Era só um passeio comum de fim de semana: ir ao cinema com uns amigos. Estávamos todos meio tristes ainda, pouco mais de um mês após a perda de um membro de nosso grupo devido ao câncer. Decidimos sair, fazer algo só para aliviar um pouco a tristeza. Escolhemos uma comédia, claro. Ia tudo muito bem até que surge na tela o trailer do filme “Uma prova de amor” (My sister’s keeper). Nunca desejei tanto que não houvesse trailers.
Para quem não sabe, “Uma prova de amor” é um drama centrado em Anna, garota de 11 anos que começa a questionar sua existência, já que tem ciência de ter sido concebida na esperança de ser a salvadora de sua irmã mais velha, Kate, que tem leucemia desde criança. Ao longo de seus 11 anos, Anna foi submetida a vários procedimentos e cirurgias, doando desde células do cordão umbilical até medula para sua irmã. Ao chegar em um ponto crítico, Anna se vê obrigada pelos pais a doar um rim para a irmã, mas decide, ao invés disso, contratar um advogado para defender os direitos sobre seu próprio corpo.
No decorrer da história, a doença de Kate é vista por vários ângulos. Os conflitos e problemas causados pela doença afetam toda a família. Anna se sente usada, o irmão do meio, Jesse, tem seus problemas ignorados, o relacionamento do casal está desmoronando e Kate tenta apenas sobreviver.
Voltando ao que eu dizia lá no começo, o trailer foi breve, mas o suficiente para trazer de volta a nuvem de tristeza que tentávamos dissipar. Instaurou-se o silêncio pesado entre nós. Eu decidi que queria ver o tal filme, mas não naquele momento. Não em um cinema. Precisava de mais tempo para enfrentar a situação...
E eis que esta semana, mais de 1 ano após o incidente do cinema, estava folheando o guia de programação da TV e dou de cara com o filme. E num horário assistível, o que é raro. Respirei fundo, peguei os lenços de papel, me acomodei no sofá e passei duas horas em meio a emoções conflitantes, assistindo a um filme que contém cenas que, infelizmente, já presenciei ao vivo. Não é fácil assistir a um filme que você sabe que termina mal. O que se vê na tela é a mesma peça já vista na vida real, só que com atores diferentes. Não importa quanto tempo passe, sempre fica a sensação de injustiça. O problema que é os conceitos de justiça e razão não se aplicam à morte...
O que eu posso dizer é que o filme é ótimo, comovente sem ser piegas. Os atores convencem, principalmente a Cameron Diaz, em quem dá vontade de bater às vezes, mas que no fundo só queria desesperadamente salvar a filha. A qualquer preço.
2 comentários:
Nossa, Mi... que coisa, não? Vou ver o filme! Certeza... com mil lenços na mao.
ah! passa la no blog! tem post sobre a liberdade...rsrs.
Beijaooo
Que barra Mi! Nunca tinha ouvido falar desse filme e fiquei curisíssima pra assitir!! Que história hein...
bjos!
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