quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mistério da Santa Casa

Onde foram parar os gatos da Santa Casa de São Paulo?

Para quem não sabe, na Santa Casa havia aproximadamente 300 gatos, que eram jogados lá regularmente, pelos mais diversos motivos. Ao que parece, uma das enfermeiras de lá cuidava deles e os castrava, na medida do possível. Acontece que por medidas sanitárias os gatos não podiam ficar por lá. Até aí eu entendo. Mas do dia para noite todos eles sumiram. TODOS! A direção do hospital diz que foram levados por uma ONG (que eles não quiseram informar). OK. Vamos fingir que acreditamos. Que ONG tem espaço e $ para pegar 300 gatos de uma só vez? Meu palpite? Incineraram os gatos. Seria um bom método, sem vestígios, não?

A ordem por lá é chamar a polícia se alguém for visto "desovando" gatos na Santa Casa. Mais uma vez, concordo. Abandonar os animais é crime. Entretanto, poderiam aproveitar e chamar a polícia para investigar o sumiço dos felinos.

Será que ninguém viu nada? Isso não pode ficar assim!
Fonte: Folha / G1

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Imagens do dia

Duas imagens que vi pela internet não saem da minha cabeça.

A primeira ilustrava uma notícia da Folha Online sobre os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi assinada logo após a segunda guerra mundial para evitar que atrocidades semelhantes àquelas ocorridas durante tal período voltassem a ocorrer. Como se sabe, na prática, pouca coisa mudou. E a imagem que ficou em minha mente é essa:

Ossos de mortos na guerra civil em Ruanda



A segunda imagem veio de uma notícia do mesmo jornal. Um cachorro se arrisca em uma rodovia no Chile para salvar um outro cão atropelado. Impossível não chorar ao ver isso:


http://www.youtube.com/watch?v=fXXaRECHHT4



Depois dessas duas imagens antagônicas, eu pergunto: quem aqui é um ser secundário, inferior, irracional?

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Estatísticas

Agora faço parte das estatísticas. Não sei se já falei aqui, mas a maioria das traduções que faço são da área médico-farmacêutica. Querendo ou não, nomes de doença, medicamentos e procedimentos fazem parte do meu dia-a-dia. Um dos documentos mais comuns é o Relato de Evento Adverso. Embora, geralmente, esses relatos sejam para medicamentos em investigação, esta semana comecei a pensar no que me aconteceu na forma de relato de caso. Seria mais ou menos assim:

A paciente, de 30 anos de idade, caucasiana, compareceu ao PS do hospital local referindo dor no rim esquerdo. Foi encaminhada para triagem, sendo submetida a medição da pressão arterial (normal) e breve exame físico. Foi diagnosticada inicialmente com cólica renal. Posteriormente, recebeu X mL de soro contendo X mL de Buscopan por via intravenosa. Foram coletadas amostras de sangue e urina para análise. Foi realizado ultra-som da bexiga urinária. Os resultados dos exames laboratoriais foram: infecção urinária e infecção sangüínea. O resultado do US foi cálculo de 6 mm na porção distal do ureter esquerdo. O diagnóstico final foi cálculo renal. Foram prescritos os seguintes medicamentos: Floxacin (norfloxacino) 400 mg, BID por 7 dias, Nisulid (nimesulida) 100 mg BID por 5 dias e Buscopan composto (butilbrometo de escopolamina e dipirona sódica) 20 mL gotas PRN. Durante o período em que recebeu os medicamentos acima, a paciente apresentou dor renal moderada, náusea, vômito e dor abdominal à palpação. Ainda não se sabe se os eventos adversos apresentados pela paciente estão relacionados aos medicamentos acima.
Avaliação da Relação pelo Investigador: Provável.
Avaliação da Relação pelo Monitor Médico: Não informada.
Desfecho: O caso aguarda novas informações.
Declaração da Paciente (de livre e espontânea vontade, nos eximimos de responsabilidade quanto ao teor da declaração): A paciente gostaria de declarar, para todos os fins, que, apesar da dor e do enjôo infernal, continua com seu prazo absurdo para realizar 680 laudas de tradução, cuja entrega provavelmente atrasará, uma vez que a paciente informou seu chefe de que não tinha condições físicas para terminar o trabalho sozinha e solicitou divisão do trabalho, o que lhe foi negado. Tendo em vista o exposto acima, à paciente só resta uma opção: Ligar o F***-SE!

