Conheci o trabalho do Guilherme Infante no Twitter. Foi por lá que li (e ainda leio) as tiras do Capirotinho, esse ser de visual fofo, mente perspicaz e língua afiada. A criaturinha do inferno traz reflexões sobre a humanidade e seu papel no mundo, tanto do seu próprio ponto de vista quanto pelo prisma de sua insignificância diante da vastidão no universo.
Em “Quarentenado”, Capirotinho continua fazendo suas observações espertas e abordando temas domésticos e engraçados (como os gatos e sua mania de pedir comida de madrugada), suas conversas com Deus sobre os estranhos seres humanos (e sua estupidez inerente) e, claro, sobre a pandemia e a desgraça extra que é viver no Brasil com sua política de morte e culto à imbecilidade. Equilibrando risos, existencialismo e momentos de raiva e desespero, o livro mais recente do autor é o resumo desses tempos tão insanos – e uma leitura excelente.
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Nota: 5/5
(Publicado no Instagram no dia 6 de novembro de 2021)
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