sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dr. Morte

Ontem assisti a um filme muito legal, que já tinha chamado minha atenção nos comerciais: Dr. Morte (You dont’t know Jack). Nem sei no Brasil tem esse filme para alugar ou comprar, pois é um daqueles casos de filmes feitos e lançados diretamente em vídeo. Só sei que a estreia na HBO foi há pouco tempo, então, quem tiver a oportunidade, não perca.


É a história real baseada na vida do Dr. Jack Kevorkian, ou Dr. Morte, como ficou conhecido. Ele foi um médico norte-americano que lutou para tornar o suicídio assistido um direito de todos. Ele desenvolveu um aparelho, o “Mercitron”, que permitia que doentes terminais ou pessoas com doenças graves incuráveis e em extrema dor acionassem o dispositivo e liberassem uma quantidade X de droga no sistema sanguíneo, fazendo com que essas pessoas morressem em segundos.

Lógico que o Dr. Jack criou o dispositivo e lutou para que as pessoas tivessem o direito de terminarem elas mesmas com suas vidas, sem que isso implicasse causar problemas com a lei para quem as auxiliasse. E lógico também que, como todo tema polêmico, Dr. ganhou milhares de fãs que apoiavam suas ideias e que as encaravam como um direito e um gesto humanitário, ao mesmo tempo em que conseguiu milhares de ativistas em favor da vida, que tentavam impedir o suicídio assistido. E ainda teve que enfrentar várias acusações de homicídio, afinal é tênue a linha que separa o suicídio assistido, a eutanásia e o homicídio. E foi justamente para defini-los bem e para assegurar o direito ao primeiro que lutou Dr. Kevorkian.

O que eu acho legal em filmes assim é poder acompanhar os vários lados da história: médicos, doentes, familiares, advogados, ativistas em favor da vida, juízes, população em geral, além de ver como a mídia manipula os fatos e como as pessoas muitas vezes atacam algo que desconhecem, sem nem mesmo tentar se informar. Às vezes as pessoas confundem direito com obrigação. Outras vezes, misturam questões de ética com questões de religião ou de justiça.

Enfim... super recomendo.
Ah, não sei se vocês repararam, mas é o Al Pacino que interpreta o Kevorkian. Só isso já valeria uma conferida. Para quem quiser saber mais, me parece que lançaram o livro nos EUA e que foi uma febre por lá. Aqui também lançaram, mas ninguém deu a mínima (por que eu me surpreendo?). E o Wikipédia traz algumas informações e dá acesso a vários links interessantes.

Até a próxima!

4 comentários:

Lilian disse...

Esse assunto é mega polêmico, não consigo formar uma opinião sobre ele... eu vi alguma coisa sobre esse filme, eu achava q era uma minissérie... fiquei super curiosa pra ver... vou ver se eu acho... valeu pela dica!

Renata disse...

Tbm vou terrr que achar esse filme!!! Eu sou totalmente a favor, honestamente. Sofrimento desnecessário não rola... Já pensei inclusive em mim mesma,um dia, se me encontrar numa situação em que puder escolher, escolho não sofrer muito e não prender os que amo ao meu lado, sofrendo junto comigo... Quando não há outro jeito, o inevitável...bem, é inevitável,certo?

Sarah disse...

Adorei a dica! Muito interessante! Vou ver se acho. Meu, se vc não falasse eu nem tinha reconhecido o Al Pacino!!
Ah, tem selinho pra vc lá no blog!
beijo!

Unknown disse...

Assisti ao filme e particulamente gostei bastante da interpretação que fizeram ao caso ocorrido. É realmente um bom filme para aqueles de olhar crítico.
Realmente, ninguém no Brasil deu importância para o livro, mas isso eu acho que foi por falta de informação. O caso não ocorreu no nosso cotidiano, e sinceramente eu não acho justo comparar duas nações de culturas e conceitos diferentes ;)