"Os Homens que Não Amavam as Mulheres" é o primeiro livro da trilogia Millennium do autor sueco Stieg Larsson, com mais de 60 milhões de livros vendidos em todo o mundo. Inicialmente, seriam dez livros narrando as investigações conduzidas pelo jornalista Mikael Blomkvist e sua parceira hacker Lisbeth Salander. No entanto, Stieg Larsson conseguiu terminar apenas três livros e nem chegou a conhecer o sucesso de sua obra, pois morreu subitamente de infarto em 2004, aos cinquenta anos.
Em linhas gerais, a história desse primeiro volume é a seguinte: Mikael Blomkvist é jornalista e um dos donos da revista independente Millennium, que também é conduzida por sua sócia, editora, ex-colega de faculdade e amante ocasional, Érika Berger. Envolvido num julgamento armado por difamação de um poderoso magnata sueco que ele denunciou em um artigo, Mikael decide se afastar da revista para não prejudicar ainda mais a reputação da publicação. Enquanto aguarda o fim do julgamento, vai para uma ilha no norte da Suécia onde mora Henrik Vanger, importante empresário e ex-comandante do império familiar que leva seu sobrenome. Henrik está no fim da vida e um terrível mistério o corrói: aos 16 anos de idade, sua sobrinha, Harriet, sumiu e está desaparecida há mais de 40 anos. Mesmo assim, todos os anos Henrik recebe no dia de seu aniversário um ramo de planta desidratada emoldurada em quadro, presente que sua sobrinha desaparecida costumava dar a ele. Certo de que Harriet foi assassinada, Henrik contrata Mikael para descobrir quem a matou. Em troca, oferece informações sobre um inimigo em comum: Wennerström, o financista que está processando Mikael.
Paralelamente, conhecemos Lisbeth Salander, garota magrela e com visual punk que trabalha como investigadora usando suas habilidades de hacker e sua incrível memória fotográfica. Considerada por muitos uma pessoa violenta e julgada incapaz pelo Estado, ela trabalha no submundo e se sustenta desde os 12 anos, mas ainda assim depende de um tutor. Quando seu tutor tem um derrame e fica incomunicável, um substituto é designado, mas ele passa a ser mais um pesadelo na vida da garota. Contratada por Mikael para ajudá-lo na investigação de Harriet, eles acabam descobrindo muita sujeira embaixo do tapete dos Vanger e uma série de crimes sórdidos envolvendo mulheres.
Não posso contar mais que isso. A família Vanger é bem numerosa e a relação entre seus membros é precária. Tem de tudo: bêbados, nazistas, psicopatas. Tirando os nomes impronunciáveis de alguns lugares e pessoas, a leitura flui bem, apesar do número de páginas.
A trilogia foi adaptada pela primeira vez na Suécia e o volume inicial da série acabou de ganhar uma refilmagem pelas mãos de David Fincher, diretor americano famoso por filmes como “Seven – Os sete crimes capitais”, “O clube da luta” e, mais recentemente, “A Rede Social”. Em geral, prefiro ver a versão original dos filmes, pois quase sempre as refilmagens estragam tudo. Depois de ter assistido à versão sueca e de ter gostado muito, fiquei com medo da versão americana, principalmente porque começaram a surgir rumores de mudança do final da história. Mas, como sou muito fã de Fincher, decidi arriscar.
Os dois filmes são muito fiéis ao livro. Na verdade, eles diferem entre si apenas em alguns detalhes, e a tão temida mudança na história não chegou a comprometer a trama. Embora muito bem filmada, a versão americana é, como sempre, desnecessária, criada só para que o público norte-americano possa assistir a uma história que já foi bem rodada anteriormente sem ter o trabalho de ler as legendas. Na verdade, a tal tatuagem de dragão do título americano é muito mais bem feita na versão sueca; o dragão americano é menor e parece de henna. As únicas vantagens do filme americano são a abertura sensacional e a trilha sonora do Nine Inch Nails. Como provavelmente o diretor americano teve mais verba que o sueco, também há mais efeitos visuais e os cenários são obviamente mais luxuosos. De resto, tudo igual.
Ah, sim... aproveito para falar também que acho o título em português infinitamente melhor que o americano. Como qualquer pessoa que leu o livro ou assistiu aos filmes poderá notar, além de ser mais fiel ao título original sueco (“Män som hatar kvinnor” – ou “homens que odeiam mulheres”), o título em português ilustra melhor a temática da história, que não é apenas sobre Lisbeth, e sim sobre todas as mulheres que são humilhadas, maltratadas, estupradas e mortas.
Veredicto: Leia o livro, Veja os filmes.
Para outras informações, curiosidades e trechos de cada um dos livros da Trilogia Millennium, visite o SITE OFICIAL.
Update:
O filme concorre ao Oscar 2012 nas categorias Melhor Atriz (Rooney Mara), Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.
VENCEDOR DO OSCAR 2012 NA CATEGORIA: Melhor Edição.
Para outras informações, curiosidades e trechos de cada um dos livros da Trilogia Millennium, visite o SITE OFICIAL.
Update:
O filme concorre ao Oscar 2012 nas categorias Melhor Atriz (Rooney Mara), Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.
VENCEDOR DO OSCAR 2012 NA CATEGORIA: Melhor Edição.
7 comentários:
Tô curiosa pra ver o filme Mi. E o que vc achou da atriz que faz a Lisbeth? A interpretação ficou boa? Tá todo mundo falando dela e ela foi indicada ao Oscar né... Se der, me conta mais sobre o filme, pode ser por email pra não estragar as surpresas pra quem não leu o livro!
bjos
Pena que não tem o livro no trocando livros...tô curiosa pra ler...
Michelle, to muito curiosa pra ver o filme! Não sei se vou ler a triologia, já que não curto muito esse tipo de livro. Não sei... Vc achou o livro realmente bom?
Vi a abertura do Filme do Fincher no Youtube há uns meses e, MEU DEUS, animal!!
Beijos,
Raquel.
Cara, já me falaram desse livro muitas vezes, os clientes vivem comprando na loja, mas nunca nem peguei pra ler, apesar de todo mundo falar que é muito bom... ._. Vou procurar assistir e ver os filmes (já ouvi falar também que a versão sueca é melhor, e por imagens, acho que prefiro a Lisbeth da versão sueca, ela tem mais cara de badass XD).
bjs!
É um ótimo livro, mas ainda não vi nenhum dos filmes. Acho que vou ver o filme americano, apesar de estar mais empolgada pelo sueco.
Oi!
Escolhi seu blog pra presetear com um selo bem bacana, espero que goste =)
abraço!
Eu terminei o livro esses dias eu gostei muito. Teria preferido terminar antes de ver o filme, mas não foi um problema tão grande assim. E é legal como no livro as coisas ganham uma dimensão maior e nós entendemos mais as motivações e significado de tudo. Achei muito boa a forma como livro trata a situação da mulher também.
e ainda não consegui ver a versão sueca u.u to aqui lutando pra arranjar um link bom... e vi hoje que eles fizeram adaptação para os 3, não vejo ninguém falar delas
sobre o comentário lá no blog, também tinha reparado nisso da Noomi estar nos dois. HUAH
gostei de ter colocar esse link no final para outras informações :D
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