Em “Inquietos”, o diretor Gus Van Sant consegue criar um comovente conto de fadas bem atual. Nele, não há irmãs ciumentas e madrastas más, bruxas, lobos ou magia. Nossa heroína, Annabel Cotton (Mia Wasikowska), é uma encantadora garota que adora observar insetos, pássaros e a integração da natureza como um todo. Pensou em Cinderela ou da Branca de Neve? Hum... errou.
Embora a “princesa” de “Inquietos” tenha um profundo amor pela vida e saboreie cada minuto, ela não é como as princesas que costumamos ver. Seu ídolo é Charles Darwin e um dos seus passatempos é ir a funerais de desconhecidos. É num desses funerais que ela conhece seu príncipe encantado, Enoch (Henry Hopper), que tem esse mesmo hábito estranho. Mas, como eu disse lá no começo do post, este é um conto de fadas atual e realista. O príncipe encantado é um rapaz descabelado e magro que perdeu a fé na vida após uma tragédia familiar. A princesa é paciente terminal de câncer que tem expectativa de 3 meses de vida.
Embora a “princesa” de “Inquietos” tenha um profundo amor pela vida e saboreie cada minuto, ela não é como as princesas que costumamos ver. Seu ídolo é Charles Darwin e um dos seus passatempos é ir a funerais de desconhecidos. É num desses funerais que ela conhece seu príncipe encantado, Enoch (Henry Hopper), que tem esse mesmo hábito estranho. Mas, como eu disse lá no começo do post, este é um conto de fadas atual e realista. O príncipe encantado é um rapaz descabelado e magro que perdeu a fé na vida após uma tragédia familiar. A princesa é paciente terminal de câncer que tem expectativa de 3 meses de vida.
Apesar desse último parágrafo já deixar claro que a história não terminará com o clássico “...e foram felizes para sempre”, “Inquietos” não é um filme depressivo ou derrotista. Pelo contrário, o filme tem uma atmosfera de sonho, com toques surrealistas como Hiroshi (Ryo Kase), o amigo imaginário/consciência de Enoch que é o fantasma de um piloto de caça kamikaze. Somente Enoch o vê e pode falar com ele, mas Annabel em momento algum duvida do amigo. Tudo é tão inocente e simples que, quando você percebe, já está envolvido na fantasia.
Acompanhar os últimos dias de Annabel é uma tarefa triste, mas a morte iminente é encarada com bom-humor e serenidade pelos protagonistas. Ao final do filme você provavelmente estará com lágrima nos olhos, mas também terá essa sensação de leveza em seu coração. Como já dizia Vinicius de Moraes sobre o amor: “Que não seja imortal, posto que é chama; mas que seja infinito enquanto dure”.
8 comentários:
Eu não conhecia o filme, mas achei o enredo sensível e romântico.
A proposta de reunir conto de fadas e realidade me pareceu tão ousada, que já vou add no meu Filmow, para não esquecer o título e assistir qdo puder!
Valeu pela dica!! :D
Bjs ;)
Eu vi uma notícia sobre esse filme, fiquei com muita vontade de assistir, a história é bem interessante e o diretor é ótimo! :)
Adorei a resenha, vou procurar ver esse filme o quanto antes! :D
bjs!
ainda não vi esse, mas geralmente gosto dos filmes do gus van sant. vamos ver.
beijos!
Que filme delicado! Ou pelo menos é isso que sua resenha deixa entrever rs. Fiquei morrendo de vontade de assistir. Amo esses dramas. Valeu pela dica!
Adoro descobrir filme assim, adorei essa indicação. *-*
Entrou junto com Drive pra lista, com certeza.
Engraçado que junto com esses anoitei também 50/50, que é de câncer também.
Isso de ir a funerais parece estranho, mas minha avó também fazia isso. Devia ser um costume mais antigo. O que a falta de televisão e internet não faz.. (?)
Oi Michelle!
Não conhecia esse filme, mas parece ser muito bom! Adoro contos de fadas e gostaria de assistir um filme que contasse um de modo realista.
Gostei da dica :)
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Não figura entre os melhores de Gus Van Sant, realmente, ainda assim esse retrato delicado, com ecos de "Ensina-me a viver", agrada.
Eu baixei esse filme semana passada e tá lista para assistir. Depois da sua resenha fiquei com mais vontade de ler, estava meio que enrolando para assisti-lo.
beijos querida!
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