segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

E o tigre chegou...

Oi, gente!

Então... apesar do sol escaldante, fui no sábado comemorar o Ano Novo Chinês.
Tudo muito bom, mas este ano houve algumas mudanças que eu preferia que não tivessem acontecido.
Pra começar, sabe-se lá porque, a chegada do dragão e dos leões atrasou.

Depois, uma das mudanças desnecessárias foi a instalação de caixas de som que tocavam uma música num volume muito alto, o que dificultava a comunicação. Pra falar a verdade, não lembro se nos outros anos havia as tais caixas, mas se havia o volume com certeza era mais baixo e não incomodava.

Outra coisa totalmente desagradável foi a bateria da Gaviões da Fiel tocando enquanto o dragão e os leões entravam. Pra que, meu Deus? E ainda ter que ouvir o apresentador empolgado gritando "Timão eô". Não estou criticando só porque era a bateria da Gaviões. Poderia ser de qualquer outra escola e eu ainda assim ia dispensar. Primeiro, que acho que não tem a ver com o momento. Depois que, se queriam mesmo a presença de uma escola de samba, que tocassem outra hora, né? Imaginem os tambores e outros instrumentos japoneses competindo com os instrumentos de percussão da bateria da Gaviões...
Não dá...

Outra coisa que também achei estranho e absurdo foi a falta de lixeiras na área das barracas de comida. Uma ou outra tenda tinha lixeira ou uma caixa de papelão improvisada para se jogar o lixo. Falha gravíssima.

Agora, uma das novidades alimentícias deste ano: a Pamonha do Dragão.
O mocinho da barraca até contou a história do prato. Segundo ele, muito tempo atrás, grande parte da população da China era nômade. Por isso, era complicado carregar panelas e outros utensílios de cozinha. Então, os andarilhos se alimentavam de pamonha, mas não de milho, como a que estamos acostumados.

A pamonha chinesa é feita de arroz amassado (moti), carne de soja, amendoim e cogumelo. Simples e eficaz. O melhor de tudo é que bem gostosa!
Além disso, teve também suco de gengibre. A primeira coisa que pensei é que daria mais calor, mas que nada! Super refrescante. Lembra limonada, mas com o gostinho característico do gengibre.
E foi isso.
Me diverti, comi comidinhas gostosas e diferentes e adquiri um bronzeado de camiseta.
Espero que no ano que vem corrijam os pequenos problemas e que tenha mais quitutes exóticos e saborosos.
Até a próxima!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

É ano novo, de novo!!!

Este fim de semana tem comemoração do Ano Novo Chinês em São Paulo.
E 2010 é o Ano do Tigre!



Para quem não é familiarizado com o horóscopo chinês, informações do próprio site dizem que o Tigre, que é um animal ativo, confiante e impulsivo, tenta de tudo para alcançar suas metas. Responsável e generoso tem vontade própria de proteger as pessoas que o cerca. Gosta de ser reconhecido e curte a vida. Os tigres são sentimentais e estão sempre de bom humor.

Está na dúvida se é um programa legal?
Alguns motivos para não perder:

- A festa acontece no bairro da Liberdade, uns dos mais legais da cidade, e o metrô de deixa “na cara” do palco.
- É um programa para toda a família: tem dança, canto, artes marciais, artesanato, comida, aulas grátis, palestras, etc, e todos podem ser divertir bastante sem gastar muito.
- As comidas são um caso à parte. Além das barracas tradicionais da feirinha dos fins de semana, há várias tendas com comidas especiais chinesas. Eu amo porque é uma festa de rua em que eu tenho certeza que não vou passar fome: o espetinho vegetariano é 10! E sempre tem outras guloseimas sem carne para se empanturrar.
- Mesmo os mais enjoados para comida podem ir à festa sem medo: Se não gostar das comidas típicas, há barracas com churrasco tradicional, a Casa do Pão é pertinho e, o melhor, a Bakery Itiriki. Ô padaria! É impossível entrar lá e não comprar nada!
- Os vários micro-shoppings que vendem de tudo um pouco.

E aí, se animou agora?
Quem quer ir, levanta a mão!!!

Onde: Praça da Liberdade, estação Liberdade do metrô
Quando: Sábado (06/02) das 12:00 às 20:00 / Domingo (07/02) das 12:00 às 18:00
Outras informações AQUI.

Bjos!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

E viva os argumentos sem sentido!

Hoje de manhã, assistindo o jornal, vi a notícia de um moleque de 12 anos maltratando um touro, o que alguns pensam ser um ato de bravura. Quando o touro finalmente resolve contra-atacar, o pai do moleque invade a arena, afasta o touro e faz o filho voltar lá para terminar o serviço. O touro acerta o pivete mais uma vez, agora atacando também o pai. Infelizmente, ao contrário do touro, os dois energúmenos sobreviveram.

Vendo o vídeo novamente no site do G1, o que mais me choca não é a notícia em si, mas os comentários de certos leitores. Seria até engraçado, se não fosse desanimador, ler comentários de gente que justifica as atrocidades cometidas contra o pobre touro como “parte da cultura do povo X” ou ainda “faz parte do esporte”. Pior, outros que querem defender o ponto de vista e usam argumentos que não têm nada a ver com a história, tipo “deveriam parar de se preocupar com o touro e fazer alguma coisa para ajudar as crianças do Haiti”, ou de qualquer outro lugar que esteja “na moda” (adoro quando colocam crianças no meio do assunto).

Em primeiro lugar, é sabido que pessoas que se “preocupam” em ajudar crianças de qualquer lugar e que ficam indignadas com a atenção dispensada aos animais de fato não ajudam ninguém. Ficam só no blablabla. Se de fato ajudassem, não criticariam a ajuda a outras formas de vida. Segundo que, neste caso específico, o fato de defender ou não o touro não afeta em nada o horror que devem estar vivendo as crianças no Haiti. É perfeitamente possível lutar pelos direitos do touro e se empenhar para ajudar os desabrigados, não só do Haiti, mas de vários lugares.

Por fim, o mais triste são os argumentos de “cultura” e “esporte”, que são repetidos a torto e direito por seres que mais parecem papagaios (sem ofensa, penosos!) e seguem reproduzindo frases que ouviram outros papagaios repetirem sem nem ao menos pararem para pensar se fazem sentido. O argumento da “cultura” é sempre utilizado quando se que quer dar credibilidade a algo, provar que alguma coisa é feita do mesmo jeito há séculos. Aí já está a dica que de algo está errado. Se uma coisa não mudou em nada há séculos, se não evoluiu, se ninguém nem ao menos tentou fazer diferente, só pode haver um problema. Se vamos seguir “cultura” teremos que voltar à época das cavernas, fazer as coisas como eram feitas no período paleolítico. OK. Fui longe demais. Que tal voltar até a época em que se queimavam mulheres em fogueiras porque eram “bruxas”? Ou o que acham de voltar a utilizar escravos? Vamos queimar nossos trajes e aparelhos elétricos, fazer as coisas como antigamente, que tal?

Quanto ao argumento de “esporte”, talvez eu esteja enganada mas, ao meu ver, não há nada que demonstre as habilidades de um esportista ao se torturar um touro com lanças, ou ao se atirar em animais assustados para provar a boa mira (um alvo móvel inanimado cumpre a função tão bem quanto um ser vivo) ou ao expor animais ao estresse e desgaste físico desnecessários para se provar o quanto um jóquei é bom (quem está demonstrando habilidade é o cavalo, não jóquei).

Que argumentos restam agora para comprovar a estupidez humana?