Contrariando a ordem mais comum quando se trata de adaptações, aqui o filme veio antes da HQ, então foi essa ordem que segui.
O FILME: Creepshow - Show de Horrores (1982)
Inspirado nos quadrinhos dos anos 50, Romero chamou Stephen King para escrever o roteiro (seu primeiro) e, juntos, eles criaram essa antologia de terror com 5 episódios. Na primeira história, uma família se reúne no Dia dos Pais para uma comemoração, mas a festa não termina muito bem; no segundo, King interpreta um sujeito meio tapado que encontra um meteorito e vai metendo a mão no troço, sem pensar nas consequências; a terceira história (minha preferida) é sobre um cara que descobre que a esposa tinha um amante e resolve se vingar dos dois, mas acaba surpreendido; o quarto segmento trata de uma caixa misteriosa encontrada no porão de uma universidade; e a quinta trama é sobre um milionário arrogante isolado em seu apartamento chique, que começa a ser invadido por baratas.
A grande sacada do filme foi levar para as telas não só as tramas inspiradas nas HQs, mas toda a estética dos quadrinhos da época, incluindo Creep (a criatura que apresentada as histórias), as cores carregadas, as molduras nas transições de cenas. E, claro, manter o humor, combinado com sustos e cenas nojentas, trazendo ainda as típicas lições de moral desse formato de narrativas de horror da década de 50. Além das tramas interessantes, “Creepshow” ainda conta com astros como Ed Harris e Leslie Nielsen (que só me lembro de ter visto em comédias), uma participação bacana de Tom Savini no final, e a presença do jovem Joe Hill como o garotinho da introdução da antologia. Uma ótima pedida.
Nota: 4/5
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O LIVRO: Creepshow (1982)
Em 1982, depois que a dupla George A. Romero e Stephen King homenageou os quadrinhos de terror dos anos 50 com o filme "Creepshow", King decidiu demonstrar sua paixão pelo tema adaptando para a HQ as histórias que ele havia criado para o filme. Então não há nenhuma novidade em matéria de trama para quem já viu o filme. Mas é interessante observar esse exercício de transição entre mídias. Creep, o apresentador das histórias, também é o narrador delas no formato impresso, e deixa em todas as páginas sua marca registrada: os comentários engraçadinhos.
Não sei se o fato de ter visto o filme semana passada e estar com ele bem fresco na memória afetou de algum modo minha avaliação, mas acabei gostando mais do filme do que da HQ. De todo modo, foi um bom passatempo.
Nota: 3/5
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