OBS. 1: Sim, eu sou anormal.
OBS. 2: Sim, eu preciso de férias.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Homens...

Juro que tentei não pensar "Homem é tudo igual" quando vi essas duas notícias mais lidas na Folha, mas não deu. Então, já que pensei, vou dizer aqui: Homens são todos iguais. Bobos...As "polêmicas" estão aqui e aqui.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Parking Day



Você já ouviu falar em Parking Day? Não?

Como o nome sugere, a idéia de transformar, por um dia, vagas de estacionamento de veículos em pequenos parques. O movimento surgiu em 2005 em São Francisco, nos Estados Unidos, como iniciativa de um grupo de artistas e interessados, e se transformou em evento anual. Os espaços públicos, cada vez mais lotados de carros e carentes de lazer, são alvo da reflexão: o que queremos fazer das nossas ruas?

Segundo a notícia, três cidades do Brasil já aderiram: Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre os dias 19 e 22 de setembro, essas três cidades brasileiras e mais de 50 no mundo irão montar seus parques.

Eu, particularmente, adorei a idéia. Espero, ingenuamente, que dê certo por aqui, ao contrário do Dia sem Carro. OK. Em algumas regiões isoladas da cidade até houve eventos e ruas fechadas, mas na minha área o congestionamento foi o mesmo ou ainda pior do que o normal. Para que vou fazer o IMENSO sacrifício de deixar o carro em casa em UM ÚNICO sábado, não é mesmo?


segunda-feira, 4 de agosto de 2008

E as eleições vêm aí...

Querendo ou não, em breve teremos eleições. Acordar cedo num domingo e pegar fila não é uma das coisas mais divertidas do mundo, principalmente quando não se confia em nenhum dos candidatos. Ao contrário do que dizem, o voto não é obrigatório, e sim a ida às urnas. É perfeitamente possível ir até o local de votação e votar em branco ou anular o voto. Mas isso resolve alguma coisa? E o voto em si, resolve alguma coisa? É muito fácil reclamar dos governantes, mas se informar sobre o candidato em quem se pretende votar é muito complicado, né? E cobrar dos eleitos então? Cobrar de verdade, mandar carta/e-mail, organizar grupos e tentar falar com um assessor (sempre eles para servir de ponte), e não ficar gritando em um ponto qualquer da cidade, sem saber ao certo o que está sendo reivindicado.
Comentei em um post abaixo sobre o fato de candidatos não serem capaz de fazer um simples ditado. Hoje, li na Folha Online que 71 dos 178 candidatos que concorrem às onze vagas para vereadores em Valparaíso (GO) declararam não possuir renda. Pior, desses 71, 35 afirmaram não possuir bens, 19 disseram ter apenas um telefone celular e outros 17 alegaram que o que possuem vale R$ 0,01. Ah, fala sério! Declarar que possui apenas R$ 1 ou um telefone celular não é crime, mas, caso o candidato seja eleito, esta será a base para comparar o patrimônio conquistado ao fim do mandato. Ou seja, tudo o que roubado, digo adquirido, será legítimo, pois como não enriquecer se todo o patrimônio do candidato era de apenas centavos?
E isso resume bem a história, candidatos que mentem na cara dura, são indicados e eleitos porque ninguém se importa. Cada povo tem o governante que merece.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O sonho acabou

