sexta-feira, 2 de março de 2018

O que rolou... Janeiro e Fevereiro/2018


Olá! 

Como já comentei por aqui, 2018 começou tão acelerado que dois meses já se passaram e eu nem vi. Tudo que fiz nesse período foi trabalhar insanamente. Nos poucos momentos em que eu estava (razoavelmente) acordada e descolada do computador, consegui ver alguns filmes do Globo de Ouro e do Oscar e outros para os cursos de cinema, que aliás foram incríveis (um sobre Cyberpunk e outro sobre Giallo – um subgênero de suspense italiano). Então respirem fundo porque esta é a retrospectiva de janeiro e fevereiro de 2018.

Livros
Em janeiro, li 0 livros.
Em fevereiro, li 2 livros (graças à semana de descanso que dei a mim mesma).


- Pílulas azuis (Frederik Peeters): HQ baseada na história do autor que fala sobre HIV, preconceito e como ele aprendeu a lidar com essas coisas quando se apaixonou por uma garota portadora do vírus. Apesar das informações referentes à doença já estarem um tanto desatualizadas (a história se passa entre o fim dos anos 90 e início do 2000), vale pela abordagem humana e faz pensar em alguns tabus e preconceitos que ainda persistem. [3,5/5]
- Kindred – Laços de sangue (Octavia E. Butler): Ficção científica maravilhosa que conta a história de uma moça negra que viaja constantemente no tempo quando é “convocada” por um garoto branco que ela descobre ser seu parente - mas essa ligação e as tais viagens são um perigo constante para ela. Demorei para começar a ler este ano, mas, com certeza, comecei com o pé direito. [5/5]

>> Publicada a resenha de “Aqui estão os sonhadores” (Imbolo Mbue) [Camarões] [#VoltaAoMundo]

Filmes
Assisti a 36 filmes nos dois primeiros meses do ano. Obviamente, não lembro mais o que vi em janeiro e o que vi em fevereiro, mas isso não importa. Uma listinha daqueles que mais mexeram comigo: ‘Mudbound’, ‘Visages, Villages’, ‘Com amor, Van Gogh’, ‘Amer’ e ‘Suspiria’.


#vejamaismulheres
– Filmes do Globo de Ouro e/ou Oscar em 2 posts
- Primeiro, mataram meu pai: A guerra civil no Camboja (com o dedinho dos americanos, como sempre) pelos olhos de uma garota de 7 anos. Gostei muito.
- Lady Bird: A clássica história da adolescente que está saindo do Ensino Médio e entrando na faculdade e todos os conflitos desse período de transição. Depois de tantos elogios, eu esperava mais. Foi um tanto decepcionante, mas provavelmente por causa das minhas expectativas elevadas.
- A guerra dos sexos: Esse já foi o contrário: achei que seria uma bomba e resolvi assistir só porque é da dupla de diretores responsável por 'Pequena Miss Sunshine' e 'Ruby Sparks' (dois filmes que adoro). Foi uma ótima descoberta essa história tão bizarra que é até difícil de acreditar que aconteceu mesmo.
- Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi: Meu favorito do Oscar (embora não tenha sido indicado na categoria principal) e, provavelmente, estará na minha lista de melhores do ano. Sim, foi esse o tanto que gostei do filme.
- Corpo e Alma: Filme cheio de imagens impactantes (tanto belas quanto cruas) sobre duas pessoas que se conhecem primeiro no mundo dos sonhos e depois passam a se relacionar na vida real.
- Visages, Villages: Documentário maravilhoso da Agnès Varda com o fotógrafo JR em que eles rodam o interior da França registrando cidadezinhas desconhecidas e seus moradores.

Outros filmes do #vejamaismulheres que aparecerão em algum post futuro:
- Com amor, Van Gogh: Vi para o Oscar, mas decidi falar da animação em um post específico com outras produções do gênero comandadas por mulheres.
- $9,99: Mais uma animação. Essa eu já tinha visto, mas revi para lembrar detalhes e fazer o post temático.
- A era da solidão: Documentário da BBC. Tem no GNT Play (ou tinha, não sei mais).
- Below her mouth: O que ‘Azul é a cor mais quente’ poderia ter sido (se não tivesse sido pensado para homem ver).
- Estranhos prazeres: Filme da Kathryn Bigelow meio obscuro que tem uma ideia legal, umas cenas muito bacanas, mas que desanda lindamente no final. Vi para o curso de Cyberpunk.
- Libertem Angela Davis: Ótimo documentário.
- Amer: Esse vi para o curso de Giallo. 100% sensorial. Adorei.

