Filme: Indiscrição

Elizabeth é uma jornalista que escreve numa coluna de culinária de uma revista popular. Suas receitas apetitosas e seu estilo de vida rústico fascinam milhares de leitores fiéis. Um deles é o herói de guerra Jefferson, que virou seu fã enquanto se recuperava de ferimentos de combate no hospital. Uma das enfermeiras com contatos na revista consegue fazer com que ele seja convidado para passar o Natal em Connecticut, na fazenda de Elizabeth, com ela, seu marido e seu filho. Só que Elizabeth é solteira, sem filhos, totalmente cosmopolita e não sabe nem fritar um ovo. Para evitar um escândalo que acabaria com sua carreira e com a de seu editor, eles armam um esquema com um chef de restaurante e com um sujeito que é apaixonado por Elizabeth e que concorda em ceder sua fazenda se ela se casar com ele. E a confusão generalizada está formada.

“Indiscrição” é uma deliciosa screwball comedy, ou seja, daquelas comédias cheias de situações inusitadas e absurdas que se sucedem em ritmo acelerado. Você mal se recuperou de um momento engraçado e já está rindo do seguinte. E o filme é redondinho. O romance proibido que nasce entre Elizabeth e Jefferson é fofo e todos os personagens são cativantes, até os secundários. São muitos momentos hilários, mas um dos meus preferidos é Elizabeth tentando dar banho e trocar o bebê, além da clássica lição de como virar uma panqueca jogando para cima (algo bem clichê, mas que funciona bem nesse filme). Diversão garantida para o fim de ano ou qualquer outra ocasião.

A história ganhou um remake em 1992 por ninguém mais, ninguém menos que Arnold Schwarzenegger. Sim, o Terminator em pessoa assumiu a direção do filme. Nem sabia que ele já havia estado atrás das câmeras. Enfim, é só uma curiosidade mesmo.

“Indiscrição” (1945)

De: Peter Godfrey

Disponível no site Internet Archive (archive.org)