Tenho certeza que você, que está na casa dos 20/30 anos e que vibrava ao comprar o disputado terreno da Vieira Souto ou ao construir um hotel no Morumbi, entenderá minha tristeza. Mudaram todo o Banco Imobiliário!!! Sim, destruíram o sonho de milhares de pessoas que passaram os anos 80 brincando com essa maravilha de jogo.
Não sei por que cargas d’água a Estrela resolveu fazer um upgrade e trocar TODOS os terrenos do jogo. Até entenderia se eles decidissem que a Augusta perdeu o glamour e que a Berrini agora é mais valorizada, mas a questão não é essa. Eles simplesmente tiraram locais de relevância imobiliária e colocaram pontos turísticos no lugar. Então agora você pode comprar o Masp, o Pelourinho, os Lençóis Maranhenses e a 25 de Março!!! Sério, quem em sã consciência compraria um imóvel na 25 de Março?
Talvez eu não tenha entendido a proposta. Talvez eles tenham feito isso para ampliar o jogo para outros locais além de Rio/Sampa. Mas precisava ser locais históricos?
Imagine que educativo o Joãozinho querendo comprar um terreno em Fernando de Noronha para construir um hotel!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Juiz rejeita registros de candidatos reprovados em ditado de português

Li a manchete acima hoje, na Folha Online, e, lógico fui dar uma espiada na matéria. Segundo consta, um juiz eleitoral de Poço Fundo (MG), decidiu aplicar um teste nos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. De 60 candidatos, 1 desistiu e 21 foram reprovados. Estes últimos tiveram ainda uma segunda chance, mas 13 deles não conseguiram escrever frases ditadas pelo juiz.
Isso mesmo! Eles não tinham que elaborar uma tese, um tratado ou mesmo fazer uma redação. Era simplesmente fazer um ditado. Óbvio que eles podem recorrer da decisão, mas, sinceramente, espero que percam, tomem vergonha na cara e aprendam o básico de sua própria língua.
Só tenho uma coisa a dizer: PARABÉNS AO JUIZ PELA INICIATIVA. Que mais pessoas sigam o exemplo, principalmente para testar candidatos a cargos políticos e públicos em geral. Se um indivíduo não consegue fazer um ditado, o que se pode esperar dele?

terça-feira, 8 de julho de 2008

E quando eu acho que o ser humano não pode regredir mais...

... encontro essa notícia "brilhante" no site da BBC Brasil: Empresa espanhola oferece seqüestro simulado. A notícia é de umas semanas atrás, mas só vi hoje. Me diz o que leva uma pessoa a pagar 400 euros (R$ 1000,00) para simular o próprio seqüestro? Segundo usuários do “serviço”, busca por adrenalina. Segundo eu mesma, falta do que fazer, dinheiro sobrando e não saber, de fato, como é viver com medo de seqüestro. Na reportagem, uma das imbecis-desocupadas diz “Quando ia notando que o tempo passava e aquilo não acabava e eles dizendo que iam me matar... Ali senti medo de verdade e pedi para parar". OK, filhona. Vamos brincar direito: Pedir para parar não vale.

terça-feira, 17 de junho de 2008

E para não acharem que é só no Brasil que tem gente tapada...

Lendo as notícias do dia, dou de cara com esta manchete: Farmácias sem pílulas e camisinhas ganham força nos EUA.

De acordo com o texto publicado hoje na Folha Online, nos Estados Unidos está aumentado o número “Farmácias pela Vida”, que não vendem anticoncepcionais, camisinhas ou pílulas do dia seguinte. Tudo isso em nome da manjada desculpa de “moral e bons costumes”. Pior que isso: eles se recusam a informar às mulheres sobre outros locais em que podem encontrar anticoncepcionais! O mais interessante é que “a moral e os bons costumes”, geralmente católicos, dessas farmácias impedem as mulheres de cuidarem de si mesmas, mas permitem a venda despudorada de remédios como o Viagra.

Então é assim: Se você é homem, parabéns! Continue a se reproduzir, mesmo que não tenha mais condições físicas para tanto. Se você é mulher, sinto muito, mas se deu mal! Seu destino é aceitar todos os filhos que “Deus mandar” e parir feito uma coelha. Não importa se você é jovem demais. Não importa se você não tem condições físicas, mentais ou financeiras. Não importa se você foi estuprada. Não importa se você simplesmente não foi abençoada com o “dom” da maternidade e simplesmente não quer um filho. E não basta só engravidar; você tem que parir. Óbvio. Se evitar a concepção já é pecado, imagine acabar com a vida de um “ser indefeso”, que não pediu para nascer. OK. Destruir a vida de um ser que nem é pessoa ainda não pode, arruinar a vida de uma pessoa por não deixá-la escolher, pode.