Outros do Globo de Ouro e Oscar:
- O rei do show: Gosto de musicais e fui toda alegre ver esse (que usa 'La la land' como chamariz). Só posso dizer que é propaganda enganosa. Fraco.
- Eu, Tonya: Não conhecia a história da Tonya e vi pela Margot Robbie (que arrasa). Foi uma ótima surpresa.
- Me chame pelo seu nome: Mais um que fui ver cheia de expectativas. Felizmente, esse é realmente bom.
- Viva, a vida é uma festa: É uma gracinha, tem uma mensagem bonita, mas... ninguém viu ‘Festa no céu’, não? A semelhança é absurda.
- O touro Ferdinando: Adorei o resgate desse personagem das antigas. E chorei de rir com a cabra.
- A forma da água: O filme que eu estava mais ansiosa para ver. Achei muito amorzinho.
- O insulto: Até o momento, está empatado no meu coração com ‘Corpo e Alma’ na categoria de Melhor Filme Estrangeiro (a melhor categoria, diga-se de passagem, junto com Animação).
- Três anúncios para um crime: Começou bem, mas acabou virando um desfile de personagens caricatos sem função real na história. Frances McDormand é quem faz o filme valer a pena. E só.
- The square – A arte da discórdia: Levanta questões interessantes, como ‘o que é arte?’ e ‘existe limite para a arte?’ e discute a hipocrisia das pessoas. Só peca pela duração excessiva e por uma ou outra cena desnecessária.
- Sem amor: Casal se divorciando, filho indesejado, interesses pessoais e lá se vai um desastre. Triste pra caramba.
- The Post – A guerra secreta: Eu nem ia ver esse, mas me interessei depois que li uma matéria em que Meryl Streep falava que aceitou participar do projeto quando ficou conhecendo a história da Katharine Graham. E o filme vale por isso, por essa personagem incrível. De resto, é bem quadradinho.

Giallo:
- A garota que sabia demais: A homenagem a Hitchcock já é óbvia até no título e a trama é bem no estilo do mestre do suspense.
- Seis mulheres para o assassino: Um dos mais legais que vi para o curso. E um dos mais bonitos visualmente também.
- Prelúdio para matar: Esse é a cereja do bolo. E a dupla dinâmica que entra num joguinho típico de comédias românticas funciona muito bem nesse suspense.
- O pássaro das plumas de cristal: É o mais famoso da trilogia dos bichos (junto com esses dois abaixo), mas acho rocambolesco demais.
- Quatro moscas sobre veludo cinza: Tem seus momentos, mas é o mais fraco dos três.
- O gato de nove caudas: Acho que esse é o meu preferido. Talvez seja por causa da música linda e da criança apelativa...rs.

Just for fun (vulgo todo o resto...rs):
- A família: Uma família está no programa de proteção a testemunhas. Mas dizer 'tchau' para a máfia não é tarefa fácil.
- Procurando Dory: Divertidinho.
- Suspiria: Eu estava no embalo dos filmes gialli e aproveitei para ver esse, que é terror, na verdade. Virou um dos preferidos da vida.
- Corpo fechado: Eu não gostei desse filme quando o vi pela primeira vez. Agora revi para conferir ‘Fragmentado’ na sequência e entendi melhor a proposta. Agora gostei.
- Fragmentado: Maravilhoso demais esse McAvoy!
- O paradoxo Cloverfield: Adoro os dois filmes anteriores, especialmente o segundo, mas esse do paradoxo é bem ruinzinho.

Séries
Vi a quarta temporada de ‘Black Mirror’ (e, mais uma vez, achei 3 episódios excelentes e os outros 3 medianos apenas) e a quarta temporada de ‘Grace and Frankie’ (que continua sendo uma das minhas séries atuais preferidas).


E foi isso. Até que foi bastante considerando meu estado de zumbi naquele período... hahaha. E vocês, o que fizeram de bom nesse começo de ano? 

Beijo!

4 comentários:

Anônimo disse...

Nota máxima para a leitura de “Kindred – Laços de sangue”! Já quero ler! Curiosa pelas suas impressões de “Com Amor, Van Gogh”. Achei essa animação tão linda ♥. Agora “Lady Bird” é uma droga de filme. Oh coisa pretensiosa. Por outro lado “Eu, Tonya” é ótimo. Beijos, Mi!

Jeniffer Geraldine disse...

Vou ler Kindred em maio.
Vc assiste muita coisa bacana. Vi muitos filmes do Oscar tb. Concordo com sua opinião sobre 3 anúncios.
Ainda quero ver Com amor Van Gogh.
Bjão

Unknown disse...

Fiquei interessada em saber mais sobre os cursos de cinema.

Michelle disse...

Lulu,
O que Lady Bird teve de decepcionante, Eu, Tonya teve de surpresa positiva. E amei Com amor, Van Gogh <3

Jeniffer,
Três anúncio ficou só na promessa de uma coisa boa.

Carissa,
Te mandei msg no Twitter ;)