado com soja.

Pode fazer sem medo que tanto o aspecto quanto gosto passam fácil por chuchu, ou seja, não tem gosto de nada. É só temperar como quiser que vai ficar uma beleza!

A melancia pode ser completamente aproveitada. Da polpa (parte vermelha) se faz suco e carpaccio. Com a entrecasca (parte branca) dá para fazer cozido, refogado, salada, doce e picles. A casca (parte verde) pode virar uma farofa nutritiva.

Receitas e inspiração para testar novas possibilidades não faltam, mas minha melancia e meu tempo acabaram. Fica pra próxima!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Travessuras da Menina Má

Este fim de semana estava tentando organizar meus livros e DVDs e percebi que acabei esquecendo de fazer um post sobre um dos últimos livros que li e um dos que mais gostei: Travessuras da menina má, de Mario Vargas Llosa.


O livro é narrado por Ricardo, que conhece a tal menina má quando ambos eram crianças no Peru. Ele nutre sua paixão infantil a vida toda pela menina má, que de tempos em tempos cruza seu caminho criando no rapaz a falsa esperança de ficar ao seu lado. Tenho que dizer que fiquei com ódio da fulaninha, que se aproveita dos sentimentos de Ricardito, mas, por outro lado, é ele quem insiste em projetar todo seu amor nela, mesmo que ela nunca tenha dito que o amasse.

Além dos encontros e desencontros do casal de protagonistas, outra coisa que me fascinou no livro foi o relato de fatos importantes na história recente mundial, como, por exemplo, as revoluções e ditaduras na América Latina, o movimento hippie na Europa, sua decadência e substituição pelo punk, o surgimento dos skinheads. Enquanto eu lia, imaginava os acontecimentos e me pareceu que o livro está pronto para ser transformado em filme, só esperando alguém que o faça.

Outra coisa que fez com que o livro se tornasse um dos meus favoritos é a profissão de Ricardito: ele é tradutor nas Nações Unidas. É interessante ler o que outra pessoa, ainda que fictícia, pensa sobre o ofício e se identificar com o relato de tudo o que há de bom e ruim na “profissão de fantasmas”, como diz um amigo do narrador, também tradutor. Aliás, é esse amigo que faz as mais tristes e reais considerações sobre a atividade:

"[...] E se, de repente, sentirmos que vamos morrer e nos perguntarmos ‘Que rastro deixaremos da nossa passagem por este canil?’, a resposta honesta seria: nenhum, não fizemos nada, além de falar pelos outros. O que significa, então, ter traduzido milhões de palavras se não nos lembramos de nenhuma, porque nenhuma merecia ser lembrada?

Um dia disse a ele que o odiava, porque aquela frase, que vez por outra me vinha à memória, me convenceu da total inutilidade da minha existência.

 - Nós, trujimanes, somos apenas inúteis, querido – quis me consolar. – Mas não prejudicamos ninguém com nosso trabalho. Em todas as outras profissões podem-se fazer grandes estragos na espécie. Pense nos advogados ou nos médicos, por exemplo, sem falar nos arquitetos e políticos."
(Travessuras da menina má, página 121).

Recomendo a todos que gostam de uma história bem escrita, tradutores ou não.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Prato do Dia: Tofu Marinado ao Forno

Terça é dia de feira, então fui até lá para comprar tofu para preparar o prato do dia:

Tofu marinado ao forno, arroz com legumes e salada de alface, agrião e tomate cereja, tudo bem acompanhado por suco de melancia para espantar o calor...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Amor e Outras Drogas

Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs), o filme que está sendo vendido como o “filme do Viagra” ou o “filme com várias cenas de sexo entre Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway”, merecia uma propaganda melhor. Sim, o filme mostra o surgimento do Viagra e toda a revolução que ele causou, gerando uma grana violenta para a Pfizer e para seus representantes farmacêuticos. E, sim, o casal acima passa muito tempo nu em cena, mas em momento algum você se sente desconfortável com isso, pois não é nada apelativo.


A história é simples: Jamie (Jake Gyllenhaal) é demitido da loja de eletroeletrônicos em que trabalhava e acaba indo trabalhar como representante farmacêutico da Pfizer. Sua missão é fazer com que os médicos troquem o Prozac (medicamento da concorrente) pelo Zoloft. E é tentando convencer um dos médicos que ele conhece por acaso Maggie (Anne Hathaway), por quem se encanta e com quem passa a ter encontros causais.

De início, tudo parece perfeito: ele é um garanhão confesso e ela não quer compromisso. Com o tempo, eles se apaixonam, mas Maggie não quer ter nada sério porque sofre de Mal de Parkinson. Aterrorizada pelo seu futuro, ela acaba afastando Jamie e é então que ele começa a rever suas prioridades e tenta conquistar Maggie.

O tema teria tudo para descambar para um dramalhão mexicano, mas é abordado de uma forma leve e engraçada, sem deixar de lado os momentos tocantes.

Então, se você deixar a bobagem publicitária de lado e resolver dar uma chance ao filme, tenho certeza de que não se arrependerá.