É isso aí. Pode avisar as “carolas” de plantão que já temos mais um comportamento medíocre para importar dos States.

sábado, 14 de junho de 2008

Sad but true

Ontem, estava assistindo à reprise do America’s Next Top Model (gosto mesmo, e daí?) e, infelizmente, tive mais um exemplo do quanto as pessoas são desinformadas. Não estou falando isso só porque a pessoa em questão era modelo. Pessoas em geral. A produção dava a cada garota um ideal (pró-guerra, anti-guerra, pró-carne, vegetariano, etc...), que deveria ser defendido da melhor maneira por meio da pose da modelo num cenário, mesmo se na realidade o ideal da candidata fosse o contrário. Pois bem... na hora do julgamento, a modelo deveria dizer se concordava ou não com o ponto de vista defendido. A garota que deveria ser anti-pele, não bastasse ter posado com cara de samambaia, tenta defender sua escolha e solta a pérola: “Eu gosto de peles. Te deixam bonita. Acho errado matar um animal só por causa da pele. Mas se o animal já estiver morto, o que é que tem?”
- Cara de interrogação dos jurados – Hein?
E ela continua: “Os animais brigam entre si na selva, né? Se ele já morreu mesmo, é melhor aproveitar a pele e fazer um casaco do que deixar lá.”
- Jurados inconformados - Como assim?
Agora me pergunto, quantas pessoas no mundo são tão ingênuas a ponto de achar que casacos de pele são feitos de animais que morreram de causas naturais ou, pior ainda, daqueles mortos por seus predadores ou concorrentes? Aliás, fico imaginando que deve ser bem normal a coleta de pele de chinchilas, em seu habitat natural (qual seria?), depois que as coitadas levaram a pior em uma disputa por território com... sei lá, porquinhos-da-índia.
Sad but true...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Extinção AGORA!

Velhinhos são espancados por pessoas que deveriam cuidar deles. Mães abandonam seus filhos. Poodle é espancado e o agressor é condenado a pagar míseros R$ 2.000 em cestas básicas ou serviços comunitários. Gatos de gateiras conhecidas que viraram estrelinhas. Mais cães encontrados em estado deplorável por pessoas que fazem o possível e o impossível para dar uma vida digna a eles. Pessoas amontoadas dormindo na Praça da Sé. Para piorar, hoje é sexta-feira 13, o que só dificulta ainda mais a vida dos pobres gatos pretos que, além de serem discriminados por serem vistos como a encarnação do azar, ainda viram alvo de macumba.
São dias como este que me fazem desejar com fervor que caia um meteoro gigantesco na Terra e acabe com tudo. Quem sabe da próxima vez a gente faça as coisas direito...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Comecei bem...

Já no primeiro post vou ser obrigada a chegar chutando a porta.
Como pretendo escrever sobre coisas sem sentido (pelo menos para mim), já começo com um artigo publicado ontem no G1: G1 traz opções de raças de cães que combinam com seu amor. OK. Como se já não bastasse o Dia dos Namorados em si ser uma data comercial totalmente inútil, vai alguém e publica uma coisa dessas. A matéria traz uma lista de raças de cães para você COMPRAR e DAR DE PRESENTE para sua cara-metade. Duas cagadas de uma vez.
Primeiro: Animal NÃO SE COMPRA. É uma vida que está em jogo. Há milhões de bichinhos precisando de um lar. Tem de todo tipo, é só escolher.
Segundo: Animal NÃO SE DÁ DE PRESENTE. Não é um objeto. É muito fácil se apaixonar por um filhotinho, mas e quando ele crescer e virar um "trambolhão", barulhento, caro, "fora de moda"? Sim, porque pessoas que dão animais de presente certamente acham que é mais um item de decoração ou status. Se a raça da moda é poodle, vamos todos comprar um. Se depois enjoar a gente troca, assim, como quem troca de carro ou celular.
Quer uma dica? Se quer impressionar seu amor, compre aquela roupa que ele/ela está a fim, ou aquele sapato da estação, ou um perfume, ou flores... São tantas opções! Deixe os animais fora disso.